Valoriza herói, todo sangue derramado afrotupy!

quarta-feira, julho 29, 2009

PARA ANOTAR...

Presidente Lula cobra intensificação das ações do Governo em áreas quilombolas



Presidente Lula cobra intensificação das ações do Governo em áreas quilombolas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou mais velocidade das ações do Governo Federal nas áreas ocupadas por comunidades remanescentes de quilombos, e estabeleceu a meta de titular 35 destas comunidades até outubro.
A manifestação do presidente ocorreu durante audiência realizada na manhã da última segunda-feira (20/07) em Brasília, na presença do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Rolf Hackbart.

O presidente Lula anunciou que em breve vai convocar reunião com todos os ministérios e órgãos federais envolvidos na Agenda Social Quilombola. Além de acelerar as titulações, o objetivo é intensificar as ações de assistência e desenvolvimento local.
Dentre os grupos quilombolas que deverão receber o título definitivo das terras que ocupam está a maior comunidade do Brasil: Kalunga, em Goiás, cujas 600 famílias serão beneficiadas com 261 mil hectares de área total.
Outras comunidades cujos processos de titulação estão praticamente prontos são Mocambo (SE, com 113 famílias), Casca (RS, 85 famílias), Rincão dos Martimiamos (RS, 55 famílias) e São Miguel (RS, 153 famílias).
Seppir

OBAMA defende "NOVA MENTALIDADE NEGRA" em discurso

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que é necessária uma "nova mentalidade" aos negros americanos, durante um discurso na Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP, pela sigla em inglês).

"Os programas do governo isolados não levarão nossas crianças à terra prometida - precisamos de uma nova mentalidade, de novas atitudes", disse o presidente durante o jantar de comemoração de 100 anos da organização de direitos civis.

O líder americano disse que as comunidades afro-americanas possuem "um grupo de limitações internalizadas" e "esperam tão pouco do mundo e de nós mesmos". Segundo ele, "muitas barreiras ainda permanecem" .

Obama afirmou que os negros "devem recapturar o espírito do movimento dos direitos civis de meio século atrás para resolver problemas que afetam os afro-americanos de maneira desproporcional - desemprego, altos custos de saúde e a Aids".

Segundo ele, os pais precisam forçar as crianças a deixarem os video games de lado e afirmou que a "educação é o caminho para um futuro melhor".

"Quero que nossas crianças desejem ser cientistas e engenheiros, médicos e professores, não apenas jogadores de bola ou rappers. Quero que eles queiram estar na Suprema Corte de Justiça, que queiram se tornar presidentes", afirmou.

O presidente, filho de uma mãe branca do Estado americano do Kansas e de um pai negro, do Quênia, disse que seu caminho poderia ter sido outro, não fossem os pedidos de sua mãe.
Esse foi o primeiro discurso com enfoque no tema racial desde que Obama assumiu a Presidência, em janeiro.
Terra

Nas ruas, nas fábricas, nas escolas... Somos mulheres em luta!

Se perguntarmos às pessoas o que é gênero todas com certeza saberão responder.
Mas e classe? A qual classe pertencemos? Nós mulheres somos todas iguais? Sofremos o machismo do mesmo jeito, o mesmo tipo de opressão? E, o que é opressão?

Para tentar entender estas e outras perguntas vamos refletir sobre nossa vida.

Somos trabalhadoras, temos filhos, cuidamos dos afazeres domésticos, levamos cantadas na rua e muitas vezes no trabalho. Somos responsabilizadas por tudo aquilo que acontece com nossos filhos e fazemos o possível para não irritar nossos companheiros, pois os homens são assim mesmo, sem paciência e chefes da casa.

Bem, quando passamos por tudo isto somos oprimidas e muitas vezes não podemos sequer exprimir nossos sentimentos sem sermos reprimidas pelos homens, sejam eles pais, maridos, irmãos, etc.

Quando sofremos qualquer tipo de opressão, humilhação, assédio moral ou sexual, violência física e psicológica, na maioria das vezes ficamos caladas, pois não temos a quem recorrer. O governo Lula criou a Lei Maria da Penha e uma Secretaria das Mulheres, mas na prática de nada adiantou.

Nem mães podemos ser quando desejamos, pois o estado não nos garante nem o emprego, o que dirá assistência médica para nós e o bebê ou a creche para deixá-lo para podermos trabalhar (quando temos emprego). Por este motivo mulheres pobres continuam morrendo por fazerem abortos caseiros ou em clínicas sem nenhuma infra-estrutura, já que ele é considerado crime no Brasil.

Quando somos espancadas por um homem, seja pai, companheiro ou irmão, não temos onde recorrer, já que na maioria das vezes, além do medo, não temos condições financeiras para nos mantermos e o poder público nada tem a nos oferecer, por isso acabamos sempre nos submetendo aos maus tratos a ponto de pensar que a situação é assim mesmo e o jeito é "aprender" a lidar com o homem violento.

Agora vamos refletir sobre a vida de uma mulher rica. Quando ela é assediada sexual ou moralmente, contrata bons advogados e consegue punir quem a assediou. Se ela precisa fazer um aborto vai a uma clínica cara com toda a infra-estrutura necessária e, embora o aborto continue sendo um crime, ninguém a acusa. Se sofre algum tipo de violência doméstica, ela sai de casa e vai viver longe do agressor com todo o conforto, pois dinheiro não lhe falta.

Quando chega do trabalho, a mulher rica encontra sua bela casa impecável, pois tem empregadas, que ela explora, para fazer o trabalho doméstico. Para cuidar de seus filhos contratam babás e não têm o trabalho nem de trocar uma fralda. Além disso, podem ser mães no momento em que decidirem porque tem condições financeiras para isto.

Todas estas diferenças demonstram que mulheres pobres e ricas sofrem o machismo, mas de forma muito diferente. Mas só as mulheres trabalhadoras sofrem o machismo combinado com a exploração.

Apesar de sermos todas mulheres, nós não pertencemos à mesma classe social.

Mulheres pobres pertencem à classe trabalhadora e as ricas à burguesia. Nossos interesses são opostos: nós lutamos pelo fim da opressão machista e também pela igualdade social, por uma sociedade sem divisão de classes justa e igualitária, sem exploração e com a socialização de tudo o que a humanidade puder produzir para melhorar nossas vidas.

