O princípio ativo da maconha parece reduzir o crescimento de tumores, segundo um estudo espanhol publicado na quarta-feira.
Os pesquisadores demonstraram que administrar THC a ratos com câncer reduziu a expansão do tumor e matou as células doentes, num processo chamado autofagia.
"Nossas conclusões sustentam que doses seguras, terapeuticamente eficazes de THC podem ser alcançadas em pacientes com câncer", disseram Guillermo Velasco e seus colegas, da Universidade Complutense de Madri, em artigo na revista Journal of Clinical Investigation.
As evidências científicas a respeito dos efeitos da maconha sobre a saúde humana são ambíguas. Alguns estudos sugerem que a droga pode elevar o risco de enfarto, derrame e câncer.
Outros estudos demonstram efeitos benéficos na luta contra o mal de Alzheimer e, segundo alguns médicos, no combate à perda de peso associada à Aids e à náusea provocada pela quimioterapia em pacientes com câncer.
O estudo chefiado por Velasco incluiu uma análise de dois tumores em duas pessoas com um câncer cerebral altamente agressivo, que demonstrou sinais de autofagia após a administração de THC.
Os cientistas disseram que a descoberta pode abrir caminho para drogas à base de canabinoides para o combate ao câncer -uma abordagem que no entanto não teve sucesso no tratamento da obesidade.
Em novembro, o laboratório Sanofi-Aventis abandonou o desenvolvimento de seu medicamento canabinoide Acomplia. Pfizer, Merck e Solvay também desistiram de produtos semelhantes, devido a temores sobre os efeitos colaterais.
As drogas, que funcionam bloqueando os mesmos receptores cerebrais que deixam as pessoas famintas após fumarem maconha, também têm sido associadas a efeitos colaterais psíquicos, como a depressão e pensamentos.
Reuters/Brasil Online
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