Abaixo dos mais baixos níveis desnivelados dos ganhos parcos, sob o subsolo dos pisos salariais bem pisoteados, no oposto do suposto teto, lá no fundo das mais profundas reivindicações fundamentais, negadas sem fundamento, abaixo disso tudo está a greve – sentada sobre as molas tensas do descaso oficial.
Abaixo dos baixios da periferia, em subcondições de vida e de moradia, sob a desesperança do subemprego e debaixo do desespero da exploração terceirizada ou da terceirização exploradora, tanto faz, está a greve, germinando nos subterrâneos subordinados à miséria social.
Abaixo da baixaria dos discursos corporativistas em câmaras municipais, estaduais e federais, em defesa da própria classe com maioria de desclassificados, que se premia com bônus e abonos diante do povo de mãos abanando, abaixo dessa indiferença pelos desfavorecidos de tantas atividades que nem merecem o nome de trabalho, está a greve, cansada de reagir passivamente a cada auto-aumento vergonhoso desses privilegiados.
Abaixo das baixezas em expedientes árduos e insalubres, em ambientes impróprios, impuros, imperativos e imperialistas, onde só ecoam impropérios por jornadas impagáveis em seus direitos imperfeitos, em que se impõem e se impelem impolutas aspirações de melhorias mínimas, sob tais camadas de desprezo funcional está a greve, apta a reclamar por ser ouvida em vida.
Abaixo da baixada fluminense ou santista, abaixo de todas as baixadas regionais, sob as solas das passeatas e sapatos dos protestos de tanta gente querendo justa revisão de índices há tanto agachados, sob o esmagamento contínuo do poder aquisitivo, está a greve, ainda cabisbaixa mas muito a fim de dar a volta por cima
Abaixo das baixelas das elites, dos abacaxis nos canapés, sob o gozo do neoliberalismo globalizado, rebaixada a capacho da concentração de riqueza, lá no porão onde a luz do sol da pátria neste instante nunca chega a clarear os desvãos da distribuição de renda, está a greve, de avental engomado e dedos nodosos tamborilando em balcões de mármore.
E acima da greve, a contrapartida das inegociações: o direito a ela.
Fraga - Coletiva_net
Abaixo dos baixios da periferia, em subcondições de vida e de moradia, sob a desesperança do subemprego e debaixo do desespero da exploração terceirizada ou da terceirização exploradora, tanto faz, está a greve, germinando nos subterrâneos subordinados à miséria social.
Abaixo da baixaria dos discursos corporativistas em câmaras municipais, estaduais e federais, em defesa da própria classe com maioria de desclassificados, que se premia com bônus e abonos diante do povo de mãos abanando, abaixo dessa indiferença pelos desfavorecidos de tantas atividades que nem merecem o nome de trabalho, está a greve, cansada de reagir passivamente a cada auto-aumento vergonhoso desses privilegiados.
Abaixo das baixezas em expedientes árduos e insalubres, em ambientes impróprios, impuros, imperativos e imperialistas, onde só ecoam impropérios por jornadas impagáveis em seus direitos imperfeitos, em que se impõem e se impelem impolutas aspirações de melhorias mínimas, sob tais camadas de desprezo funcional está a greve, apta a reclamar por ser ouvida em vida.
Abaixo da baixada fluminense ou santista, abaixo de todas as baixadas regionais, sob as solas das passeatas e sapatos dos protestos de tanta gente querendo justa revisão de índices há tanto agachados, sob o esmagamento contínuo do poder aquisitivo, está a greve, ainda cabisbaixa mas muito a fim de dar a volta por cima
Abaixo das baixelas das elites, dos abacaxis nos canapés, sob o gozo do neoliberalismo globalizado, rebaixada a capacho da concentração de riqueza, lá no porão onde a luz do sol da pátria neste instante nunca chega a clarear os desvãos da distribuição de renda, está a greve, de avental engomado e dedos nodosos tamborilando em balcões de mármore.
E acima da greve, a contrapartida das inegociações: o direito a ela.
Fraga - Coletiva_net
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