A mulher burguesa não tem a mínima intenção de modificar a sociedade capitalista e quer seguir explorando as trabalhadoras. É por este motivo que somos unidas pelo fato de sermos mulheres, mas estamos em campo oposto ao das mulheres que são parte da classe dominante que nos explora.
E é também por isso que não dá para lutar contra a opressão machista sem lutar contra a exploração do trabalho de mulheres e homens.

Diante disto, chamamos a todas as mulheres trabalhadoras para estarem conosco no Movimento Mulheres em Luta. É necessário combater o machismo agora. Organizar as mulheres para lutar contra o machismo e a exploração, para lutar contra esse sistema que nos humilha e destrói.

Venham juntar-se a nós e construir um grande movimento de mulheres trabalhadoras no Brasil.

Resolução da Coordenação Nacional da Conlutas sobre a “Influenza A - H1N1”

Rio de janeiro, 26 de julho de 2009.

Considerando que:

1. Os últimos governos, apesar de afirmarem que investiram em saúde e acabaram por utilizar todo o dinheiro no PROER e para salvar bancos.

2. O Governo Lula manteve a mesma política de sucateamento da saúde optando por utilizar recursos públicos para salvar empresas privadas e bancos.

3. Os governos estaduais e municipais aplicam para a saúde exatamente a mesma política nacional e, com isso, impõe péssimas condições de trabalho e, conseqüentemente, atendimento precário a população.

4. O desmonte dos serviços públicos e do SUS junto com a inexistência de uma política de educação continuada e de treinamento para atendimento e identificação dos casos em situações de endemias e pandemias revela o grande despreparo para estas situações, a exemplo das epidemias de dengue e febre amarela.

5. No inicio da epidemia, o governo utilizou-se da grande imprensa para dizer que a população estava segura, pois somente quem ia ao exterior ou tivesse contato com quem viajou corria risco de adoecer.

6. O vírus "Influenza A – H1N1" tem uma mortalidade próxima a outras gripes comuns, porém a sua virulência e contágio são superiores a outras gripes e sua identificação e diagnóstico é mais difícil, pois os sintomas são os mesmos de uma gripe ou resfriado comum.

7. A possibilidade de uma vacina que amenize ou cesse o contagio do vírus será disponibilizada no Brasil apenas no inverno de 2010, quando o auge da gripe já deve ter passado.

8. O número de casos de pessoas acometidas por este vírus e numero de óbitos notificados é muito inferior aos casos que realmente existem. Já há dificuldade de acesso ao serviço público nas unidades básicas e hospitais e não existem kits suficientes para os exames que identificam a contaminação.

9. Os governos municipais, estadual, federal e a imprensa remetem a responsabilidade das mortes e dos casos não tratados aos trabalhadores, e não a falta de uma política de saúde efetiva de prevenção e promoção da saúde.

10. A falta de verba e de investimento na saúde leva a que, mais uma vez, quem mais sofre sejam os trabalhadores e os setores mais explorados, que não têm acesso aos hospitais particulares e aos convênios médicos, dependendo exclusivamente do atendimento pelo SUS.

Resolve que:
1. O governo Lula aplique imediatamente toda a verba destinada à saúde.

2. O governo Lula utilize imediatamente também a verba especifica aprovada para Influenza A.

3. Haja garantia de que os trabalhadores da saúde tenham condições de trabalho e EPI em quantidade suficiente para o atendimento a todos os casos suspeitos e confirmados.

4. O governo federal institua / implemente os procedimentos necessários à ampliação da rede médica assistencial para o atendimento da população com suspeita de infecção pelo vírus.

5. O governo federal e o ministério da saúde implantem um sistema nacional de notificação de casos de Influenza A.

6. O governo Lula e o Ministro José Temporão providenciem a imediata disponibilização de kits de detecção para que todos os casos suspeitos possam ser testados.

7. O governo federal e o ministério da saúde interrompam e revertam imediatamente os desmontes do SUS, todos os casos de terceirização e privatização dos serviços e invista na valorização do trabalhador, prevenção e na promoção da saúde.

8. Os sindicatos e entidades do movimento filiadas a Conlutas, através de seus boletins, divulguem esta resolução e aprovem em suas diretorias o envio de moções ao ministro da saúde e ao presidente Lula.

Coordenação Nacional da Conlutas.

Cristovam propõe bolsa de estudo para filhos de descendentes de escravos

Cristovam propõe bolsa de estudo para filhos de descendentes de escravos.


O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), senador Cristovam Buarque, propôs, em debate nesta quarta-feira (08), que a reparação aos negros descendentes de escravos brasileiros seja feita por meio de uma bolsa de estudos no valor de R$ 3 mil para os filhos das famílias de afrodescendentes.


- A gente sabe que o Estado deveria gastar 10% com educação. Essa reparação custaria 2% da receita - propôs o parlamentar.


Outra proposta apresentada por Cristovam foi a criação de centros de pesquisa de recuperação da história negra. O senador propôs ainda que o Senado realize sessão especial de reconhecimento público de que a abolição da escravatura não teria se completado.


- Seria um depoimento claro, explícito, de que não completamos a abolição. Temos um sentimento racista, que se tenta esconder, e uma desigualdade social que aflige e atinge mais aos negros - avaliou.


Memorial


Cristovam endossou, assim como os demais especialistas presentes ao debate, a proposta de Mário Teodoro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de criação de um memorial da abolição. Sugeriu ainda a edificação de um monumento de "memória da escravidão e de gratidão à África", semelhante ao existente no Rio de Janeiro dedicado aos pracinhas que lutaram com os aliados na Segunda Guerra Mundial.


Ao final da reunião, Cristovam propôs que seja realizada nova reunião para debater a possibilidade de reparação aos descendentes de escravos, desta vez em Salvador (BA), com a presença de representantes da sociedade civil.


Solicitou também a todos os participantes da audiência que revisem o texto referente às apresentações feitas nesta quarta-feira para que possa elaborar um livro sobre o assunto, aproveitando as suas observações.


Fundo de reparação


Também presente ao debate, o publicitário Roberto Carvalho detalhou petição apresentada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), com o objetivo de criação do Fundo Nacional de Reparação. Conforme explicou, os recursos seriam distribuídos aos estados para a aplicação em políticas públicas de saúde, educação, saneamento básico, entre outras, capazes de promover o resgate dessas populações relegadas pelo Estado. O documento está em exame na OEA desde 2001.


