O “Dia Internacional Contra a Discriminação Racial” nasceu
como protesto contra um ato de violência racista, praticado por instituições do
Estado. Em 21 de março de 1960, estudantes da cidade de Shaperville, África do
Sul, protestavam contra o regime do Apartheid.
Durante a manifestação o exército atirou sobre a multidão,
matando 69 pessoas, e ferindo outras 186.
O episódio ficou conhecido como o “Massacre de Shaperville”.
O movimento negro exigiu da ONU (Organização das Nações Unidas) que a data
fosse instituída como o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da
Discriminação Racial” para a reflexão sobre a luta do povo negro contra o
racismo.
Passados mais de 50 anos, a violência racial,
particularmente a “institucional”, continua sendo uma das faces mais visíveis e
asquerosas do racismo mundo afora.
Na própria África do Sul, no ano passado, o mundo assistiu
estarrecido ao massacre de dezenas de mineiros negros em Marikana.
Na Europa em crise ou nos guetos dos Estados Unidos, homens
e mulheres negros, latinos e migrantes, também são alvos constantes das forças
de repressão do Estado.
No Brasil, durante um trote na Universidade Federal de Minas
Gerais, uma estudante aparece numa foto acorrentada, pintada com tinta preta e
obrigada a usar uma plaquinha pendurada no pescoço com os dizeres “Caloura
Chica da Silva”, evidenciando uma ridicularização das mulheres negras e fazendo
menção à escravidão.
Foi eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos e
Minorias da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano (PSC-SP). O parlamentar é
acusado de dar declarações racistas e homofóbicas.
Está mais do que evidente que o racismo não acabou e devemos
combatê-lo. Por isso, vamos lutar por uma sociedade mais justa e igualitária,
onde não haja opressores e nem oprimidos, onde não haja exploradores, nem
explorados!
Ato e panfletagens contra o Racismo
Assim como milhares foram às ruas contra as declarações racistas
de Feliaciano, neste dia 21 março, o Quilombo Raça e Classe, o MML, a Anel e a
CSP-Conlutas-MG irão realizar um ato em frente à Faculdade de Direito da UFMG.
O protesto será contra o trote racista e machista ocorrido na ultima sexta-
feira. O movimento orienta também as entidades a realizarem panfletagens em
alusão à data, pelo país.
NÃO AO GENOCÍDIO DA JUVENTUDE NEGRA
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TRABALHADORAS NEGRAS: NOSSA LUTA É TODO DIA!
As mulheres negras ocupam o subemprego, com baixa remuneração,
insalubridade e sem proteção trabalhistas e vivem em sua maioria nas
periferias. O machismo aliado com o racismo tem dose dupla de crueldade às
mulheres negras que sentem e sofrem duas vezes a opressão e a exploração.

A nossa luta é todo dia, somos a resistência que luta por
uma sociedade que rompa com o machismo e o racismo.
FONTE: QUILOMBO RAÇA E CLASSE
LEIA TAMBÉM: “Dia Internacional Contra a Discriminação Racial”
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http://guebala.blogspot.com.br/2010/03/dia-internacional-contra-discriminacao.html
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