Faltam poucos dias para o início da grande celebração internacional à cultura negra. O III Festival Mundial das Artes Negras apresentará a visão de uma África livre, criativa e otimista, em contraponto à versão sombria veiculada nas mídias em geral. O Brasil é o convidado de honra desta edição. Estão encarregados de organizar a delegação que irá ao continente africano o Ministério da Cultura por meio da Fundação Cultural Palmares; o Ministério das Relações Exteriores, por meio de seu Departamento Cultural e da Embaixada do Brasil no Senegal; e a Secretaria Especial de Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).
Símbolo do diálogo entre os povos e as culturas da Diáspora Africana, o III Festival Mundial das Artes Negras acontecerá de 10 a 31 de dezembro próximo no Senegal. A primeira edição, realizada em 1966 em Dakar, capital senegalesa, deu grande visibilidade aos anos de reconquista da dignidade dos povos negros em terras africanas, devolvidas há pouco tempo aos habitantes do continente. A segunda edição, realizada em 1977, foi organizada pela Nigéria.
DELEGAÇÃO BRASILEIRA - O Brasil é a nação com o maior número de negros ou mestiços do mundo, perdendo apenas para a Nigéria. São cerca de 90 milhões de habitantes negros ou afrodescendentes, o que transforma o território nacional em um grande símbolo da diversidade cultural. O País terá uma noite dedicada à exibição de suas riquezas musicais e outras manifestações artísticas.
As atrações envolvem grandes artistas e grupos, como Carlinhos Brown, Chico César, Tereza Cristina, Rappin' Hood e a escola de samba Império Serrano. Espetáculos de dança e paradas populares inspiradas nos tradicionais festivais brasileiros farão vibrar as ruas senegalesas. E, para que a festa seja total, os sabores brasileiros não serão esquecidos. Restaurantes irão sugerir diversos pratos e especialidades brasileiras.
INTELECTUAIS - Além das manifestações artístico-culturais, o III Festival Mundial das Artes Negras incluiu na programação um fórum com intelectuais dos países envolvidos, que debaterão temáticas relacionadas à Renascença Africana. Idealizado e coordenado pelo escritor e vice-presidente da Assembléia Nacional do Senegal, Iba der Thiam, o encontro será encerrado pelo presidente do país, Abdoulaye Wade.
FONTE: FUNDAÇÃO PALMARES
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