- Não se limitaria [o fundo] somente à questão financeira, mas poderia atuar com políticas compensatórias - defendeu. Para Roberto Carvalho, os negros representam parcela da população empobrecida devido "a uma máquina estatal perversa", resultante de uma "sociedade também perversa", que torna normal o "crime" praticado contra a população afrodescendente.


Posição semelhante foi manifestada por Ailton dos Santos Ferreira, da Secretaria Municipal de Reparação da Bahia. Ele também alertou para a banalização das desigualdades no país e defendeu a adoção de políticas públicas reparatórias. Ferreira salientou ainda que a democracia brasileira não será plena enquanto não houver projetos de distribuição de renda e não se tratar as diferenças de condições de vida e oportunidades "definidas pela etnia e cor da pele".


- Nas cadeias públicas, é normal a presença de negros em quantidade. Temos 94% dos ambulantes de Salvador em luta desigual com o Estado e a economia formal. Subemprego é normal. Subhabitações é normal. Escolas não funcionam. Essas "normoses" precisam ser resolvidas - alertou, referindo-se à banalização dos problemas nacionais e às dificuldades enfrentadas pelos negros no país.
Agência Senado

DO QUE PODEMOS E DO QUE PENSAMOS QUE PODEMOS...


O humorista Danilo Gentili, do programa CQC, da Band, será investigado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo pela possibilidade de ter cometido crime de racismo.

Segundo informações publicadas na coluna Zapping, do jornal Agora São Paulo, Gentili teria postado no mini-blog que mantém no site Twitter, na madrugada do sábado, uma mensagem que diz: "Agora, no Telecine, o filme 'King Kong', um macaco que, depois de ir para a cidade e ficar famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é 'Jogador de futebol?'.

Apesar de ter pedido perdão para as pessoas que poderiam ter se ofendido com o texto, ele retificou para a coluna que não pretende suprimir a mensagem do mini-blog, já que "realmente disse aquilo".

Procurada , a Band não se pronunciou oficialmente sobre o fato por entender que se trata de uma questão pessoal do humorista, feita em um veículo sem ligação com o programa CQC. Gentili ainda não foi encontrado para comentar o assunto.

Histórico

Apenas 11 minutos depois do post onde compara um jogador de futebol com o King Kong, Gentili fez uma nova publicação, onde tenta se justificar: "Alguém pode me dar uma explicação razoável porque posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?"

Mais tarde, escreveu uma nova nota tentando se eximir da responsabilidade do que publicou: "Reparem: na piada do King Kong não disse a cor do jogador. Disse que loira saiu com o cara porque é famoso. A cabeça de vocês que tem preconceito".

Não é a primeira vez que o repórter da Band usa o espaço virtual do site de mini-blogs para fazer comentários polêmicos. Em 11 de julho, ele postou um comentário sobre a canção Detalhes:

"Quando toca a música 'detalhes tão pequenos de nos dois', sempre imagino um casal gay nipônico". E ainda sobre Roberto Carlos escreveu: "Para quem não sabe nosso Rei Roberto Carlos tem problemas com TOC. Quando ele anda a perna bate no chão e faz TOC, TOC, TOC."
TERRA

Piada de Danilo Gentili não teve graça

O integrante do "Casseta & Planeta" (Globo) Hélio de La Peña decidiu entrar na polêmica da semana no Twitter.


Em um texto intitulado "A coisa ficou afrodescendente para o humor negro", o humorista carioca afirmou que a piada de Danilo Gentili relacionando jogadores de futebol com King Kong não teve graça.


"King Kong, um macaco que, depois que vai para a cidade e fica famoso, pega uma loira. Quem ele acha que é? Jogador de futebol?" A frase foi postada por Danilo Gentili, do "CQC" (Band), entre a madrugada de sábado (25) para domingo no serviço de microblogs.


"Não tenho problemas com piadas de qualquer natureza, desde que elas sejam engraçadas. Não foi o caso", escreveu La Peña. "Associar o homem preto a um macaco não é novidade no anedotário e causa desconforto aos homens pretos."


Embora tenha avaliado negativamente a piada do colega, o "casseta" discordou que o melhor caminho nestes casos seja o judicial.


"Acho exagero imolar o humorista em praça pública. Processo é bobagem. Danilo não apontou o dedo na cara de nenhum preto e disse 'olha aqui, seu macaco.' Ele fez uma piada, quem não gostou expôs sua opinião. Eu não gostei."


Segundo a assessoria de imprensa do MPF-SP (Ministério Público Federal de São Paulo), a mensagem de Gentili foi encaminhada a um procurador, que vai apurar se houve ou não racismo. A ONG Afrobras também se posicionou contra o "repórter inexperiente". "Nos próximos dias devemos fazer uma carta de repúdio. Estamos avaliando ainda [entrar com] uma representação criminal", disse José Vicente, presidente da ONG.


De acordo com Hélio de La Peña, "se alguma vez você sofreu discriminação racial, sabe o quanto isso é desagradável. Esta é a razão deste tipo de piada bater na trave".
Fonte: Folha Online

RASPAS DA II CONAPIR...


