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segunda-feira, setembro 28, 2009

Acionistas pressionam Carrefour a deixar mercados emergentes, como Brasil e China





O grupo francês Carrefour está sendo pressionado por grandes acionistas a deixar mercados emergentes, como a China e o Brasil, publicou o jornal francês "Le Monde" em uma prévia da edição de terça-feira.
O fundo Colony Capital e o dono do grupo de produtos de luxo LVMH, Bernard Arnault, têm tentado por várias semanas persuadir a diretoria e o Conselho de Administração do Carrefour a tomar a medida até o fim do ano, segundo a publicação.
A pressão surge após uma queda de quase 30% no valor da ação do Carrefour desde que os acionistas entraram no capital do grupo, em 2007, afirma o "Le Monde". Eles detêm cerca de 13,5% da empresa.
Contudo, o jornal também citou o diretor europeu da Colony, Sebastien Bazin, dizendo que as relações com o presidente-executivo do Carrefour, Lars Olofsson, estavam "excelentes" e que ele tem até 2012 para implementar um plano de reestruturação do grupo.
"Estamos em um plano de quatro anos, temos até 2012, temos tempo", afirmou Olofsson à publicação.
O executivo, que assumiu em janeiro o controle da segunda maior rede de varejo do mundo - só fica atrás da americana Wal-Mart -, revelou um plano em junho para economizar 4,5 bilhões de euros (US$ 6,6 bilhões) até 2012, com o corte de custos operacionais, melhores condições de compra e redução dos tempos de estoque para impulsionar os lucros.
Segundo uma fonte ouvida pelo jornal francês, a estratégia dos acionistas é uma tentativa de encontrar uma saída para seu "infortúnio".
Mercados emergentes são os de maior crescimento
A venda das operações do Carrefour em países emergentes já tinha sido considerada antes, durante o mandato do presidente Luc Vandevelde, entre 2005 e 2007. Mas pode ser questionável agora, já que é nesses mercados que o grupo atinge os maiores índices de crescimento.
O Carrefour informou ainda neste mês que países como Brasil, Índia, China e Rússia figuram entre as prioridades para expansão no longo prazo.
Na América Latina, as vendas crescem mais de 20% ao ano, enquanto na Ásia a expansão ultrapassa os 10%. Enquanto isso, as vendas e o lucro estão estagnadas na França e nos demais países europeus.
Segundo o "Le Monde", as atividades do Carrefour na América Latina valeriam entre 3 a 5 bilhões de euros (R$ 7,782 bilhões a R$ 13,120 bilhões), enquanto na Ásia o valor seria entre 4 a 6 bilhões de euros (R$ 10,494 bilhões a R$ 15,742 bilhões).
"Em termos de estratégia, é contestável, mas do ponto de vista financeiro, é uma operação suculenta", disse uma fonte citada pelo jornal francês.
O grupo não comentou imediatamente a notícia publicada no "Le Monde" nesta segunda-feira. Porta-vozes da Colony e de Arnault não estavam disponíveis para comentar o assunto.
Segundo o site do Carrefour, os acionistas detém 10,7% da empresa por meio da Blue Capital, 2,15% por meio da Colony Blue Investor e 0,7% pelo Groupe Arnault.
Reuters

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