Henrique N'zita Tiago, que se encontra exilado em Portugal, disse que a luta da FLEC já não era mais viável e ofereceu-se para iniciar negociações com o governo angolano na capital portuguesa, Lisboa.
A FLEC tem lutado pela independência de Cabinda em relação a Angola há mais de 30 anos.
O grupo fez manchetes em todo o mundo em Janeiro, ao revindicar o ataque mortal contra a equipa de futebol do Togo durante o Campeonato Africano das Nações em Angola.
Por seu lado, o líder do grupo dissidente da FLEC Renovada, Alexandre Builo Tati, fez eco dos comentários de N'zita Tiago reiterando que a melhor solução era iniciar conversações com as autoridades em Luanda.
O governo angolano considera a FLEC uma organização terrorista e emitiu mandados de captura contra os seus líderes, alguns dos quais exilados em Paris.
Activistas
Diversos figuras proeminentes da sociedade de Cabinda, incluindo um professor universitário, um activista de direitos humanos e um padre, foram presos alegadamente por estarem envolvidos em actividades contra a segurança do Estado.
Esta tarde a BBC falou com o Secretario de Estado para os Direitos Humanos de Angola e antigo membro da FLEC , Bento Bembe a quem pediu uma reação a este anúncio de Nzita Tiago.
"Não se trata do início do diálogo nem do fim da luta armada, Cabinda é pacífica e é encarada no contexto de Angola."
Para o deputado de Cabinda do grupo parlamentar da Unita, Raul Danda, este anúncio é positivo porque, na sua opinião, o diálogo é a única solução para os problemas do povo cabindês mas minimizou o impacto das declarações do líder da FLEC.
FONTE: BBC/ÀFRICA
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