Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, foi o maestro responsável por incorporar elementos brasileiros às técnicas de orquestração e arranjo, renovando assim a arte de fazer música no Brasil.
Algumas composições do mestre receberam letra, como Carinhoso, composta em 1917. O clássico foi gravado em 1928 de forma instrumental e a letra só foi escrita em 1937 por João de Barro, para ser gravada por Orlando Silva. Outras músicas de Pixinguinha que ganharam letras foram Rosa (Otávio de Souza), Lamento (Vinicius de Moraes) e Isso É Que É Viver (Hermínio Bello de Carvalho).
Pixinguinha aprendeu a tocar flauta e logo começou a se apresentar em orquestras, choperias, peças musicais e a participar de gravações ao lado dos irmãos Henrique e Otávio (China), que tocavam violão. Os floreados e os improvisos que tirava do instrumento arrancavam aplausos do público.
No início dos anos 20 formou o conjunto Os oito batutas, e realizou uma turnê pela Europa para divulgar a música brasileira. A banda tinha João Pernambuco e Donga no violão, entre outros instrumentistas. Pixinguinha fez sucesso também entre a elite carioca, tocando maxixes e choros com instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios do Rio.
Ainda na década de 20, época em que o sistema elétrico de gravação era uma grande novidade, fez várias gravações para a Parlophon com a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga.
Pixinguinha e a música brasileira
Liderou também os Diabos do Céu, a Guarda Velha e a Orquestra Columbia de Pixinguinha. Em 1940 foi indicado por Villa-Lobos como o responsável pela seleção dos músicos populares que participariam da famosa gravação para o maestro Leopold Stokowski, que divulgou a música brasileira nos Estados Unidos. Em 1946, deixou a flauta e passou a tocar saxofone.
Em homenagem ao grande maestro o Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril, dia do nascimento de Pixinguinha. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000.
O músico morreu de enfarte dentro de uma igreja, quando ia ser padrinho de um batizado.
FONTE:JB
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SOM DE PRATA
MOACYR LUZ
Nasceu no Rio de Janeiro
Dia do santo guerreiro
Naquele tempo que passou
Foi o maior mestre do choro
Tinha um coração de ouro
E que bom compositor
Foi carinhoso e foi ingênuo
E na roda dos boêmios
Sua flauta era rainha
E em samba, choro e serenata
Como era doce o som de prata, doutor
Que a flauta tinha
O embaixador dessa cidade
Meu Deus do céu, ai que saudade que dá
Do velho Pixinguinha
Filho da terra de sangue
Sangue de Malê
De uma falange do reinado
Filho de Ogum, de São Jorge, no Batuquegê
De Benguelê, de Iaô
Rainha Ginga
É que sua avó era africana
A rezadeira de Aruanda, vovó
Vovó Cambinda
Só quem morre dentro de uma igreja
Virá orixá, louvado seja Senhor
Meu santo Pixinguinha
E em samba, choro e serenata
Como era doce o som de prata, doutor
Que a flauta tinha
O embaixador dessa cidade
Meu Deus do céu, ai que saudade que dá
Do velho Pixinguinha
Ele é de Benguelê
Ele é de Iaô
É do Batuquegê
Ele é do Reinado
É sangue de Malê
É santo sim senhor
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