Valoriza herói, todo sangue derramado afrotupy!

quinta-feira, setembro 30, 2010

“Dilma dará continuidade à alta lucratividade do grande capital”












Nos dois mandatos de FHC, os bancos lucraram R$ 34,3 bilhões. Já nos dois mandatos de Lula, a previsão é de algo em torno de R$ 170 bilhões, diz Zé Maria


“O governo do Partido dos Trabalhadores (PT) manteve os pilares fundamentais do modelo econômico do governo FHC que beneficiou a alta burguesia do país”. Essa é a avaliação de Zé Maria, candidato à Presidência da República pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Para ele, a alta popularidade de Lula se apoia na estabilidade da economia internacional e na criação de políticas sociais compensatórias, como o Bolsa Família, além de pequenos reajustes no salário mínimo.


Nesta entrevista ao
Brasil de Fato, Zé Maria prevê que um possível governo de Dilma Rousseff estaria voltado a dar continuidade à alta lucratividade do grande capital. Mas pondera: “Evidentemente, não queremos que a direita tradicional volte a governar o país. O governo tucano praticamente arrasou o Brasil. Mas tampouco podemos concordar com a mera continuidade do que aí está.” Para o candidato, não há como realizar as mudanças necessárias para assegurar vida digna aos trabalhadores fora de uma estratégia socialista, de ruptura com a burguesia.


Brasil de Fato – Em 2008, uma grave crise atingiu o coração do imperialismo estadunidense. No entanto, aqui no Brasil os efeitos foram, de certa forma, controlados pelo governo Lula, que a classificou dizendo que “lá [nos EUA], ela é um tsunami; aqui, se ela chegar, vai chegar uma marolinha que não dá nem para esquiar”. E hoje há na sociedade brasileira uma relativa sensação de que a economia brasileira está bem estabilizada. Você concorda com esse sentimento?


Zé Maria – Não concordo. Na verdade, o Brasil viveu sim turbulências sérias devido à crise internacional da economia. O problema é que estas consequências estiveram concentradas nas costas dos trabalhadores. Foram quase 2,5 milhões de demissões nos meses de auge da crise. Os trabalhadores que foram demitidos, quando conseguiram emprego com a retomada da economia, conseguiram numa posição mais precária, ganhando menos do que ganhavam antes. Isso é a característica dos empregos gerados pela política econômica atual. Marolinha, sim, foi para os bancos e grandes empresas instaladas no Brasil. O governo Lula injetou mais de R$ 330 bilhões em recursos públicos para salvar os lucros e as fortunas destes grandes empresários. Foi uma ajuda decisiva para que grandes empresas e bancos do país não quebrassem naquele momento. O governo dizia que ajudar as empresas era fundamental para preservar os empregos, mas os trabalhadores eram demitidos sem que o governo fosse capaz de editar uma medida provisória para proibir as demissões. Não somos contra o Estado socorrer uma empresa para evitar que ela feche e demita os trabalhadores. Mas nessa situação o Estado tem que assumir o controle e a propriedade da empresa para preservar os empregos e para que a riqueza produzida por ela passe a ser da sociedade e não do dono dela. O enorme volume de recursos públicos usados para socorrer os empresários (até hoje se está fazendo isso, com isenções fiscais e crédito barato do BNDES) teve que sair de algum lugar. Está saindo daquilo que deveria ser investido nas políticas públicas que interessam à população. É essa a razão pela qual o governo diz que não tem recursos para aumentar o salário do funcionalismo – diz que vai congelar os salários por dez anos. É esse o motivo do verdadeiro escândalo que foi a negativa do governo de aceitar o fim do fator previdenciário, aprovado no Congresso e vetado por Lula. Também explica porque faltam recursos para investir na moradia popular e na reforma agrária.


Atualmente, a crise atinge principalmente os países da União Europeia. Essa crise terá efeitos em nosso país?

Diferente do que pregam nossas autoridades, a crise não acabou. Pelo contrário, basta ver a situação da Grécia, Espanha, Portugal, Irlanda, além das dificuldades da recuperação da economia da Europa e dos EUA. Estamos entrando talvez numa nova fase da crise. Começa a ser cobrado o custo dos imensos repasses de recursos públicos realizados pelos governos para salvar banqueiros e grandes empresários. E o Brasil é muito dependente do capital financeiro. É um país dominado pelas transnacionais. Da indústria automotiva ao agronegócio, quem manda é o capital estrangeiro. Em 2008, no auge da crise, 33,8 bilhões de dólares foram remetidos ao exterior pelas transnacionais. Neste ano, até maio, as remessas chegaram a 11 bilhões de dólares, quase 40% superior ao enviado no mesmo período do ano passado. Essa situação poderá produzir uma nova crise de desvalorização das moedas, atingindo em cheio os salários dos trabalhadores. Tudo isso sem falar na sangria de recursos para o pagamento da dívida pública (interna e externa), que só no ano passado consumiu 36% do orçamento federal.


