Em seu site, humorista opinou sobre o mobilização dos internautas no caso do participante Daniel no reality show
Veja a manifestação de Maurício Ricardo sobre a polêmica no BBB12:
“Como faço charges pro BBB, sei que minha opinião será tema de um monte de teorias conspiratórias. Mas vi o vídeo do polêmico amasso do Daniel na Monique, li as tuitadas e comentários no Facebook a respeito e não resisti: precisei me manifestar.
É que ando bastante irritado com as condenações sumárias e sem direito de defesa feitas nas redes sociais. E muita gente se apressou em afirmar que o rapaz estuprou a moça, que estaria inconsciente, sem considerar outras hipóteses.
Vejam bem: não tô saindo em defesa do Daniel, só NÃO O ESTOU CONDENANDO, o que é muito diferente. E por que não estou condenando, além do fato óbvio de que não houve julgamento? Vamos lá:
1 – É possível curtir carícias quietinha, em posição passiva e de olhos fechados. Eu disse É POSSÍVEL, veja bem: não disse que aconteceu.
2 – É possível que o fato de ela não se lembrar do que rolou (se for verdade) seja fruto de uma eventual amnésia alcoólica, não de inconsciência.
3 – É possível um rala e rola daqueles sem tirar a roupa e sem penetração, o que afastaria a tese do estupro (mas não a do abuso, igualmente condenável). Por que levanto a questão? Porque carícias ousadas acontecem com mais naturalidade entre um casal do que o sexo. Talvez ela estivesse consciente e tenha se deixado levada pelo momento. Talvez! Eu disse “tal--vez”!
4 – Eles se pegaram naquela noite, beberam pacas e existem suspiros excitados no vídeo que não necessariamente são dele.
5 – Aqui vou pegar pesado, mas é hipótese: se você é uma pessoa caucasiana que não se sente atraída por afro-descendentes, vale analisar profundamente sua eventual indignação. Talvez esteja confundindo repulsa pessoal com agressão.
6 – Pegando mais pesado ainda, mas pra levantar mais teorias: talvez você seja pura e simplesmente racista e parta do pressuposto de que negro é bandido, um mal que assola desde os tempos de Colônia este país que hipocritamente se diz “Sem preconceito”.
Vou repetir (eu sei que a maioria entendeu, perdão, mas hoje é assim: precisa-se repetir várias vezes): não posso afirmar que houve estupro. Nem que não houve. Mas nessa situação ninguém pode: a vítima sequer acusou o potencial agressor, e ainda que acusasse – até porque todos ali estão num jogo – ele deveria ter direito de defesa.
É isso.
Por favor: se você não concordar com as hipóteses que levantei, lembre-se de que são hipóteses. Não diga: “Maurício está defendendo o estuprador filho da p(*)!”, porque não é verdade. Apenas reflita sobre todos os ângulos da questão pra não virar vítima do efeito manada.” (MB)
FONTE: Contigo! Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário