O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) deflagrou greve nesta segunda-feira (1/8) após inúmeras tentativas infrutíferas de negociação com o governo federal. Na última reunião da categoria com o Ministério do Planejamento (MP), em 20 de julho, ficou evidente a falta de interesse do governo em fazer avançar a discussão em torno da pauta de reivindicações apresentada pelo Sinasefe.
“O governo não deu nenhum sinal de que pretende negociar e em todas as reuniões não não se manifestou oficialmente sobre os pontos da nossa pauta específica”, disse Roni Rodrigues da Silva, da direção geral do Sinasefe. Ele contou que o único ponto sobre o qual Duvanier Paiva, secretário de Relações Sindicais do MP e representante do governo nas negociações, se manifestou contra foi a reivindicação de carga horária de 30 horas semanais para os técnicos administrativos de toda a rede federal de ensino.
Para o Sinasefe, todos os canais de interlocução foram esgotados e a greve é a única alternativa para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria. O sindicato protocolou no último dia 27/7 um ofício junto ao MP, ao Ministério da Educação e à Presidência da República informando a decisão de paralisar as atividades. Até o momento, 35 campi em sete estados do país já aderiram à greve.
Segundo Rodrigues, as seções sindicais devem realizar assembléias até o dia 10/8 para deliberar sobre a greve. O Sinasefe já determinou um calendário de atividades de greve, que inclui a participação na Jornada Nacional de Lutas, de 17 a 26 de agosto, com marcha nacional no dia 23/8.
O Sinasefe divulgou também uma Carta Aberta à População, na qual explica os motivos que levaram à categoria a optar pela greve na rede federal de ensino.
Confira abaixo alguns dos pontos da Pauta de Reivindicações do Sinasefe:
1. Reajuste emergencial de 14,67% (Inflação IPCA + variação do PIB);
3. Reestruturação da carreira docente e do PCCTAE;
5. Cumprimento já da legislação sobre questões funcionais dos servidores da rede federal de ensino, com a revogação das instruções e orientações normativas em contrário;
7. Contra a precarização da função docente com o estabelecimento dos contratos temporários em substituição aos professores/as substitutos e para a ocupação de vagas ociosas de docentes do quadro permanente das Instituições Federais de Ensino;
10. Equiparação do auxílio alimentação dos servidores da rede federal de ensino com o auxílio alimentação dos servidores do Congresso Nacional, Judiciário, e Tribunal de Contas, pelo maior valor;
Fonte: ANDES-SN
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