Como você avalia o atual modelo de desenvolvimento adotado no Brasil?

Muitos trabalhadores acreditam que Lula governa para eles. Não acreditamos nisso. A alta popularidade de Lula se apoiou na estabilidade da economia internacional e na criação de políticas sociais compensatórias, como o Bolsa Família, além de pequenos reajustes no salário mínimo. No entanto, o governo do PT manteve os pilares fundamentais do modelo econômico do governo FHC que beneficiou a alta burguesia do país. Um exemplo: só no primeiro mandato de Lula, os empresários tiveram um aumento de 400% dos seus lucros. Já o salário mínimo teve um aumento de 57% nesses oito anos.

O governo do PT quebrou recordes do governo tucano. Nos dois mandatos de FHC, os bancos lucraram R$ 34,3 bilhões. Já nos dois mandatos de Lula, a previsão é de algo em torno de R$ 170 bilhões, ou seja, cinco vezes mais. Não é verdade que Lula governa para os trabalhadores. Como concordar com isso quando se mantém o superávit primário para pagar os juros da dívida pública? Quando o governo aprofunda os benefícios ao agronegócio, elegendo os grandes fazendeiros como “heróis”, enquanto se paralisa a reforma agrária? Achamos que um possível governo de Dilma Rousseff estaria voltado a dar continuidade à alta lucratividade do grande capital. Evidentemente, não queremos que a direita tradicional volte a governar o país. O governo tucano praticamente arrasou o Brasil. Mas tampouco podemos concordar com a mera continuidade do que aí está.


Na América Latina tem se falado muito no “socialismo do século 21”. Como você vê esse novo socialismo?

O capitalismo e todas as suas mazelas continuam existindo na Venezuela de Chávez. O país ainda é dominado pelas grandes empresas privadas e a economia funciona com base no mercado capitalista. Isso explica a razão da alta inflação venezuelana. Nos últimos dois anos e meio, o preço dos alimentos subiu 102%. A crise na economia provoca descontentamento entre os trabalhadores. Muitas vezes isso se traduz em greves e mobilizações. A resposta do governo tem sido a repressão. Em 2009, a polícia tentou acabar com a ocupação em uma fábrica da Mitsubish e assassinou dois trabalhadores. Reprimir e assassinar operários em luta tem algo a ver com socialismo? Socialismo não depende da nacionalização ou não de algumas empresas. Isso já foi realizado por outros governos nacionalistas da burguesia, como o de Getúlio Vargas aqui no Brasil. Uma economia socialista pressupõe a expropriação da burguesia e a sua planificação para que a riqueza do país possa estar voltada a atender os interesses dos trabalhadores. Só assim é possível suprimir a busca do lucro por parte da burguesia, força motriz da produção capitalista, e organizar a economia para satisfazer as necessidades dos trabalhadores.


Como você avalia a esquerda brasileira nesse atual cenário?

A maior parte da esquerda brasileira, organizada dentro do PT, viveu, nos últimos 20 anos, um profundo processo de integração à ordem capitalista. Hoje, o PT governa para os banqueiros e grandes empresários, aplicando o mesmo modelo neoliberal do FHC. Esta é a realidade. A esquerda socialista brasileira, que se preservou deste processo de degeneração política se localiza em partidos que ainda são pequenos no cenário político e em movimentos e organizações da classe trabalhadora que resistiram à cooptação. Tentam assim construir alternativas para a luta de massas no país – eu destacaria aí o papel da CSP-Conlutas – e também avançar na construção de uma direção política revolucionária para estas lutas. É o esforço feito hoje pelo PSTU, mas também pelo PCB e setores do PSOL. É a evolução da situação política do país que definirá o destino destas alternativas que estão sendo construídas.

O Programa Democrático Popular construído pelo PT em 1986 ainda está atual?

O programa democrático popular, que consistia numa generalização dos direitos sociais para todo o povo e consolidação da democracia no país, é diretamente impossível nos marcos de uma sociedade capitalista, mais ainda nesta fase de decadência imperialista. É da natureza desta sociedade concentrar a riqueza, não há como distribuí-la sem acabar com a propriedade privada dos grandes meios de produção. A maior expressão disso é justamente o governo Lula: a socialização dos direitos sociais possíveis sob o capitalismo é aumentar um pouco a abrangência do Bolsa Família, aumentar um pouquinho o valor do benefício, aumentar um pouco o salário mínimo. Não há como realizar as mudanças necessárias para assegurar vida digna aos trabalhadores fora de uma estratégia socialista, de ruptura com a burguesia. A não compreensão deste problema é o que leva, inclusive setores da esquerda socialista brasileira, a vacilar ante a força do PT e do governo Lula.

Na sua opinião, quais são os elementos fundamentais hoje para um processo revolucionário conducente à superação do capitalismo? Isso é possível no atual cenário?

Vivemos em uma conjuntura desfavorável. A burguesia, com a situação da economia e também contando com uma inestimável colaboração de Lula (do PT, da CUT, da UNE), mantém um grande controle sobre a situação política do país e estabilidade do seu projeto de dominação. Mas isso não implica em desconhecer a etapa da luta de classes que vivemos, e as tarefas que estão colocadas para os trabalhadores: a transformação socialista do nosso país. A luta revolucionária não tem lugar apenas nos momentos de grande efervescência das massas, de grande mobilização social. Ela tem seu desfecho nestes momentos. Mas para que estes desfechos possam ser favoráveis aos trabalhadores – não nos iludamos, nosso inimigo é muito poderoso, muito mais forte que nós –, os enfrentamentos que se darão aí precisam ser preparados minuciosamente pelos revolucionários. Este é o desafio da esquerda socialista brasileira para o momento em que vivemos. Dar conta deste desafio implica não só acumular forças no sentido de construir e fortalecer nossas organizações. Implica também em fazer conclusões políticas da experiência da esquerda brasileira nos últimos 30 anos. Só assim conseguiremos ajudar a nossa classe a transformar suas lutas de resistência contra a exploração do capital em uma revolução, que possa abrir o caminho para uma transição ao socialismo em nosso país.





José Maria de Almeida, conhecido como Zé Maria, nasceu em Santa Albertina, interior de São Paulo, em 2 de outubro de 1957. É metalúrgico e foi uma das lideranças das greves no ABC paulista, em 1978. Em 1980, foi preso com Lula e mais 10 sindicalistas, e enquadrado na Lei de Segurança Nacional, ficando mais de um mês preso. Participou da fundação do PT e da CUT. Atualmente, é dirigente do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e candidato à Presidência da República.

FONTE: BRASIL DE FATO

Cenário eleitoral aponta para encolhimento do DEM

Legenda que surgiu como PFL amarga queda entre o eleitorado e deve perder representatividade no Congresso



A poucos dias da eleição de 3 de outubro, o cenário projetado pelas pesquisas de opinião pública aponta para algumas mudanças significativas no quadro partidário brasileiro. Além do provável crescimento do PT, do PMDB e de alguns partidos médios que compõem a base governista na Câmara e no Senado, outra tendência aparentemente consolidada é o brutal encolhimento do DEM, agremiação de direita que já foi o segundo maior partido do país.

Durante o primeiro mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-1998), quando ainda se chamava PFL, o DEM chegou a presidir a Câmara dos Deputados com Inocêncio de Oliveira. Em 1989, o PFL havia apoiado a eleição de Fernando Collor, se tornando uma das bases de apoio de seu governo, com o qual rompeu durante o processo de impeachment.

Dois anos depois, o partido obteve excelente resultado nas urnas, elegendo nove governadores (seis em estados do Nordeste), oito senadores e 83 deputados federais. Tudo isso credenciou o PFL - que, apesar da origem nacionalista na Arena, abraçara o ideário neoliberal ditado pelas instituições financeiras multilaterais - a se tornar o braço direito do PSDB nos oito anos de governo FHC.

Para as próximas eleições, o cenário para o DEM é bem mais sombrio. De acordo com os institutos de pesquisa, o partido só tem chance de ganhar as disputas pelos governos de Santa Cantarina, com Raimundo Colombo, e do Rio Grande do Norte, com Rosalba Ciarlini. Em outros estados, mesmo colocando na disputa nomes conhecidos como os ex-governadores Paulo Souto (Bahia) e João Alves (Sergipe), o DEM deve perder as eleições já no primeiro turno.

Segundo prognósticos feitos pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o DEM corre o risco na próxima legislatura de passar a ser a quinta ou sexta força na Câmara dos Deputados, podendo ser ultrapassado por partidos como o PSB, o PP e o PR. Na projeção mais pessimista do Diap, o DEM elegerá nas próximas eleições somente 38 deputados federais, o que configura um recorde negativo desde que o PFL foi criado como dissidência do PDS, em 1985.

Caciques fora

É na disputa pelo Senado, no entanto, que o drama do DEM se revela de maneira mais nítida, graças ao mau desempenho de três lideranças nacionais do partido que, ao que tudo indica, não devem conseguir se eleger no próximo domingo.

Entre os caciques demistas ameaçados pela vontade popular estão o ex-prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, o ex-vice-presidente da República, Marco Maciel, e o ex-prefeito de Teresina, Heráclito Fortes - os dois últimos, candidatos à reeleição.

O caso mais emblemático é o do pernambucano Marco Maciel, que foi vice de FHC, nunca perdeu uma eleição na vida e é uma das últimas grandes lideranças nordestinas do PFL/DEM ainda em atividade. Com apenas 16% das intenções de voto, segundo as pesquisas mais recentes, Maciel vê se afastarem os adversários Humberto Costa (PT, com 40%) e Armando Monteiro Neto (PTB, com 34%), ambos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Cesar Maia, por sua vez, parece próximo de amargar uma derrota que não era esperada nem por ele nem pelo DEM. Em terceiro lugar na pesquisa mais recente, com 23% das intenções de voto, o ex-prefeito do Rio de Janeiro fica cada vez mais longe dos adversários Lindberg Farias (PT, com 37%) e Marcelo Crivella (PRB, com 34%), ambos também apoiados por Lula, e ainda pode ser ultrapassado por Jorge Picciani, com quem está empatado.

