Mesmo com calendário suspenso professores comparecem a Universidade para votar a favor da greve
No dia 04 de agosto, cerca de 250 professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estiveram presentes na Assembleia Geral, realizada no Auditório da Administração, no Centro Politécnico. Por ampla maioria, os docentes aprovaram o indicativo de greve da categoria, entendendo ser este o caminho diante da intransigência do governo federal.
Para o movimento docente, o governo tem aplicado políticas que têm ampliado a precarização do trabalho da categoria e tem se negado a negociar uma pauta que valorize a carreira. Com a data limite de 30 de agosto para finalização da proposta Orçamentária de 2012 e a sinalização negativa do governo federal em conceder reajuste salarial, os docentes da UFPR se somam as diversas categorias do serviço público, ampliando o movimento que exige do governo a abertura de negociações efetivas.
De acordo com Astrid Avila, presidente do Conselho de Representantes da Associação dos Professores da UFPR (Crapufpr), a deflagração de uma greve é necessária a fim de resistir às imposições do governo que desvaloriza o docente. "Deflagrar essa greve é dizer para esse governo que nós não somos ingênuos, que nós estamos percebendo que quando ele não nos dá reajuste e sinaliza com criação de nova classe no topo da carreira, ele está dizendo para nós que somente em 2024 alguns de nós possam estar ganhando um pouco melhor".
Mobilização
Para fortalecer o movimento de greve da Universidade Federal do Paraná foi aprovada a criação de uma Comissão de Mobilização, que contará com a participação de docentes de todos os setores da UFPR.
A primeira reunião acontece no dia 09 de agosto, na sede da Apufpr – Seção Sindical do ANDES-SN, às 16h30. Cerca de vinte docentes já compõe essa comissão. Os professores que quiserem se somar ao movimento podem comparecer a reunião.
Para Andréa Caldas, diretora do Setor de Educação, é necessário também pensar que o indicativo de greve na Universidade Federal do Paraná acontece em uma situação inusitada, já que se aponta para um atraso do início das aulas devido à greve dos técnicos. "Quero já me colocar aqui a favor da greve por todos os motivos colocados. Precisamos pensar uma greve de ocupação, com calendário de atividades de mobilização e não simplesmente uma greve de adiamento."
Segundo a diretoria da Apufpr, o movimento docente deve agora preparar a greve. Uma das estratégias para o fortalecimento da greve é mobilizar a maioria dos docentes e organizar um calendário de atividades que impulsionem o governo a avançar na negociação com esse movimento que começa forte.
Fonte: Apufpr - Seção Sindical
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