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quarta-feira, abril 06, 2011

Movimentos fazem marcha contra agrotóxicos e novo Código Florestal




A “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” será lançada por movimentos de trabalhadores rurais e ambientalistas no Dia Mundial da Saúde, nesta quinta-feira.

De acordo com a coordenadora do MST, Paola Pereira, haverá atos de lançamento nas principais capitais do Brasil. Em Brasília, uma marcha passará pelo Ministério da Saúde, da Agricultura e pelo Congresso Nacional com intuito de fazer dos agrotóxicos um debate público.

“A gente acredita que é importante fazer esse debate com a sociedade porque esse modelo de agricultura que está hoje implementado no Brasil, do agronegócio, tornou o país, desde 2009, em campeão mundial do uso de agrotóxico. Isso é perigoso para a saúde. Afeta os produtores que manejam inadequadamente o agrotóxico e os consumidores da cidade que acabam comprando produtos com um nível elevado de veneno. Por isso vamos fazer o lançamento no dia 7”, afirma.

De acordo com Paola, o Brasil consumiu cerca de 1 bilhão de litros de agrotóxicos em 2009 – uma média de 5 litros por pessoa.

A coordenadora do MST ressaltou que a marcha também protestará contra o projeto do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) de alteração do Código Florestal. “Nossa campanha defende um novo modelo agrícola, sem agrotóxico e que também viabilize o desmatamento zero. O projeto deste deputado é um desastre”.

Na mesma quinta-feira, na Câmara dos Deputados, a Comissão de Seguridade Social e Família promoverá uma audiência pública sobre agrotóxicos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Fórum Nacional de Agrotóxicos, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) estão convidadas para expor sobre o tema.

Além do MST, a “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” reúne entidades como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace, SOS Mata Atlântica, Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC).

FONTE: MST

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