ESTATUTO I
Ativistas e militantes, inconformados com a aprovação de um texto do Estatuto que, segundo eles, não faz justiça à reivindicações históricas do Movimento Negro, no encerramento da Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, em Brasília, o "Manifesto em Defesa dos Direitos e da Autonomia Política da População Negra".
ESTATUTO II
No Manifesto denunciam que "interesses eleitorais estimulados pela proximidade de 2010, têm provocado articulações e composições espúrias que utilizam nossas conquistas como moeda de troca". "Daí o esvaziamento dos conteúdos de justiça racial do Estatuto, o que impõe retrocessos, injustiças e a perpetuação de violações de direitos fundamentais da população negra", afirmam
ESTATUTO III
O Manifesto é assinado pelas seguintes entidades: AKANNI (Instituto em Pesquisa em Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnia); ANMNB (Articulação nacional de Mulheres negras Brasileiras); ASFAP-BA (Associação de Familiares de Presas e Presos do Estado da Bahia);CANDACES (Coletivo Nacional de Lésbicas Negras e Feministas Autônomas); Centro Cultural Orunmila (SP); Centro de Referência Negra Lélia Gonzales; CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas);CRIOLA;Fórum Nacional de Juventude Negra;GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra; GT de Combate ao Racismo Ambiental; Movimento Negro Unificado (MNU).
ESTATUTO IV
Enquanto a Comissão Especial da Câmara adia, a votação do Projeto do Estatuto, cresce a mobilização das entidades e personalidades que passaram a rejeitar o texto que tramita na Comissão e o relatório negociado pelo Governo e Oposição que prevê a remoção de alguns pontos considerados por essas entidades inegociáveis na proposta do Estatuto;
ESTATUTO V
Preocupada com a repercussão, a Seppir voltou a tratar do tema e a rebater a denúncia de que os delegados teriam votado um texto que não conheciam, constante do Manifesto. "É importante ressaltar que a forma como as negociações para a aprovação do Estatuto são conduzidas pelo Governo foi aprovada por ampla maioria de votos dos delegados à Conferência. O contraditório é natural e saudável no jogo democrático. Mas a vontade da maioria deverá ser sempre respeitada. As possibilidades de diálogo em torno do Projeto de Lei, contudo, continuam abertas", afirma a Nota de Esclarecimento, que havia sido divulgada e que acabou sendo revisada pela Assessoria de Comunicação da Seppir por determinação do ministro Edson Santos.
ESTATUTO VI
Tentando evitar a polêmica, a Nota acrescenta que "o Movimento Negro recebe por parte do Governo brasileiro, através da SEPPIR, ampla acolhida para apresentar suas concepções acerca do Projeto de Lei que institui o Estatuto da Igualdade Racial". "Para citar apenas o período que envolveu o processo de mobilização da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, estas oportunidades foram apresentadas nas conferências municipais, regionais, em 27 conferências estaduais, na Plenária Nacional de Comunidades Tradicionais e, durante a etapa nacional, em painéis, grupos de trabalho e na plenária final do evento", conclui.
ESTATUTO VII
Segundo Edson França coordenador geral da União de Negros pela Igualdade (UNEGRO) – a corrente política composta por ativistas ligados ou próximos ao PC do B, majoritária na II Conapir - Está saturada a discussão do Estatuto, as posições estão explicitadas e cristalizadas. Estamos no momento de negociação para aprová-lo, pois não interessa ao Movimento Negro e a população negra mais 10 anos de debates sem objetividade. O voto da esmagadora maioria dos delegados e delegadas na conferência aprovou essa tese. Digo mais, tem gente que precisa entender o sentido da democracia. Compreendo que aceitar decisões de maioria após um longo processo de discussão é um dever democrata. Podem manter a discordância, mas tem o dever de acatar a legitimidade da escolha e parar com essa mania feia de desqualificar as posições divergentes, sob pena de perdemos qualquer referência ou capacidade de construção coletiva. Não há quem no Movimento Negro não tenha opinião sobre o Estatuto acumulada muito antes da CONAPIR.
ESTATUTO VII
O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do Projeto do Estatuto da Igualdade Racial – o PL 6264/2005 –, rebateu as críticas de setores do Movimento Negro à proposta que tramita no Congresso e garantiu que a "espinha dorsal do Estatuto foi mantida".
ESTATUTO VIII
Para Elói Ferreira (Secretário-Adjunto da Seppir) A crítica tem sido feita sem um conhecimento do Projeto de Lei que tramita na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Além disso, não leva em consideração a correlação de forças que existe no Congresso Nacional para a aprovação desta matéria tão importante. É preciso que tenhamos ainda a compreensão de que o Estatuto não pode ser visto como a solução, como o ponto final das lutas contra o racismo. Pois, na verdade, é o ponto de partida para a fruição de todos os direitos e oportunidades que em nossa época são oferecidos ao conjunto da população brasileira.
DIRETRIZES
O Secretário-Adjunto da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira , disse, ao fazer um primeiro balanço da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, realizada em Brasília no final do mês passado, que a Conferência apontou como principais diretrizes a defesa da política de cotas raciais, do Estatuto da Igualdade e dos Direitos das comunidades remanescentes de quilombos. "Isso certamente vai se refletir na atuação dos parlamentares que no Congresso Nacional tem a responsabilidade de aprovar o Projeto de Lei", acrescentou.
RACHOU A MAIORIA
Com críticas ao grupo hegemônico que dirige a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), a União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), divulgou Comunicado no qual afirma que a articulação - composta majoritariamente por ativistas ligados ou próximos ao PT - "está distante dos objetivos de sua fundação, e por isso produziu resultado inverso".
A UNEGRO reúne, no Movimento Negro, ativistas filiados ou próximos ao PC do B - partido também da base do Governo Federal.A decisão já havia sido comunicada pelo coordenador geral da Unegro, Edson França no encerramento da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, realizada no final do mês passado, em Brasília.
Hegemonismo exclusivista
França disse que a Conferência marcou o fim da era do que ele chama de "hegemonismo exclusivista", uma crítica direta aos setores do Movimento Negro do PT, que segundo ele, costumam assumir a postura de os únicos interlocutores para o diálogo do Governo.
No comunicado o coordenador geral da UNEGRO diz que "hoje a CONEN é composta e dirigida por uma cúpula de quadros pontualmente espalhados em alguns estados brasileiros" e que "o caminho trilhado pelo grupo hegemônico está levando-o a se distanciar ainda mais dos seus objetivos e tem contribuído para a quebra da "frágil pluralidade".
Cita como exemplo o fato de a Coordenação eleita no Encontro Nacional da CONEN, em maio de 2006, em Salvador, jamais ter se reunido, e ter sido ignorada pelo grupo hegemônico que a dirige sem respeitar decisões coletivas.
Grupo de S. Paulo
França não cita nomes, porém, sabe-se que se refere, especialmente, ao grupo de S. Paulo, liderado por Flávio Jorge, que durante o período da gestão da ex-ministra Matilde Ribeiro foi a sua principal base de sustentação e caiu no ostracismo após a posse do deputado Edson Santos na Seppir.
"Para um organismo garantir manutenção da unidade no movimento negro exige-se contínua busca de parcerias representativas, de convencimento no debate, amplitude política, democracia interna e institucionalidade, algo extinto na CONEN", acrescenta.
O Comunicado termina por convidar a militância, entidades e forças avançadas do movimento negro para a construção de um novo diálogo e pacto nacional, em que possamos secundarizar parte das nossas divergências em prol da luta em torno de grandes consensos.
Cita como exemplo, a defesa da titulação das terras de quilombos, ampliação e consolidação das ações afirmativas nas universidades, a luta contra a intolerância religiosa, a defesa do trabalho e moradia digna nas cidades e no campo, na saúde e de educação básica de qualidade, da lei 10.639, e a construção de uma sociedade justa e igualitária.
G'BALA

O LUTO CHEGOU AO FIM! A LUTA CONTINUA...


