As
revoluções, manifestações e lutas protagonizadas pela juventude e pela classe
trabalhadora nos diversos continentes, nesse ano de 2011, nos permitem manter
ainda mais acesa a chama do sonho no Socialismo, visto está evidente o fato de
que “não chegamos ao fim da história”, como eles tentaram nos impor crer,
durante duas décadas e estamos presenciando uma inquestionável crise do
Capitalismo.
Os
ventos das revoluções européias sacudiram a poeira das obras do PAC no Brasil,
fustigadas pelas botas de dezenas de milhares de operários que se levantaram em
greve contra a superexploração e a humilhação imposta nos canteiros e
alojamentos ao mesmo tempo em que trabalhadores em educação se mobilizaram em
todo país. Assim todos fomos bombeiros, desde a alma, durante o fabuloso
levante destes na cidade do Rio de Janeiro ou nas greves metalúrgicas que
diziam: “Se o Brasil cresceu, eu quero o meu!”. De alguma maneira, também nos
revimos enquanto classe e nos sentimos retratados no cartaz de Wall Street que
dizia: “Nós somos 99%! e o Movimento dos Indignados.
Na
CSP-Conlutas, aqui no Brasil, buscamos na força dos povos do Xingú e do povo
Quilombola, a fonte para nossas lutas e por isso, contra Dilma, nos ombreamos
em oposição a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte ao mesmo passo em
que desenvolvemos nossa solidariedade a luta e a resistência de nossos irmãos
haitianos contra a presença das tropas da ONU, capitaneada pelo exército
brasileiro, naquele país.
Estamos
em um país governado há nove anos, pelo PT (Partido dos Trabalhadores) que em
aliança com diversos setores da burguesia, fazem duros ataques aos
trabalhadores. Nesse final de ano, por exemplo, podemos ver trabalhadores do
Judiciário, aposentados, funcionários gestores das obras do PAC lutando por aumento
real de salário, o que mais uma vez foi negado pela presidente Dilma.
Assim
foram tratados os trabalhadores dos Correios e os funcionários públicos em
geral que depois de muitas mobilizações e greves receberam ataques, cortes de
ponto, punições e muitas perseguições. Tudo em nome da “governabilidade”, do
ajuste fiscal e visando garantir metade de nosso produto interno bruto só para
pagamento e juros e serviços da dívida pública, ou seja à serviço da “banca
internacional”.
É bem
verdade que todos esses ataques implementados pelo governo e pelos patrões
tiveram mais celeridade e eficácia porque a grande maioria das direções das
organizações de nossa classe está nas mãos de gente que hoje considera tudo que
estamos falando “demodê”; foram ganhos ideologicamente para a já questionada
teoria do “fim da história” e por isso se lambuzam nos balcões dos ministérios
e cargos governamentais, perderam a independência política e financeira e
abandonaram a nossa estratégia.
Iniciaremos
um novo ano mantendo as lutas de ontem e crendo em nossa vitória. Seguiremos
impulsionando as lutas populares no “País do Futebol”. E por falar em futebol,
jogaremos o jogo dos Sem Teto na luta por moradia e contra os despejos
violentos e exacerbados impostos às milhares de famílias de nosso povo pobre.
Tudo isso para atender os interesses das empreiteiras e imobiliárias e aos
cartolas da FIFA e do Comitê Olímpico Internacional.
Em
2012, seguiremos a construção e afirmação de nossa Central, a CSP-Conlutas,
realizaremos o nosso 1º Congresso Nacional com as delegações do movimento
Sindical, Popular, Estudantil, Movimentos de Luta contra a opressão à Mulher,
Negros e Negras Contra o Racismo, Os representantes dos Movimentos contra a
Homofobia e em defesa do respeito e a liberdade LGBT, bem como a conquista de
seus mais amplos direitos e inúmeros representantes de organizações
internacionais e, acreditamos, que este momento servirá para armar os nossos
planos de ação, solidariedade internacional e a mobilização permanente de nossa
classe.
Que a
força de nossas lutas, a disposição de enfrentar os desafios e a unidade de
nossa classe contagiem as nossas festas e sejam base das nossas ações em 2012,
como têm feito nossos irmãos camponeses na luta contra o latifúndio e o
agronegócio, Por Terra, Trabalho e Liberdade; Liberdade, eis uma palavra
controlada e vigiada no capitalismo, eis um estágio à ser conquistado para a
vida de quem trabalha e essa conquista só nos será possível por obra de nossa
própria luta e pela a construção e afirmação de uma direção Socialista, afinal:
“A história não acabou!”
Boas festas!
Secretaria Executiva Nacional
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