As eventuais derrotas de Maciel e Cesar, aliada à eventual derrota de Heráclito Fortes no Piauí, reduzirão enormemente o poder de fogo do DEM no Senado. De todos os senadores demistas que fizeram forte oposição ao governo Lula e disputam a reeleição este ano, somente José Agripino Maia, no Rio Grande do Norte, parece ter a vitória assegurada.

Jovem guarda

Sem os velhos caciques, o DEM deve apostar no fortalecimento político da nova geração que assumiu a direção do partido no último Congresso. Nomes como Rodrigo Maia (RJ), ACM Neto (BA) e Paulo Bornhausen (SC) devem se reeleger para a Câmara dos Deputados, mas, ao que tudo indica, terão um árduo trabalho de oposição pela frente, bastante diferente da proximidade do poder usufruída por seus antepassados.

Outro nome da nova guarda demista é o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, mas há quem diga que ele apenas aguarda as eleições para ingressar no PMDB.

No Senado, além do goiano Demóstenes Torres, candidato à reeleição, restará ao DEM contar com o bom momento da senadora Kátia Abreu (TO).

Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a senadora é hoje a maior liderança do agronegócio no Congresso Nacional. O fortalecimento de Kátia, aliado à reeleição para a Câmara de nomes como Ronaldo Caiado (GO), no entanto, faz o DEM correr o risco de se transformar num partido meramente ruralista.

FONTE: rede brasil atual

Mais de 134 mi de eleitores vão às urnas neste domingo





No dia 3 de outubro de 2010, mais de 134 milhões de eleitores vão às urnas eleger seu presidente e vice, governadores e vices, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. O segundo turno, se houver, ocorrerá no dia 31 de outubro.

COMO VOTAR

Usando o teclado da urna, que é similar ao do telefone, digite o número do candidato de sua preferência.

Na tela, aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato.

Se as informações estiverem corretas, aperte a tecla verde "CONFIRMA".

A cada voto confirmado, a urna emitirá um rápido sinal sonoro.

Após o registro do voto, a urna emitirá um sinal sonoro mais intenso e prolongado e aparecerá na tela a palavra FIM.

A ordem de votação começa com deputado estadual ou distrital, seguido por deputado federal, senador - 1ª vaga, senador - 2ª vaga, governador e presidente.

COMO CORRIGIR O VOTO

Se não aparecerem na tela todas as informações sobre o candidato escolhido, aperte a tecla laranja CORRIGE e repita o procedimento anterior.

COMO VOTAR NO PARTIDO (voto de legenda)

Caso você queira votar na legenda, digite o número do partido, que corresponde aos dois primeiros algarismos do número do candidato e confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.

O voto na legenda só será possível em relação aos cargos de deputado federal e deputado estadual/distrital.

COMO VOTAR EM BRANCO

Para votar em branco, aperte a tecla BRANCO.

Confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.

Seu voto poderá ser nulo se você digitar um número de candidato ou de partido inexistentes e depois apertar a tecla verde CONFIRMA.

FONTE: FOLHA.COM

PSTU - CONTRA BURGUÊS VOTE 16! ÚLTIMO PROGRAMA: FURANDO O BLOQUEIO

VEJA O QUE FOI DITO NO PROGRAMA DO PSTU QUE LEVOU O CORRETÍSMO PSDB E SEU "DUBLE" A SOLICITAR E CONSEGUIR DA JUSTIÇA BURGUESA UM DIREITO DE RESPOSTA.




POR CAUSA DISSO VOCÊ FICOU SEM VER O ÚLTIMO PROGRAMA DO PSTU NO ESCASSO TEMPO DETERMINADO A ELE NESTE RASCUNHO DE PROCESSO ELEITORAL DEMOCRÁTICO QUE VIVEMOS. DE TODO MODO NOS RESTA MOSTRAR ABAIXO O QUE A TV NÃO MOSTROU, VEJA16, PENSE16, VOTE PSTU16



BLOG G'BALA

quarta-feira, setembro 29, 2010

Campanha Salarial Nota do Movimento Nacional de Oposição Bancária

Começa a greve nacional da categoria bancária

Segue nota do Movimento Nacional de Oposição Bancaria (MNOB) sobre a greve da categoria bancaria


Em 24 estados do país teve inicio greve de 460 mil bancários dos bancos públicos e privados. As assemblaias foram lotadas e o clima era de greve, lembrando um pouco as assembléias do começo desta década.

A bronca da categoria é porque o setor financeiro bate recordes de lucro e na hora das negociações salariais é o setor que oferece o menor reajuste. Enquanto metalúrgicos e petroleiros fecham acordos de 9% a 10,81%, os bancários receberam a proposta de 4,29%.

Governo Lula se esconde atrás da mesa da Fenaban

Enquanto a CUT defende uma Mesa Única de Negociação e deixa as negociações econômicas por conta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), o governo do PT se esquiva de negociar as perdas nos bancos federais.

Depois de oito anos do governo Lula, os bancários dos bancos federais ainda não repuseram as perdas do governo FHC. No Banco do Brasil essas perdas estão em 81% e na Caixa em 93%.

Para os bancários dos bancos públicos está bem claro o papel cumprido pelo sindicalismo da CUT é de blindar Lula evitando negociações diretas nos bancos federais.

MNOB/CSP-Conlutas defende Isonomia e Reposição das Perdas

O MNOB defende a necessidade de negociações especificas para que os temas de isonomia, reposição das perdas e estabilidade no emprego, sejam debatidos nos respectivos bancos.

Para isso é importante o fortalecimento da greve com a participação da categoria no movimento, indo nas atividades de rua e nas assembléias. Mas os sindicatos precisam realizar assembléias especificas para debater a mobilização e as reivindicações em cada banco.

Não é possível que o sindicalismo da CUT, na mesa de negociação, ao invés de debater isonomia, recuperação das perdas e estabilidade fique apenas na discussão de PLR.

Nas assembléias pelo país o MNOB/CSP-CONLUTAS tem defendido uma ação mais contundente para cobrar o governo dessas reivindicações. A proposta de um acampamento na porta do Ministério do Planejamento, durante a greve, foi aprovada no Rio de Janeiro. Agora é preciso aprovar essa proposta em todos os sindicatos do país.

Movimento Nacional de Oposição Bancária (MNOB)

Egito e vizinhos sedentos entram em disputa pelas águas do Nilo

Países localizados ao norte do rio histórico defendem novo acordo e chamam tratado sobre utilização das águas de colonialista


Um lugar para se começar a entender por que o Egito, um país assolado pela seca, rompeu as relações com seus vizinhos Nilo acima é a região lamacenta das plantações de algodão e milho de Mohamed Abdallah Sharkawi. O preço que ele paga pelo precioso recurso que inunda sua fazenda? Nada.

"Graças a Deus", disse Sharkawi sobre a água do rio Nilo. Ele ergueu as mãos para o céu, então fez um gesto na direção de um funcionário do Estado visitando sua fazenda."Tudo vem de Deus e do ministério".

Mas talvez não por muito tempo. Países localizados rio acima, buscando corrigir o que acreditam ser erros históricos, se uniram na tentativa de acabar com o quase monopólio que Egito e Sudão têm sobre a água, ameaçando uma crise que especialistas egípcios dizem que poderia, na sua forma mais extrema, levar à guerra.

Desde que a primeira civilização surgiu na região, os egípcios têm se agrupado ao longo das margens ricas em lodo do Nilo. Quase todas as 80 milhões de pessoas do país vivem a poucos quilômetros do rio, e os agricultores mudaram pouco seus métodos de cultivo em quatro milênios. A população do Egito está crescendo rapidamente, porém, e até o ano de 2017 as taxas atuais de uso da água do Nilo vão apenas atender às necessidades básicas do país, de acordo com o Ministério da Irrigação.

E isso caso o fluxo do rio se mantenha intacto. Sob o domínio colonial britânico, um tratado de 1929 reservou 80% de todo o fluxo do Nilo para o Egito e o Sudão, na época governados como um único país. Esse tratado foi reafirmado em 1959.

Tratado

Os sete países acima do rio – Etiópia, Uganda, Tanzânia, Quênia, República Democrática do Congo, Burundi e Ruanda – dizem que o tratado é um resquício injusto do colonialismo, enquanto o Egito diz que esses países estão repletos de recursos hídricos, ao contrário do Egito árido, que depende apenas de um.

O confronto de hoje tem se desdobrado em câmera lenta. Em abril, as negociações entre os nove países do Nilo foram interrompidas depois que Egito e Sudão se recusaram a ceder terreno. Os países acima rapidamente se reuniram e em maio ofereceram uma proposta que iria libertá-los para construir seus próprios projetos de irrigação e barragens, reduzindo o fluxo para o Lago Nasser, o vasto reservatório artificial que atravessa o Egito e o Sudão.

Até agora, Etiópia, Uganda, Tanzânia, Quênia e Ruanda assinaram o acordo da nova bacia do Nilo, que exigiria uma maioria simples dos países membros para aprovar novos projetos. O Egito quer manter o poder de veto sobre projetos em qualquer país e com o Sudão alega que as principais disposições do tratado da era colonial devem ser preservadas.

Congo e Burundi ainda não tomaram lados. Egito e Sudão têm até maio de 2011 para retomar as negociações, ou então os demais países irão ativar o novo acordo.

FONTE: ultimosegundo.ig /*Por Thanassis Cambanis

CSP-Conlutas presente na greve geral da Espanha distribui panfleto de apoio à luta dos trabalhadores

A viagem dos dois membros da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Dirceu Travesso, o Didi, e Sebastião Carlos, o Cacau, continua pelos países europeus onde estão ocorrendo greves gerais e mobilizações dos trabalhadores neste final de setembro.

Nesta terça-feira eles se encontram na Espanha para participar da greve geral naquele país, depois de participar da greve geral da França no último dia 23. Eles distribuirão um panfleto assinado pela CSP-Conlutas de apoio às lutas dos trabalhadores europeus. Dirceu acompanhará a greve em Madri e Cacau acompanhará em Barcelona.

Abaixo, o panfleto enviado pelo companheiro Dirceu:

Todo apoyo a la lucha de los trabajadores del Estado Español!

La CSP-Conlutas, Central Sindical y Popular – Conlutas de Brasil, se solidariza y se suma a la lucha de los trabajadores del Estado

Español y de los demás países de Europa, en este día 29 de septiembre.

Estamos al lado de vosotros en la lucha contra los ataques del gobierno Zapatero a los derechos de los trabajadores, a través de la reforma laboral, del pensionazo y otras medidas.

Representamos cerca de dos millones de trabajadores brasileños, que se organizan en los sindicatos, movimientos populares, la juventud y movimientos de lucha contra la opresión machista, homofóbica, racista o xenófoba, movimientos en defensa del medio ambiente y otros.

Desde CSP-Conlutas de Brasil queremos expresar nuestro apoyo y solidaridad.

En nuestra opinión esas luchas se articulan con la lucha antiimperialista, por una sociedad sin explotación ni opresión, una sociedad socialista.

Desde Brasil, ponemos nuestro compromiso de solidaridad internacional de clase, de buscar construir la resistencia a los ataques contra nuestros derechos. No aceptamos la lógica patronal de que hay que perder derechos y, finalmente, luchamos por el retorno de un sindicalismo democrático, clasista, independiente, de lucha y internacionalista.

La situación vivida hoy por los trabajadores del Estado Español forma parte de una realidad mundial. Esos ataques son parte de la respuesta de los gobiernos capitalistas de todo el mundo que quieren imponer a los trabajadores y sectores explotados y oprimidos el costo d

e la crisis económica imperialista.

A las grandes empresas multinacionales y a los bancos imperialistas les regalaron billones en todo el mundo para que salvasen sus empresas y sus beneficios.

A los trabajadores quieren imponerles recortes de gastos públicos, despidos, pérdida de derechos, rebajas de sueldos, de jubilaciones y pensiones. En nuestro país, Brasil, no es diferente. El gobierno Lula también concedió miles de millones de
crédito para los banqueros y grandes empresarios, alegando "combatir" la crisis económica. Mientras tanto, para los trabajadores, busca imponer el deterioro salarial y ya anuncia una nueva reforma de las pensiones, subiendo la edad mínima para jubilarse, en el eventual futuro gobierno de su candidata, Dilma Roussef. En Brasil tendremos elecciones presidenciales el próximo domingo, 3 de octubre.

La salida es la lucha como apuntaron, de manera heroica, el pueblo griego y, ahora, los trabajadores franceses. Las diversas movilizaciones convocadas para el día 29 de septiembre pueden significar un salto importantes en esta resistencia. Los hechos demuestran que la unidad internacional de los trabajadores es una necesidad urgente. Desgraciadamente asistimos, en todo el mundo, a que una parte de las direcciones sindicales acepta la lógica impuesta por el capital y busca negociaciones en las que tendríamos que discutir cuanto perder.

Nosotros, de la CSP-Conlutas, no aceptamos esa lógica. Quienes deben pagar la crisis son los grandes bancos y las empresas multinacionales. Construir la resistencia en cada país y avanzar en la unidad internacional es el gran desafío de
nuestra clase. No hay como enfrentar la crisis, y sus consecuencias, aceptando que nos dividan.

- Qué los ricos paguen la crisis!

- Abajo los ataques contra las jubilaciones y derechos!

- VIVA LA UNIDAD INTERNACIONAL DE LOS TRABAJADORES!


FONTE:CSP-Conlutas


ESPANHA: GREVE GERAL TEM ADESÃO DE MAIS DE 70%

Uma amostra realizada pelas centrais sindicais em mil empresas de mais de 250 trabalhadores mostra a grande adesão. Sindicalistas denunciam violência policial contra os piquetes.


Cerca de 10 milhões de trabalhadores aderiram à greve geral em Espanha, afirmaram em conferência de imprensa esta quarta-feira Antonio del Campo e José Javier Cubillo, das centrais Comisiones Obreras (CCOO) e UGT. As centrais fizeram uma amostra em mil empresas de mais de 250 trabalhadores e concluíram que a adesão é superior a 70%. “São dados inquestionáveis, confirmados pela diminuição de 22% do consumo de energia eléctrica em comparação com a quarta-feira passada”, disse Antonio del Campo.

