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segunda-feira, abril 13, 2009

Federais gaúchas inclinadas para o novo Enem


O que diz o comando de cada universidade

CARLOS ALEXANDRE NETTO, REITOR UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS)
"Não há motivo para pânico entre os vestibulandos. A ideia da UFRGS é tranquilizar os estudantes, porque a universidade pretende valorizar sua tradição, e o conhecimento dos alunos será reconhecido." O reitor limitou a sua manifestação sobre o assunto, deixando para detalhar a sua posição nesta segunda-feira às 15h. Na oportunidade, será conhecido o processo seletivo de 2010. A assessoria de imprensa da UFRGS reforça que nesta semana o reitor esteve em Brasília, analisando a proposta do MEC, e o assunto foi "amplamente discutido na quinta-feira, com membros da equipe".
JOÃO CARLOS BRAHM COUSIN, REITOR UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG)
"A posição da universidade está em discussão. A posição pessoal do reitor é positiva, porque o ingresso nas universidades tem balizado o sistema de educação. É uma proposta de mudança, já que a prova deve garantir mais o raciocínio e o conhecimento integrado do estudante. E vai aumentar as chances para aqueles que têm menos condições financeiras. O fator mais importante é que há muito tempo estamos questionando a forma de ingresso. É uma oportunidade de mudança, e o Enem será reformulado. O cenário é positivo. Recebemos, na quinta-feira, o modelo operacional, e a expectativa é de que até o final do mês tenhamos uma decisão. Minha inclinação pessoal é favorável."
MIRIAM DA COSTA OLIVEIRA, REITORA UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE (UFCSPA)
"O tema será levado aos conselhos de Ensino e Pesquisa e Universitário no final do mês. A partir daí será tomada a decisão. Para a reunião com reitores em Brasília, a UFCSPA já terá sua decisão tomada. Nós estamos, de início, favoráveis a esta medida, e existe uma tendência a adotar este novo procedimento já neste ano, como um processo de fase única, sem qualquer outra prova especial da universidade. Há inúmeros pontos favoráveis, mas não tive acesso aos dados operacionais, pois ainda não chegaram às minhas mãos, e faltam detalhes para decidir com segurança."
JORGE LUIZ DA CUNHA, PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
"O reitor participou da reunião em Brasília, em que foi discutida a proposta do MEC, e a posição da UFSM é de cautela. Primeiro, porque nós temos um vestibular diferenciado, por ser interdisciplinar e ter inclusive a disciplina de filosofia. Outro aspecto é que a universidade foi pioneira com o Programa de Ingresso no Ensino Superior (Peies). Achamos que o ministério deve respeitar essas experiências acumuladas e bem sucedidas. É quase certo, pela dinâmica, que a proposta não possa ser implementada nos prazos que o ministério deu. Temos um vestibular em maio, e o Peies em dezembro. Já estamos nos preparando para o próximo vestibular tradicional. Além disso, a avaliação dos nossos processos atuais de ingresso é bastante positiva. Mas, evidente, estamos dispostos a discutir as ideias."
ANTONIO CESAR GONÇALVES BORGES, REITOR UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL)
"Em princípio, a universidade deverá adotar a proposta do governo para o vestibular de verão, agora em outubro. O nosso vestibular de inverno, que será realizado em seguida, se mantém. A decisão vai ser tomada na próxima quinta-feira, quando há uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. A tendência é de que a proposta do MEC seja aprovada. Na minha opinião, é uma mudança importante e vai exigir que a universidade se adapte. Sou favorável, porque vai facilitar o acesso àquelas camadas da população que ficam excluídas. Por outro lado, vai exigir que o governo auxilie em organização, com moradia adequada aos estudantes, bolsas para mobilidade estudantil, toda a assistência. Vamos precisar do apoio imediato do governo. Acredito que o MEC ajudará nesta questão."
MARIA BEATRIZ LUCE, REITORA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA (UNIPAMPA)
"A Unipampa já tinha a proposta de adotar o Enem como o principal elemento do processo seletivo para o ingresso de 2010. No ano de 2009, não foi possível adotar unicamente o resultado do exame para o ingresso em diferentes cursos porque muitas das pessoas interessadas não tinham se submetido à prova. Nós fizemos até 20% de aproveitamento dos resultados de quem tivesse o Enem e aplicamos uma prova de vestibular muito parecida com o Enem, feita inclusive pela mesma empresa, a Cespe/UNB. Esta proposta do Ministério da Educação vem atender à orientação geral que a Unipampa tem. Nós já fizemos esta prova em 10 cidades do Pampa, e os alunos em qualquer das cidades podiam escolher faculdades de outros municípios. A Unipampa já experimentou estas características e obteve sucesso."
zero hora

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