No mês de março as mulheres trabalhadoras estarão nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando contra o machismo e a exploração capitalista que atinge de forma mais cruel às mulheres trabalhadoras.
O setorial de mulheres da CSP-Conlutas, nesse mês irá organizar nos estados, municípios um calendário de atividades com atos a serem realizados na semana do dia 8 de março, bem como, debates e palestras nas entidades.
Segue texto extraído da convocatória nacional disponibilizada para a rede via e-mail. Abaixo segue também a programação nos estados.
Somos todas mulheres em luta: Contra o Machismo e a Exploração! Em defesa da Mulher Trabalhadora
Em 1910, a socialista alemã Clara Zetkin propôs na 2ª Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, a criação do Dia Internacional da Mulher, em homenagem à ação das operárias russas no dia 8 de março de 1917, que precipitou as ações da revolução Russa.
No mês de março, nós mulheres trabalhadoras estamos nas ruas, nas escolas, nas fábricas lutando contra o machismo e a exploração capitalista que atinge de forma mais cruel às mulheres trabalhadoras.
Nossa luta é todo dia. Em 2011, pela primeira vez na história do Brasil, uma mulher assumiu a presidência do país. Junto com ela, o maior número de ministras mulheres. Isso não é um fato menor no maior país católico do mundo, onde a cada duas horas a violência machista mata uma mulher.
Um país em que elas são a maioria da população, estudam em média mais que os homens, mas ainda ocupam as profissões menos remuneradas e chegam a ganhar até 30% menos para fazer o mesmo trabalho.
Ao assumir o governo, Dilma garantiu aos seus pares um aumento significativo nos salários (62%), inclusive ao dela (132%). Enquanto isso, o salário mínimo teve aumento de apenas R$ 35. Um ataque direto às mulheres, que dentre os que recebem o mínimo representam 53%.
É preciso que sigamos, enquanto mulheres e trabalhadoras, reafirmando a necessidade de que nossas bandeiras feministas históricas seguem sendo nosso combustível para organização e luta das mulheres. Este novo governo nada de novo representa para as mulheres trabalhadoras. Já na campanha eleitoral representou um retrocesso em relação a uma reivindicação histórica das mulheres que é a legalização do aborto. Nossa luta pela libertação das mulheres segue e só poderá ser vitoriosa com o fim desse sistema de opressão e exploração em que vivemos. Não basta ser mulher para fazer avançar os direitos das trabalhadoras, é preciso ser classista e feminista.
Por isso, nossa luta precisa seguir e se fortalecer, nesse dia internacional das mulheres e em todos os dias de nossas vidas.
Construiremos atos unitários por todo país, em base á um programa antigovernista, que exija o reajuste imediato do salário mínimo para as mulheres e homens da classe trabalhadora, igual ao dos deputados,o direito às creches e licença maternidade ampliada, que exija a legalização do aborto já e o fim da violência.
• Aumento de 62% do salário mínimo, o mesmo dos deputados!Pelo piso do Dieese;
• Anticoncepcionais para não abortar. Aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
• Direito à maternidade: a) licença-maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras e estudantes, rumo a 1 ano; b) creche gratuitas e em período integral para todos os filhos da classe trabalhadora;
• Pelo fim da violência contra a mulher! Aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha!
Construção de Casas-abrigo! Punição aos agressores!
• Pelo fim da ocupação militar no Haiti. Fora as tropas brasileiras!
• Solidariedade e apoio às revoluções árabes.
Segue a programação de alguns estados que foi encaminhada pelas regionais. Envie a sua!
São Paulo
Dia 12 de março - Ato com concentração às 9h, em frente à Igreja da Consolação, altura do n° 605 - Centro São Paulo.
Pará
Dia 12 de março - Palestra: "8 de março: Contra o machismo e a exploração; em defesa da mulher trabalhadora"
Local: Acampamento do MTST/ Estrada do Outeiro.
Horário: 9h
Piauí
No dia 1 de março - Ato em frente ao IPMT (protesto sobre a retirada
da licença-maternidade na contagem para aposentadoria pela Prefeitura de
Teresina)
Horário: 7h
Debate: contra o machismo e a violência à mulher trabalhadora!
Horário: 18h
Dia 5 de Março - Participação no Bloco Sanatório Geral com uma coluna
FONTE: CSP CONLUTAS
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