Apesar de a greve estar a decorrer com normalidade, os sindicalistas denunciaram a existência de violência policial contra os piquetes de informação, exibindo sete cápsulas de bala de disparos feitos à porta da fábrica CASA de Getafe. Acusaram também alguns governos autonómicos de querer impor serviços mínimos abusivos.

Dados de maior detalhe apontam para uma adesão de cem por cento dos mineiros de todo o país, que travam uma luta específica. A greve paralisou os centros de distribuição de alimentos (merca madrid, barna sevilha). Houve incidentes com piquetes em Madrid (transporte) e Sevilha (universidade, mercado central), com membros de piquetes feridos ou detidos.

Por regiões a adesão mais fraca foi no País Basco (30%), onde os sindicatos nacionalistas não apoiam a greve, e a mais elevada nas Astúrias (87%).

Algumas auto-estradas foram cortadas e a Gran Vía, a principal avenida de Madrid, permanece bloqueada por um piquete de mais de 500 pessoas.

FONTE: ESQUERDANET


Bruxelas: cem mil contra a austeridade

Mega-manifestação invade as ruas da capital belga. Polícia prende 148 manifestantes. Secretário-geral da CES diz que ainda é tempo de mudar de direcção.

Mais de cem mil trabalhadores europeus, representando 30 países, desfilaram esta quarta-feira em Bruxelas numa grande manifestação contra as medidas de austeridade impostas pelos governos a pretexto de combater a crise.

A polícia belga prendeu 148 pessoas, ainda antes do começo da manifestação.

Os manifestantes concentraram-se junto à principal estação ferroviária de Bruxelas, a Gare du Midi, atravessando depois as ruas do centro de Bruxelas, até ao do bairro onde se encontram as sedes das instituições comunitárias.

A jornada de luta na Europa foi convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES). “Os trabalhadores estão nas ruas hoje com uma mensagem clara aos dirigentes da Europa: ainda há tempo de não escolher a austeridade, ainda é tempo de mudar de direcção”, disse John Monks, secretário-geral da CES.

Llorenç Serrano, da central sindical espanhola Comisiones Obreras, dirigiu-se aos manifestantes afirmando que “a Espanha está parada” pela greve geral, e defendeu o fortalecimento do sindicalismo europeu para enfrentar as políticas neoliberais, “porque o sindicalismo tem de dar respostas nacionais e internacionais.”

FONTE: ESQUERDANET

É nacional: Bancários entram em greve em 24 Estados e no Distrito federal. Todo apoio!






Em assembléias realizadas em 24 Estados e no Distrito Federal, os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado e unificada de todos os bancos, públicos e privados, a partir desta quarta-feira (29). A proposta de reajuste salarial baseada apenas na reposição da inflação (4,29%) foi o motivo da decisão da categoria de norte a sul do país. As assembleias aconteceram na noite de ontem, terça-feira.

"Querer pagar somente a reposição da inflação sem aumento real dos salários é um desrespeito à categoria bancária", declara o membro do MNOB/SP (Movimento Nacional de Oposição Bancária), Wilson Ribeiro, que justifica sua posição devido aos lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos pelos cinco maiores bancos no primeiro semestre deste ano.

"Os banqueiros têm sido uma das categorias mais beneficiadas durante o governo Lula, aproveitando para ampliar seus lucros sem querer gastar um centavo a mais com os bancários. Não podemos permitir isso", diz Wilson.

O MNOB, ligado à CSP-CONLUTAS, acredita que diante da alta lucratividade dos bancos no último período, os sindicatos, de maioria cutista, deveriam pedir mais que os 11% que estão sendo reivindicados na mesa de negociação.

Além do índice de reajuste e da PLR, há muitas questões específicas reivindicadas, em especial nos bancos públicos. A isonomia de direitos entre antigos e novos funcionários e do plano de cargos e salários também são questões que mobilizam a categoria bancária.

No Brasil existem cerca de 460 mil bancários e o esforço do MNOB será parar o maior número de agências espalhadas pelo país.

Alguns sindicatos marcaram novas assembleias para sexta-feira (1/10).

A CSP-CONLUTAS presta sua solidariedade à greve nacional dos bancários.

FONTE: CSP-CONLUTAS

terça-feira, setembro 28, 2010

Zé Maria, do PSTU, acusa mídia de manipulação do processo eleitoral

Candidato afirma que imprensa dá um tratamento à campanha política




O candidato a presidente do PSTU, José Maria, acusou nesta segunda-feira (27), em Belo Horizonte, a mídia de dar um tratamento à campanha que implica em um “processo grave” de manipulação do processo eleitoral.