Acabou!
Pareceu ter sido um tempo bem mais longo do que sua contagem no calendário,
mas enfim, chegou ao fim;
Acabou!
A forma como víamos e sobretudo sentíamos a tragédia que se abateu sobre nós,
no tombo daquele ônibus que na noite fechada não conseguiu vencer a curva;
Acabou!
A idéia de que nossos guerreiros se foram, que nos fragilizou até aqui, lembram?
Nosso goleiro ficou curto ou a trave se alongou;
Nossa defesa saiu quando devia ficar ou ficou quando devia sair;
E naquele contra-ataque pecamos na finalização.
Nos faltou pouco, ao não vencer a curva caímos!
Acabou!
Na queda acabou!
Resgatamos nas paredes de nossa memória quadros de outras quedas já vividas,
talvez não tão doídas quanto a de agora,
mas para todas servira o mesmo remédio,
MUITAS DOSES DA FORÇA XAVANTE!
Acabou!
Acreditamos na receita, e agora vemos o seu resultado,
estamos de volta, estamos completos,
somos todos 100% Guerreiros Xavantes!
Acabou!
E estamos mais fortes,
descobrimos entre nós, ao nosso lado, aqui mesmo na geral,
guerreiros capazes de num piscar de olhos estarem lá dentro, no campo,
espichando a mão de nosso goleiro até faze-lo alcançar aquela bola quase gol;
colocando ordem na cozinha, e até ajudando o balanço lá na frente;
alcançando aquele passe longo e desferindo uma flexada certeira.
Acabou!
E este domingo de sol se abre para nos mostrar isso,
para nos levar ao estádio, para que lá possamos nos reconhecer
TODOS XAVANTES,
para que possamos gritarmos juntos
O LUTO CHEGOU AO FIM! A LUTA CONTINUA...
G'BALA

segunda-feira, julho 27, 2009

FLA1000

O Primeiro a Atingir a Marca em Campeonatos Nacionais


Clube brasileiro que sempre disputou a divisão de elite do Campeonato Brasileiro, sem rebaixamento, o FLAMENGO chegou a um número histórico neste domingo. Com a partida contra o Santos, na Vila Belmiro, o Rubro-Negro carioca tornou-se o primeiro clube com 1.000 partidas disputadas em Brasileiros da Série A.

A trajetória do clube da Gávea em Nacionais começou em 8 de agosto de 1971. Em seu primeiro jogo pela competição, o Fla perdeu para o Sport na Ilha do Retiro (1 a 0). Mas apesar do tropeço no primeiro passo, o clube da Gávea tem um dos mais vitoriosos retrospectos na principal competição do futebol brasileiro.
Em 1000 partidas, a equipe tem 417 vitórias , 276 empates e 307 derrotas. O clube marcou 1.383 gols e sofreu 1.132.
Em Campeonatos Nacionais, o Flamengo chegou cinco vezes a decisões, incluindo a final da Copa União de 87. E levantou a taça em todas as oportunidades.

A primeira vez em que o clube chegou a uma decisão de Brasileiro foi em 1980, já com a base do time que seria campeão mundial interclubes no ano seguinte. Após perder o primeiro jogo da final para o Atlético MG. por 1 a 0 no Mineirão, o Rubro-Negro fez a festa no Maracanã diante de 154 mil pagantes, vencendo a finalíssima por 3 a 2, com dois gols de Nunes e um de Zico.

Foi o primeiro de três títulos nacionais em quatro anos. Em 82 e 83, a equipe voltou a conquistar o Brasileirão, derrotando Grêmio e Santos nas finais, respectivamente.

Em 1987, ainda com Zico e contando com outros jogadores de seleção brasileira, como Bebeto, Renato Gaúcho, Jorginho, Leandro, Edinho, Leonardo e Zinho, o Flamengo chegou à decisão da Copa União e superou o Inter de Taffarel (1 a 1 em Porto Alegre e 1 a 0 no Rio).

A decisão do Clube dos 13 de que os finalistas do chamado Módulo Verde não deveriam enfrentar os dois primeiros colocados do Módulo Amarelo em um quadrangular final fez com que a CBF não reconhecesse oficialmente o Flamengo como campeão nacional, e sim o Sport, vencedor do grupo amarelo.

Além das decisões, o Flamengo tem outros jogos marcantes em seu currículo em Brasileiros. A maior goleada ocorreu em 1981: 8 a 0 diante do Fortaleza, em 4 de fevereiro. Com cinco gols de Nunes.
No Nacional de 85, o Rubro-Negro goleou o Botafogo por 6 a 1. O destaque da partida foi o lateral-esquerdo Adalberto, autor de dois gols.

Outro clássico local que ficou marcado para os rubro-negros ocorreu em 2 de dezembro de 89. O penúltimo jogo do clube no Brasileirão daquele ano foi a despedida oficial do principal ídolo da história do clube. Com uma goleada sobre o Fluminense (5 a 0) em Juiz de Fora (MG). E com direito a um gol de Zico, em cobrança de falta, abrindo o placar.

Maior artilheiro da história do Flamengo, Zico também fez o seu primeiro de seus 509 gols pelo time principal do Fla em uma partida de Campeonato Nacional: no empate por 1 a 1 com o Bahia, no segundo jogo do Rubro-Negro em Nacionais, em 11 de agosto de 1971. Em Brasileiro, o camisa 10 balançou a rede 139 vezes.

Em um outro clássico carioca em Brasileiros, os rubros-negros sofreram uma derrota que afetou os torcedores do clube por quase uma década. Na segunda edição da competição, em 1972, o Flamengo perdeu para o Botafogo por 6 a 0. A goleada ocorreu no dia do aniversário do clube da Gávea: 15 de novembro. Nove anos depois, o Fla devolveria o placar, em jogo do Carioca.

A milésima partida - 26deJulho09 - foi disputada fora de casa, na baixada santista, na Vila mais famosa. E Flamengo como ja fez muitas vezes no contar destes mil jogos venceu a partida de virada, placar de 2x1, que é muito mais gostoso. De quebra, próprio do Flamengo quebrou uma escrita de 33 anos sem vitória contra o Santos em jogos oficiais na casa do peixe.
QUE VENHAM MAIS MIL, VENCER, VENCER, VENCER...
G'BALA

Último exilado da ditadura militar chega ao Rio

"Neguinho-tigre", como Antonio Geraldo era conhecido, recebeu anistia em 2008, mas ainda temia voltar ao País

Antonio Geraldo da Costa , de 75 anos, último exilado da ditadura militar, chegou nesta terça-feira, 21, ao Aeroporto Internacional do Rio. 'Neguinho-tigre', como era conhecido, é ex-integrante da Associação de Marinheiros em 1964, realizou ações da Aliança Libertadora Nacional (ALN), grupo armado de Carlos Marighella, e fugiu para a Suécia na década de 70. Só pediu anistia em 2005, mas temia voltar ao Brasil, porque não acreditava na democracia brasileira. Ele recebeu anistia em 2008.

Neguinho foi saudado pelo grupo "Amigos de 68" e festejado no aeroporto Tom Jobim como "o último exilado brasileiro", que preferiu ficar no exterior após a anistia política de agosto de 1979. Ele vivia desde 1972 na Suécia, sob a identidade de Carlos Juarez de Melo, com a qual obteve nova cidadania, casou-se, teve dois filhos e trabalhou como cozinheiro para frades e auxiliar num asilo de velhos.

Por mais de três décadas, viveu sob a falsa identidade que o inibiu de retornar ao Brasil. O velho marinheiro imaginava que, mesmo depois da anistia poderia ser preso pelos assaltos a bancos e, ao mesmo, tempo temia que as autoridades suecas o extraditassem, caso revelasse o nome verdadeiro.

O amigo Guilem Rodrigues Silva, também ex-marinheiro, ex-militante e exilado na Suécia desde o começo da década de 1970, foi quem mais o encorajou a regularizar sua situação e retornar legalmente ao Brasil. No aeroporto, em meio à ansiedade da espera, Guilem lembrou lances da vida em comum com Neguinho.

"Eu já vivia em Lund, cidade universitária sueca, em 1972, quando a polícia dinamarquesa me procurou porque três ciganos me haviam citado como contato. Realmente, eu havia recebido 2.500 dólares e comprei as passagens de dois deles, que fugiam do Chile, onde a situação política se deteriorava rapidamente", disse Guilhem.

Hoje juiz desembargador na mesma cidade, Guilem foi ao encontro dos fugitivos, desmentiu a condição de ciganos e assumiu plena responsabilidade por eles. Os dois outros resolveram seus casos, e apenas Antônio Geraldo da Costa manteve uma condição complicada de um lado e do outro do mundo.

"Aos poucos fomos todos convencendo Neguinho a resolver sua situação. O fato de ele ter conseguido a cidadania sueca com nome falso realmente preocupava, mas sua história era verdadeira. A perseguição política e as torturas no Brasil não eram invenção", afirmou.
"Nos anos 1970, havia muitos brasileiros na Suécia, eu conheci o (Fernando) Gabeira dirigindo metrô por lá. Com a anistia e o tempo, todos foram retornando e só ficamos eu e o Neguinho. Eu porque tenho oito filhos e quatro netos suecos, ele porque tinha o problema do nome falso, um detalhe que só os amigos mais próximos e sua própria família conheciam."

Foi, a propósito, uma amiga do exílio, Eliete Ferrer, também ex-militante da esquerda, quem ao voltar para o Brasil foi à luta e conseguiu uma segunda via da certidão de nascimento de Neguinho. Foi também o pontapé inicial da sua viagem de volta. Com base na certidão, o advogado Modesto da Silveira, defensor de inúmeras causas durante a ditadura militar, obteve a anistia e a aposentadoria como suboficial da Marinha, há cerca de dois anos.

Ao mesmo tempo, Guilem acertou com o advogado Sten de Geer, membro da nobreza sueca, o processo de indulto pelo crime de falsidade ideológica, e Neguinho pôde se livrar das amarras que o impediam de voltar ao Brasil sem sustos. Por isto, em meio às manifestações na sua chegada, ergueu o passaporte brasileiro como troféu.

"Quero agradecer ao ministro da Justiça, Tarso Genro, por ter mandado uma pessoa daqui para regularizar a minha situação e eu conseguir meu passaporte", disse.

Entre os antigos companheiros presentes à chegada estavam os presidentes da Unidade de Mobilização Nacional pela Justiça (UNMA), ex-marinheiro José Alípio Ribeiro, e do Movimento Democrático pela Anistia e Cidadania (MODAC), ex-marinheiro Raimundo Porfírio Costa, além do advogado Modesto da Silveira e a amiga Eliete Ferrer, em cuja casa Neguinho ficará hospedado "até arrumar um apartamento", como disse Guilem.
O Estado de São Paulo

Maconha, a nova fonte de renda dos EUA

Reportagem publicada na edição deste domingo do Globo pela correspondente Marília Martins mostra que a maconha virou fonte renda municipal nos Estados Unidos. Confira abaixo a matéria e deixe o seu comentário!

Os eleitores de Oakland, cidadezinha perto de São Francisco, encontraram uma solução para melhorar as receitas da prefeitura: taxar o comércio da maconha. Isto mesmo! Desde que se tornou o primeiro estado a legalizar a maconha para fins medicinais em 1996, a Califórnia viu crescer uma indústria que hoje tem seu valor — nos negócios legalizados e nos ilegais — estimado em US$ 17 bilhões por ano. Por isto, os eleitores de Oakland decidiram que já é hora de a maconha legal passar a contribuir para melhorar as finanças municipais, deterioradas com a crise.

— Esta foi uma decisão histórica, que vai ajudar a cidade a se recuperar em tempos difíceis — diz Steve DeAngelo, líder dos produtores de cannabis em Oakland e promotor de uma campanha para convencer agricultores a colaborarem com as finanças municipais.

A cidade teve queda de arrecadação da ordem de US$ 83 milhões por causa da recessão americana e espera levantar pelo menos US$ 300 mil nos negócios de maconha legal do município. Para incrementar o comércio, a Apple acabar de lançar um aplicativo para iPhone, chamado Cannabis, que localiza em segundos pontos de venda e profissionais que ajudam consumidores a obter maconha legal. A base de dados é fornecida pela ONG Ajnag, que defende a legalização da erva.

Opositores da medida, reunidos na ONG Coalition for a Drug Free California, protestaram contra a decisão dos eleitores:
— É incrível que num momento de recessão econômica o município se volte para recolher impostos de uma droga que o país ainda considera illegal. A comunidade não deveria aceitar tornar-se dependente de uma produção agrícola tão discutível — avalia Paul Chabot, líder da ONG.

Para comprar maconha legalmente na Califórnia é preciso ter receita médica e adquirir o produto num dos postos de distribuição autorizados. Aceita-se pagamento com cartão de crédito, e cerca de 3,5 gramas da erva saem por US$ 102, incluindo entrega a domicílio. A maconha é receitada pelos médicos californianos em várias circunstâncias, como, por exemplo, no caso de pacientes com elevado índice de insônia ou para tratar determinados casos de alergia, em que o chá feito com a erva é indicado. O cultivo pelos produtores é fiscalizado pelas diversas prefeituras, e exige-se que a produção seja orgânica, o que eleva a qualidade da erva.

— Para aqueles que têm receita médica, o produto que recebem é de boa qualidade. As lojas são fiscalizadas e as quantidades vendidas da erva também. Ainda existe maconha vendida no mercado clandestino, mas a legalização do produto para uso médico fez com que a diferença de qualidade fosse sensível entre aquilo que é comercializado legalmente e o que se compra de forma ilegal — avalia o promotor Meredith Lintott, do condado de Mendocino, uma das regiões produtoras de maconha legal na Califórnia.

A Apple já vendeu mais de mil aplicativos Cannabis para iPhone e já existem mais de 30 serviços de twitter para informar consumidores sobre as notícias mais recentes da droga. A Califórnia é o estado pioneiro na taxação da maconha legal, mas desde que aprovou o comercio da maconha para uso medicinal, há 13 anos, outros 12 estados americanos já adotaram legislação semelhante. De início, muitos pacientes foram autorizados a ter uma pequena plantação em vasos domésticos, para consumo individual, mas com o tempo a industrialização foi se impondo. Numa pesquisa feita com 2.500 pacientes de tratamentos à base de maconha na região de Berkeley, em São Francisco, o advogado Tod Mikuriya constatou que mais de dois terços dos pacientes apresentavam melhoria de seu quadro clínico, ligado a doenças de pele relacionadas a condições nervosas alteradas. Há também os chamados clubes fechados, os pot-clubs, que são resenhados por especialistas para atestar a qualidade dos serviços. Um deles, WeedesMaps.com, faturou cerca de US$ 250 mil em um ano de funcionamento.

Vereadores de São Francisco querem agora seguir o exemplo de Oakland. O democrata Tom Ammino, por exemplo, acha que se a mesma lei for aprovada em sua cidade, a prefeitura poderá arrecadar cerca de US$ 349 milhões por ano.

— Esta é uma indústria que está crescendo e chegou a hora de ver os produtores contribuírem para as finanças da prefeitura, especialmente num momento de crise. E o dinheiro poderá inclusive ser usado para ajudar a polícia a combater o tráfico ilegal da erva — avalia Ammino.

ANDES - S.N.: 54º CONAD

UNIR OS TRABALHADORES PARA ENFRENTAR A CRISE. DEFENDER A EDUCAÇÃO PÚBLICA E OS DIREITOS SOCIAIS

CARTA DE CURITIBA

O 54º CONAD, realizado no período de 16 a 19 de julho de 2009, na cidade de Curitiba/PR, com a participação de 55 seções sindicais, 50 delegados, 100 observadores e 01 convidado, ocorreu num momento em que o Sindicato comemora uma grande conquista, não só para a categoria, mas para toda a classe trabalhadora brasileira: o restabelecimento de seu Registro Sindical.

Mereceu destaque o seminário “Construindo uma nova organização classista para a luta dos trabalhadores”, em que se discutiu a construção de uma nova entidade, que seja autônoma e independente em relação ao Estado, aos patrões, às instituições e aos partidos políticos; contrária à cobrança de qualquer taxa compulsória, capaz de unificar e fortalecer as lutas do campo sindical e popular.

Visando trabalhar pela construção desta entidade, o 54º CONAD deliberou pela participação do ANDES-SN no seminário nacional a ser organizado pela CONLUTAS, Intersindical e demais movimentos sociais que participam do processo de reorganização da classe trabalhadora, previsto para outubro de 2009. A participação do Sindicato Nacional deverá ser balizada pela reafirmação do combate ao imposto sindical e aos demais elementos da estrutura sindical vigente, além do combate intransigente a todas às formas de submissão das organizações da classe trabalhadora aos patrões, aos governos e aos partidos. Além disso, o ANDES-SN, deve também defender a mais ampla democracia de classe e o combate intransigente à burocratização, ao cupulismo, ao corporativismo e ao economicismo nessas organizações.

Nos debates sobre a conjuntura, mereceram destaque: o restabelecimento do Registro Sindical do ANDES-SN; o aprofundamento da crise do capital e o avanço das propostas que descaracterizam o projeto de universidade defendido pelo Movimento Docente, corroborando as análises que o Sindicato vem fazendo. Foi reafirmada a estratégia de luta pela construção do socialismo como horizonte estratégico, que deve orientar as lutas das organizações da classe trabalhadora e da nova central sindical e popular que se está construindo, que precisa ser feito na perspectiva da unidade na luta e do internacionalismo, fortalecendo a independência da classe trabalhadora.

Naquilo que lhe é específico, o ANDES-SN envidará todos os esforços para barrar a reforma universitária que tramita no Congresso Nacional, convocando todos os docentes para o combate ao modelo privatizante e mercantil embutido nessa proposta de reforma. Para tanto, é tarefa urgente articular as entidades sindicais, acadêmicas, estudantis e os movimentos sociais para definir eixos comuns em defesa da educação pública (com base no PNE – proposta da sociedade brasileira), que possam subsidiar a construção de jornadas nacionais de luta em 2009. É necessário, portanto, buscar a rearticulação da Frente de Luta contra a Reforma Universitária e discutir, especialmente com o movimento estudantil combativo, as formas de enfrentamento para impedir a aprovação da reforma universitária, que ameaça seriamente a educação superior pública em nosso país.

