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domingo, maio 18, 2014

Suspeito de envolvimento na morte de Luana Pepe é preso

Ministério Público (MP) pediu a preventiva do suspeito com base em um laudo pericial
Dois anos e sete meses depois do assassinato da adolescente Luana Ferraz Pepe, de 14 anos, a Justiça de Pelotas decretou nesta segunda-feira (24) a prisão preventiva de um suposto envolvido no crime. Com base em um laudo pericial, o Ministério Público (MP) pediu a preventiva do suspeito, expedida pela 1ª Vara Criminal. L.C.P.S., 46 anos, foi detido às 17h30min na rua Voluntários da Pátria, centro da cidade. Ele nega envolvimento. Luana, segundo a perícia, teria sido estuprada e morta com golpes na cabeça.

Um segundo mandado também foi expedido nesta segunda, mas o suspeito não foi localizado. Representantes do MP e da polícia preferiram aguardar por mais detalhes para se manifestar sobre o suposto envolvimento dos suspeitos.

L.C.P.S. foi encaminhado ao Presídio Regional de Pelotas (PRP), conforme consta na ocorrência registrada na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Relembre
No dia 7 de maio de 2011, um sábado, Luana saiu de casa, na rua Ramiro Barcellos, bairro Areal, em direção à escola Monsenhor Queiroz - onde assistiria à palestra preparatória para uma Olimpíada de Astronomia. Desde então ela nunca mais foi vista. A menina passou dez dias desaparecida até seu corpo ter sido encontrado por guardadores de carro em um terreno baldio no final da rua Argolo - próximo à avenida Juscelino Kubitschek. Luana morreu em decorrência de traumatismo craniano.

FONTE: DIÁRIO POPULAR / Cíntia Piegas




Segundo o MP, Luana ficou em cárcere privado antes de morrer



Detalhes da investigação foram revelados durante coletiva à imprensa


Dois anos e dez meses depois do crime que chocou a cidade pela crueldade com que foi cometido, o caso Luana Pepe parece finalmente estar perto do fim. Em coletiva à imprensa concedida na manhã de terça-feira (25), representantes do Ministério Público (MP) e da Polícia Civil revelaram detalhes do inquérito que levou à prisão de dois suspeitos.

Um fio de cabelo da adolescente estuprada e morta foi encontrado na casa de L.C.P.S., 46 anos, e J.B.S., 38. O material levado à perícia, e comparado com o de um irmão da vítima, fez com que a Justiça determinasse a prisão preventiva da dupla - o que ocorreu segunda-feira. L.C.P.S. foi preso às 17h30min na rua Voluntários da Pátria, na área central; J.B.S., por volta das 19h30min, na Vila Castilho. Eles têm passagem pela polícia por pequenos furtos e, segundo a Promotoria, são usuários de crack. Embora neguem a autoria do crime, já estão no Presídio Regional de Pelotas (PRP). Para a Promotoria, pelo menos neste momento, o assassinato de Luana está elucidado.

Luana desapareceu de casa em uma manhã de sábado, 7 de maio de 2011. Seu corpo foi encontrado por dois guardadores de carro dez dias depois, em um terreno baldio no final da rua general Argolo, próximo à avenida Juscelino Kubitschek. Os mesmos guardadores são apontados como autores do crime.

A titular da Delegacia Regional da 18ª Região, Carla Kuhn, e o promotor José Olavo Passos disseram que a principal pista que levou às prisões foi o resultado dos exames de perícia. Depois de dois anos e dez meses, as provas apontaram que fios do cabelo encontrados na casa onde os dois moravam eram compatíveis com o do irmão da vítima (DNA mitocondrial). Em depoimento, ambos afirmaram nunca terem tido contato com Luana - o que foi entendido pela Promotoria como uma contradição que os colocou como os principais suspeitos.

Requintes de crueldade
Um detalhe chocante anunciado na coletiva foi de que a estudante, que tinha 14 anos na época do crime, teria sido mantida em cárcere privado e estuprada em uma casa durante uma semana. Depois de ser morta a golpes na cabeça, a menina foi jogada em um banhado, onde permaneceu por três a quatro dias. O estado de putrefação do cadáver prejudicou o trabalho de coleta de provas para investigação.

O caso, considerado bastante extenso, teve quatro linhas de investigação, nas quais vários suspeitos foram enumerados. O procedimento chegou até a Justiça e foi devolvido ao MP para nova análise. Durante duas semanas, o promotor Olavo Passos e sua equipe reviraram as páginas do inquérito produzido pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Após descartar todas as hipóteses antes levantadas sobre diferentes possíveis autores - com direito até a suposto envolvimento de parentes de Luana - a Promotoria decidiu por concluir a investigação. "Esta é a hora de fazermos a denúncia", justificou o promotor.

De acordo com ele, o inquérito, composto de provas indiciárias (onde a soma de dados resulta na culpa dos suspeitos), será concluído apenas com a condenação dos suspeitos. “Se vão ser condenados, vai depender do Tribunal de Júri. Caso outros nomes apareçam nas investigações, vamos investigar”, admitiu Passos.

Na mesma proporção
O porta-voz da família Pepe quer que a justiça seja feita na mesma proporção do crime que tirou a vida de sua filha. Fernando Pepe disse à reportagem que nunca perdeu as esperanças de ver os culpados do assassinato de Luana presos. “Mas a justiça tem que ser bem feita. Não adianta condená-los a 30 anos e depois de cumprir dez serem liberados por bom comportamento.”

Fernando admite ter ficado abalado com a suspeita de Luana ter sido mantida em cárcere privado. Mas sua maior indignação - e diz acreditar que o tempo não irá apagar - é ter sido apontado como provável suspeito ainda no início das investigações. “Tive a minha imagem manchada. Fiquei um ano e meio sem conseguir emprego.” Atualmente ele trabalha como porteiro de um clube social. E, para suportar a dor da perda, diz que procura manter as boas lembranças que guarda da filha.

FONTE: DIÁRIO POPULAR / Igor de Campos com Cíntia Piegas

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