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segunda-feira, dezembro 13, 2010

Nova ministra foi dirigente do MNU





A secretária de Promoção da Igualdade da Bahia, socióloga Luiza Bairros (foto) – convidada pela Presidente eleita Dilma Rousseff para assumir a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) - foi uma das principais dirigentes do Movimento Negro Unificado (MNU) até 1.994, quando se afastou do Movimento para seguir carreira acadêmica.

Luíza tomou contato com o Movimento Negro Unificado, em 1.979, e passou a integrar a organização, tornando-se uma das suas principais dirigentes. Lideranças do MNU, que preferiram falar em “off” [off the record], disseram que “ela sempre se destacou como dirigente pela postura séria e pelo compromisso com a causa”. Adiantaram, contudo, não saber exatamente o que pensa hoje, nem qual rumo dará a SEPPIR como ministra.

Neste final de semana, Bairros permaneceu em S. Paulo, participando de reuniões de trabalho, em local não revelado pela assessoria.

Afropress encaminhou pedido de entrevista, porém, segundo assessores a nova ministra adotou como posição não falar sobre o convite recebido da Presidente Dilma Rousseff até que a própria Presidente faça o anúncio oficial.

MNU reunido

Por mera coincidência, também em S. Paulo, onde a ministra esteve participando de reuniões, a direção nacional do Movimento Negro Unificado (MNU) reuniu-se na sede da APEOESP, para fazer análise de conjuntura e tomar decisões para 2011.

A reunião já estava agendada muito antes do anúncio do convite a nova titular da SEPPIR e, segundo dirigentes que participaram das discussões, as deliberações deverão ser anunciadas nos próximos dias.

Entretanto, Afropress apurou que o MNU avaliou como "profunda derrota do movimento negro ligado a partidos", em especial a CONEN, UNEGRO, CEN e, no dizer de um dirigente “de todos os negros governistas”, o convite feito pela Presidente eleita à sua ex-dirigente.

Também deliberou desautorizar “quem quer que seja” a reivindicar cargos na SEPPIR em nome da organização”, e realizar no ano que vem um Congresso Extraordinário de reestruturação do Movimento.

A reestruturação, segundo esse mesmo dirigente, é necessária por conta da disputa eleitoral que fragmentou a Organização – com um setor ligado ou próximo ao PT, aderindo a campanha governista da presidente eleita, sem qualquer compromisso com programa de Governo, e outro defendendo a autonomia do movimento em relação a partidos, que é a posição histórica da Organização.

O Movimento Negro Unificado foi fundado em 1.978 e está organizado em 14 Estados do país. Embora boa parte de seus membros seja ou tenha sido filiado ao PT, a posição majoritária, segundo esse dirigente, é de manutenção da autonomia, independente de Partidos.
FONTE: AFROPRESS

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