Com a mesma disposição, o ANDES-SN deverá continuar denunciando e combatendo o uso do ensino a distância na formação inicial, pelo cunho reducionista e de aligeiramento dos processos formativos. O 54º CONAD apontou o uso dessa modalidade de ensino como estratégia dos governos para promover a expansão do acesso ao ensino superior com redução de investimentos, seguindo determinações dos organismos multilaterais de financiamento, com o objetivo de atender aos interesses dos empresários da educação. A crítica ao uso indevido dessa ferramenta não pode, todavia, ser confundida com a negação do seu uso enquanto instrumento de interação à distância para a difusão da informação.

Como parte do processo de desmonte da Universidade Pública, e visando facilitar a atuação das instituições mercantis de ensino superior, o governo federal busca acentuar o rebaixamento da formação também na pós-graduação, através do Mestrado Profissional, de iniciativa do MEC/CAPES, evidenciando assim um esforço para desconstituir as estruturas de pesquisa e de produção de conhecimentos já alicerçados nas universidades brasileiras.

O 54º CONAD reafirmou a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão como princípio básico para a garantia de um padrão unitário de qualidade, ao mesmo tempo em que se posicionou contrário a quaisquer iniciativas governamentais que descaracterizem o Regime de Trabalho de Dedicação Exclusiva e que inviabilizem a implantação do modelo de universidade defendido pelo Movimento Docente, que se fundamenta na geração de um conhecimento socialmente referenciado. Foram rejeitados também os termos da Minuta de Portaria do MEC que flexibiliza a Dedicação Exclusiva para os docentes das universidades federais. O 54º CONAD deliberou ainda por denunciar publicamente as manobras contidas nas medidas do governo para a legalização das irregularidades praticadas pelas fundações privadas ditas de apoio, denunciadas há pelo menos duas décadas pelo ANDES-SN e recentemente apontadas pelo Tribunal de Contas da União.

Em meio a este conjunto de ataques frontais à educação pública, o governo Lula tenta iludir a sociedade brasileira com um simulacro de democracia e convoca as entidades do campo da educação a participarem da Conferência Nacional de Educação. O 54º CONAD, após intenso debate, deliberou pela não participação do ANDES-SN na organização desse processo.

O 54º CONAD também se ocupou de definir ações efetivas no combate às medidas adotadas ou propostas que visam à privatização e a desobrigação do Estado para com a educação pública, que se expressam na retomada da tramitação e discussão no Congresso Nacional dos vários projetos que tratam da Reforma Universitária, do REUNI e do novo ENEM entre outros.

Os docentes das instituições públicas e privadas, organizados no ANDES-SN, tiveram seu plano de lutas atualizado com definições importantes para a luta pela valorização do trabalho docente e contra toda forma de precarização das condições de trabalho, apontando a necessidade de ampliar a discussão a respeito da carreira docente.

Os intensos trabalhos e discussões ocorridas neste 54º CONAD trazem como resultado, portanto, a confirmação da necessidade de ampliação da luta, buscando a UNIÃO DOS TRABALHADORES PARA ENFRENTAR A CRISE, DEFENDER A EDUCAÇÃO PÚBLICA E OS DIREITOS SOCIAIS!

Curitiba, 19 julho de 2009

Ensino Público e Gratuito: Direito de Todos: Dever do Estado.

ESTAMOS SENDO VISTOS...

Gente! Ja fomos descobertos. Outro dia andando pelo famoso buscador da internet somos agradavelmente surpreendidos com esta citação feita ao blog GUEBALA por um veiculo de informação do norte de Minas Gerais (abaixo colocamos parte da matéria). Ficamos satisfeitos na medida em que é isso que queremos, informar, estabelecer a reflexão e a discussão sobre os vários temas que importam na vida de todos. Continuaremos...



Escolas preparam estudantes para novo modelo do vestibular08/05/2009 - 10h35m
Paula Machado Repórter


NOVO ENEM COMO MODELO DE VESTIBULAR

Segundo o site guebala.blogspot.com, os candidatos que fizerem o novo Exame Nacional do Ensino Médio poderão inscrever-se em até cinco cursos oferecidos pelas instituições que aderirem ao sistema, em qualquer região do país.
O novo Enem é a proposta do ministério da Educação para substituir o vestibular nas universidades federais. Outra novidade é que o candidato só escolherá o curso em que pretende se matricular após a divulgação dos resultados do novo Enem.
As regras do exame foram detalhadas nesta segunda-feira pelo ministro Fernando Haddad a reitores das 55 universidades federais. Elas seguem o modelo do programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas gratuitas em faculdades privadas.
Haddad disse que o governo está pronto para aplicar o novo Enem este ano, mas aguarda uma resposta das universidades. Se pelo menos dez instituições aderirem, segundo ele, o teste já será realizado no segundo semestre, em outubro. As instituições que decidirem não participar continuarão promovendo seus vestibulares. Haddad espera uma resposta até o fim do mês.
Segundo ele, as instituições que decidirem substituir o vestibular pelo Enem já poderá fazer isso neste ano, à exceção daquelas que não abrirem mão da segunda fase. Nesse caso, o ministro teme que o MEC não consiga divulgar os resultados antes de janeiro. Reitores discutem a possibilidade de utilizar só as notas das provas objetivas, sem redação, o que anteciparia o anúncio dos resultados para novembro.
O ministro informou ainda que possa dobrar para R$ 400 milhões os recursos destinados para assistência estudantil nas federais que aderirem ao novo Enem.
G'BALA - www.onorte.net

terça-feira, julho 07, 2009

MICHAEL JACKSON 1958-PARA SEMPRE




"AS FOTOGRAFIAS NÃO SÃO SUFICIENTES;
PORQUE VOCE VAI TÃO FUNDO,
PARA TER A HISTÓRIA QUE PRECISA E ENTÃO ME ENTERRAR?
VOCE CONFUNDE AS PESSOAS, CONTA AS HISTÓRIAS QUE DESEJA
VOCE TENTA FAZER COM QUE EU PERCA O HOMEM QUE REALMENTE SOU."
(SÃO OS PRIMEIROS VERSOS DE "PRIVACY" RESPOSTA À IMPRENSA SENSACIONALISTA)
"VOCÊ VIU A INFÂNCIA QUE EU TIVE?
ANTES DE ME JULGAR, FAÇA O POSSÍVEL PARA ME AMAR"
("CHILDHOOD"- ALBUM HISTORY)
"DÊ UMA OLHADA EM VOCÊ,
E ENTÃO FAÇA UMA MUDANÇA"
("MAN IN THE MIRROR- BAD)