Estamos deflagrando mais uma greve do SINASEFE, e é importante que fique claro o cenário que nossa categoria optou por essa medida.
Deflagramos uma greve porque temos enfrentado inúmeras situações prejudiciais não só à nossa categoria, mas também aos nossos estudantes.
Quem está diariamente nas instituições de ensino sabe que a comunidade escolar enfrenta problemas sérios com a falta de estrutura: faltam professores/as e servidores/as, faltam alojamentos, faltam recursos tecnológicos, faltam refeitórios, faltam bibliotecas, faltam laboratórios, chegam a faltar até mesmo salas de aula em algumas escolas, principalmente com essa malfadada expansão.
Encontramos realidades diversificadas em todo Brasil, no entanto, os problemas da expansão se repetem de Norte a Sul. E os governos não se mostraram sensíveis a estes problemas, nas três esferas: municipal, estadual ou federal.
Esgotamos nossos canais de interlocução com o governo federal, passando por várias reuniões sem que uma resposta formal fosse dada às nossas reivindicações. Ouvindo que eles precisam de ‘’mais informações’’ sendo que nossas reivindicações são históricas e tratam até mesmo de acordos que este mesmo governo não cumpriu.
Recorremos à greve exatamente por não ter respostas, e nem mesmo indícios, de que o governo estaria disposto a atender nossas justas reivindicações.
Além de nossa greve, estamos construindo também a campanha nacional pela destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação Pública. Uma campanha que já reúne entidades representativas de estudantes, trabalhadores/as e movimentos sociais para lutar por esta causa.
E é importante frisar que a luta é para destinar os recursos para a Educação PÚBLICA, já que o governo está criando programas como PRONATEC, para destinar dinheiro público a investimentos em ensino técnico em entidades PRIVADAS (como sistema S, por exemplo).
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) está revestido de um falso discurso de expansão, interiorização e democratização do ensino técnico e profissionalizante, quando, na verdade, o governo está querendo "terceirizar" sua obrigação de oferecer uma educação pública de qualidade, destinando cada vez mais recursos públicos para entidades privadas e, pior ainda, investindo nessas entidades sem estabelecer critérios transparentes.
Enfrentamos um cenário de ataques diários à Educação do nosso país, e os/as trabalhadores/as já deflagraram greves em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Minas Gerais e alguns municípios também. Esses exemplos demonstram que precisamos exigir respeito à Educação em nosso país, e a greve, infelizmente, é o único caminho para pressionar os governos e exigir esse respeito que a Educação tanto necessita.
Estamos em greve lutando por respeito à Educação e aos trabalhadores e trabalhadoras que a constroem diariamente.
Estamos em luta pela defesa dos nossos direitos como trabalhadores/as e também pelo direito constitucional de todos/as a uma Educação Pública de qualidade.
Esperamos que este momento de luta sensibilize a todos/as em nossas comunidades escolares, pois nossa luta é para garantir as mínimas condições para prosseguir na construção de uma Educação Pública de qualidade.
FONTE: sinasefe
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