A desigualdade começa, segundo ele, com a distribuição do tempo de propaganda entre os partidos que confere à presidenciável do PT, Dilma Rousseff, dez minutos, ao candidato a presidente do PSDB, José Serra, sete minutos e apenas 50 segundos para o PSTU. Nesta reta final de campanha, ele está defendendo o “voto útil” no PSTU junto aos trabalhadores e juventude.


Ele reclama também de discriminação das TVs abertas por escolherem apresentar nos debates e entrevistas apenas três ou quatro candidatos excluindo o PSTU. José Maria diz que isso implica passar à população brasileira uma informação errada sobre as eleições.


O resultado deste processo, segundo ele, é que uma parte da população brasileira vai votar achando que apenas três candidatos estão concorrendo à Presidência da República. O que , em consequência, altera o resultado eleitoral ao interferir na formação da opinião das pessoas para definir o voto.


Ele pondera que em um país da dimensão do Brasil não há outra forma do candidato acessar toda a população que não seja pela televisão como não há maneira do eleitor se informar se não for por este instrumento.


- Se as grandes redes de TV aberta nos excluem do noticiário, dos debates, das entrevistas, nós somos excluídos do processo eleitoral de fato. Isso implica numa agressão à democracia.
FONTE: R7

segunda-feira, setembro 27, 2010

Corrente do PSOL chama voto em Vera Guasso (PSTU) para o Senado

Leia abaixo a declaração da corrente Alternativa Socialista, sobre as eleições para o Senado no estado gaúcho


Frente ao grave erro político cometido pela direção majoritária do PSOL, decidindo retirar a candidatura ao Senado para apoiar o candidato do PT, nossa corrente, Alternativa Socialista, conclama seus militantes, simpatizantes e apoiadores a votar na companheira Vera Guasso, candidata do PSTU ao Senado Nacional.

Também estamos fazendo um chamado as demais correntes do partido para que, junto conosco, respondam de forma adequada, apresentando uma alternativa conseqüente aos trabalhadores, indicando o voto na companheira Vera Guasso.

Militante das causas sociais e sindicalista, Vera tem dedicado a sua vida à defesa da classe trabalhadora. Ela faz parte da esquerda classista que não se rendeu e que segue firme na resistência aos ataques patrocinados pela burguesia e seus governos de plantão.

Julgamos que o período eleitoral significa um momento privilegiado para debater política com a população e que, portanto, a esquerda socialista precisa estar participando com todas as suas forças nas eleições. Porém, repudiamos este vale-tudo eleitoral com objetivo de vencer eleições ou eleger parlamentares a qualquer custo.

Queremos, com esta decisão, reafirmar nosso compromisso com a construção de uma alternativa socialista para a classe trabalhadora brasileira.


Coordenação Estadual da Alternativa Socialista

Novo julgamento condena Sakineh à forca por assassinato do marido










O procurador-geral do Irã, Gholam Hussein Mohseni Ejei, anunciou nesta segunda-feira (27/9) que a iraniana Sakineh Ashtiani, acusada de adultério e cumplicidade no assassinato de seu marido, foi condenada à morte por enforcamento pelo segundo crime.

Em declarações divulgadas pela agência de notícias Mehr, Mohseni Ejei explicou que, "de acordo com a decisão do tribunal, Sakineh foi condenada por assassinato". A sentença cancela a execução de Sakineh Ashtiani por apedrejamento, mas não a livra da pena de morte, já que o assassinato no Irã é punido com a forca.

"A questão não deve ser politizada. O Poder Judiciário não pode se deixar influenciar pela campanha empreendida no Ocidente", acrescentou.

Meses atrás, o advogado da acusada, Mohamad Mostafei, afirmou que Sakineh, de 43 anos, tinha sido condenada por adultério e que seria executada por apedrejamento. A pena despertou uma onda de protestos internacionais contra o Irã, o que obrigou o regime a suspender a sentença para que fosse reavaliada.

Troca de acusações

Dias atrás, a televisão estatal exibidiu imagens que seriam de Sakineh confessando ter mantido uma relação fora do casamento e participado da morte do marido. Ela também criticou a campanha feita por seu advogado. Na semana passada, Mostafei foi acusado pelo regime iraniano de ter se aproveitado do interesse mundial pelo caso para pedir asilo político na Noruega, onde está sua família.

"O advogado tentou politizar o caso afirmando que sua vida estava em risco por defender Sakineh, mas seus argumentos só vão de acordo com seus interesses", afirmou o porta-voz do ministério de Assuntos Exteriores, Ramin Mehmanparast, durante entrevista coletiva semanal.

O caso também deu início a uma polêmica dentro do regime iraniano, com declarações contraditórias entre o governo e o Poder Judiciário. Na semana passada, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que não existia a condenação à morte e que se tratava de propaganda. Depois, comparou o caso de Sakineh com o de Teresa Lewis, que foi executada na última quinta-feira nos Estados Unidos por mandar matar o marido.
FONTE: Opera Mundi