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quarta-feira, março 16, 2011

VIOLÊNCIA ESCOLAR: EM TRÊS CASOS

Em dia de fúria, aluno atira carteira contra professora em escola estadual de SP

Mais um episódio de violência foi registrado numa escola estadual de São Paulo. Num dia de fúria, um aluno arremessou uma carteira escolar contra uma professora em Guaimbé, município da região de Marília, a 435 quilômetros de São Paulo, nesta terça-feira.

A professora, Sandra Inês Bontempo, contou que tudo começou quando ela pediu para um aluno parar de conversar durante a aula de matemática. Foi aí que outro estudante começou a ofendê-la com palavrões. E as agressões não pararam.

- Ele veio para acertar minha cabeça - disse a professora.Sandra diz que estava abrindo a porta da sala para chamar a diretora quando o jovem, de 16 anos, a atacou com uma carteira. A professora prestou queixa na polícia, fez exame de corpo de delito e foi atendida no hospital para fazer um curativo.

Depois da confusão, o aluno ainda teria ameaçado as conselheiras tutelares, que também registraram um boletim de ocorrência.

Segundo a Polícia Militar, o adolescente já causou problemas em casa e na escola. A cidade tem apenas três escolas públicas.

- Praticamente todos os dias recebemos chamados de agressão a professores - diz o policial militar Clóvis Noronha.

A Polícia Civil vai ouvir os envolvidos e avaliar se instaura inquérito. A escola vai reunir o Conselho de Pais e professores e decidir qual punição o aluno vai sofrer.

A última pesquisa feita pela Apeoesp na região de Marília ouviu quase 300 professores da rede estadual e 38% deles disseram que já viram aluno ameaçando aluno dentro de escola. E quase a metade, 44%, já presenciou estudantes ofendendo professores.


Em Santa Catarina, aluno agride diretora de escola com pedrada porque ela o repreendeu


A diretora Miriam dos Santos, da Escola de Educação Básica Celso Ramos, no bairro Prainha, em Florianópolis, foi agredida com uma pedrada por um aluno de 15 anos. Segundo a Secretaria de Educação de Santa Catarina, Miriam teria chamado a atenção do aluno que estava fora da sala de aula. Após levar uma pedrada na cabeça, a diretora ainda teria sido ameaçada pelo adolescente, que prometeu vingança caso ela denunciasse a agressão. Abalada, a vítima pediu afastamento por 10 dias do cargo.


De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), esse é o 15º caso de agressão a professores da mesma escola somente este ano.Os professores, após a agressão, realizada na última sexta-feira, paralisaram as atividades em protesto contra falta de segurança na escola. Uma reunião na próxima quinta-feira entre professores, pais e comunidade, deve decidir quando as aulas serão retomadas e quais medidas serão adotadas para garantir a segurança de todos.

- Esse caso não é isolado. Somente este ano foram 15 casos de agressão a professores na mesma escola. Desses, cinco registraram boletim de ocorrência - diz Anna Julia Rodrigues, secretária geral do Sinte/SC.

De acordo com o sindicato, a escola está sucateada e precisa de políticas públicas voltadas para o convívio social entre alunos e professores.

- O aumento da segurança no local é apenas uma medida paliativa. Defendemos uma escola cidadã, o maior convívio social entre alunos, professores e comunidade. Não só essa como outras escolas do estado carecem de medidas sociais, como atendimento psicopedagógico, infraestrutura para oferecer melhores condições tanto aos professores quanto aos alunos - diz Anna Julia.

O gerente regional de Educação da Grande Florianópolis, Ari Cesar da Silva, classificou a agressão como 'pontual' e disse ser contrário à paralisação dos professores. Ele disse ainda que serão adotadas novas medidas de segurança para evitar outros casos de agressão no local.

- Nós já estivemos conversando com os professores. Pretendemos reforçar a ronda escolar e conversar com os seguranças da escola, para revermos algumas ações. Além disso, pretendemos levar o Núcleo de Educação e Prevenção às Drogas, Sexualidade e Violência por algumas vezes à escola, entre o fim deste ano e o ano que vem - acrescenta Silva.

Segundo o gerente de Educação, a escola tem 400 alunos no Ensino Fundamental e dois vigias fazendo a ronda interna.


Professora é empurrada por pai de aluna e sofre afundamento na nuca em Pernambuco


A professora da Escola Modelo Infantil Santa Joana, no bairro da Boa Vista II, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está internada no Hospital da Restauração (HR), no Recife, devido a uma agressão que teria sofrido do pai de uma aluna. Maria Ladjane Araújo, 50 anos, foi internada com afundamento da nuca. Ela está em observação e o estado de saúde é tido como estável pelos médicos.

A professora teria chamado o pai para conversar sobre o comportamento da filha. Ele teria se irritado com o assunto da conversa e empurrado Maria Ladjane Araújo, que caiu no chão e bateu com a parte de trás da cabeça no calçamento. A vítima desmaiou na hora e, por causa do afundamento na nuca, foi transferida para o HR.

De acordo com os médicos, Maria Ladjane Araújo também teria sofrido um derrame no globo ocular e sua situação, apesar de estável, é delicada. Ela deve ficar em observação por, no mínimo, sete dias.

O caso, que aconteceu na sexta-feira está sendo investigado na 2º Delegacia de Caruaru. O suspeito de agredir a professora não foi preso, mas já foi identificado pela polícia. Ele deve prestar depoimento nesta terça-feira.

FONTE: O GLOBO

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