Muito discretamente, o presidente Barack Obama iniciou consultas nos meios militares americanos para conseguir apoio para derrubar a proibição de gays e lésbicas assumidos nas Forças Armadas. De acordo com reportagem publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO, o secretário de Defesa, Robert Gates, reconheceu ter conversado sobre o assunto com o presidente.
Obama quer cumprir mais uma promessa de campanha: acabar com a política - adotada em 1993, durante o governo Bill Clinton, e mantida nos oito anos de George W. Bush - que baniu homossexuais assumidos das Forças Armadas americanas e que tornou-se conhecida pela expressão "don't ask, don't tell" ("não pergunte, não conte"). Na época, a lei foi uma forma de Clinton cumprir parcialmente sua promessa da pôr fim à proibição de gays entre os militares: desde que não se expusessem ou tivessem comportamento suspeito, os homossexuais não seriam investigados nem perseguidos.
Depois de consultar os militares, Obama decidiu assinar a declaração da ONU apoiando a descriminalização da homossexualidade, já assinada por 66 países, inclusive o Brasil. Além disso, a deputada californiana Ellen Tauscher apresentou na semana passada na Câmara dos Representantes um projeto de lei requerendo o fim da proibição a homossexuais assumidos nos meios militares, o que vai levar o assunto a debate parlamentar em breve. A deputada apresentou o projeto de lei pouco antes de ser convidada para ocupar um posto no Departamento de Estado.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário