Em assembléias realizadas em 24 Estados e no Distrito Federal, os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado e unificada de todos os bancos, públicos e privados, a partir desta quarta-feira (29). A proposta de reajuste salarial baseada apenas na reposição da inflação (4,29%) foi o motivo da decisão da categoria de norte a sul do país. As assembleias aconteceram na noite de ontem, terça-feira.
"Querer pagar somente a reposição da inflação sem aumento real dos salários é um desrespeito à categoria bancária", declara o membro do MNOB/SP (Movimento Nacional de Oposição Bancária), Wilson Ribeiro, que justifica sua posição devido aos lucros de R$ 21,3 bilhões obtidos pelos cinco maiores bancos no primeiro semestre deste ano.
"Os banqueiros têm sido uma das categorias mais beneficiadas durante o governo Lula, aproveitando para ampliar seus lucros sem querer gastar um centavo a mais com os bancários. Não podemos permitir isso", diz Wilson.
O MNOB, ligado à CSP-CONLUTAS, acredita que diante da alta lucratividade dos bancos no último período, os sindicatos, de maioria cutista, deveriam pedir mais que os 11% que estão sendo reivindicados na mesa de negociação.
Além do índice de reajuste e da PLR, há muitas questões específicas reivindicadas, em especial nos bancos públicos. A isonomia de direitos entre antigos e novos funcionários e do plano de cargos e salários também são questões que mobilizam a categoria bancária.
No Brasil existem cerca de 460 mil bancários e o esforço do MNOB será parar o maior número de agências espalhadas pelo país.
Alguns sindicatos marcaram novas assembleias para sexta-feira (1/10).
A CSP-CONLUTAS presta sua solidariedade à greve nacional dos bancários.
FONTE: CSP-CONLUTAS
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