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quinta-feira, dezembro 18, 2014

COLÉGIO PELOTENSE: DEBATE PEDAGÓGICO NO “GATO PELADO”












POSSE SERÁ A 1º DE MARÇO MAS A NOVA EQUIPE COMEÇA A ESTRUTURAR A GESTÃO. O DIRETOR ARTHUR KATREIN AVALIA A MUDANÇA


A apuração foi até quase uma da madrugada de sexta-feira. No saguão do colégio, todos apreensivos. Na sala dos professores, onde ocorreu o escrutínio, apenas a comissão eleitoral e dois representantes de cada chapa. Pela chapa 2, Arthur e Marta. Fomos para a rua e aguardávamos por algum sinal na janela. Depois de bom tempo, o Arthur olhou pra nós, abriu o sorriso e fez sinal de positivo. Daí foi só aguardar que descessem, e comemoramos muito. Cantamos o hino do Pelotense e abrimos as champanhes, digo… as sidras. Relato do professor Anderson Ávila, eleito diretor do noturno, acerca da confirmação da vitória da chapa “Renovação” na eleição a 11 deste mês. Nos três turnos, votaram professores, funcionários, alunos e pais. Com a vitória da oposição, a partir de março uma nova equipe diretiva no “Gato Pelado”. Mas o trabalho já começou, e está em curso a transição. Nesta semana, reunião geral dos professores com a direção que estará à frente da escola nos próximos três anos. Ao DM, professor de história Arthur Katrein, eleito diretor geral, respondeu questões sobre a mudança sinalizada pela comunidade escolar.

DM – Quantas vezes  concorreste à direção?

R - A diretor geral foram três, mas antes havia concorrido a diretor do turno da noite.

DM -  Qual o significado da vitória?

R – O significado não é pessoal, mas é uma possibilidade do Colégio Pelotense retomar uma caminhada que o levou a ter a história que tem, marcada pela organização administrativa, compromisso pedagógico e consequentemente pelo sucesso dos estudantes gatos pelados.

DM – O processo eleitoral fortaleceu a convivência democrática?

R - Uma eleição escolar tem que ser marcada pela experiência democrática, mas nem sempre é assim. No Pelotense, embora tenha-se o clima da disputa eleitoral, as eleições que participei sempre foram marcadas pela convivência democrática.

DM – Em relação à chapa 1, como será a convivência na próxima gestão, o trabalho será coletivo?

R - Quem perdeu três vezes e sempre conviveu democraticamente com os colegas e, além disso, colocou o interesse da escola acima de tudo só pode acreditar que agora na situação oposta irá acontecer o mesmo.

DM  - Havia expectativa em relação ao resultado, como avalias a votação dos pais, segmento que desequilibrou na urna?

R – Embora tenhamos vencido nos dois segmentos, a votação dos pais e alunos desequilibrou pela grande diferença que estabeleceu entre as duas chapas. Na minha análise a opção dos pais pela chapa 2 está relacionada mais aos aspectos administrativos da escola do que aos pedagógicos. Portanto, me parece que eles têm uma expectativa de mudança na limpeza da escola, na segurança de seus filhos e, principalmente, na disciplina dos alunos, mesmo que se saiba que este último está fortemente relacionado ao pedagógico.

DM – A mudança sinalizou para alguma insatisfação? O que achas que favoreceu a vitória? Momento foi favorável, houve aposta numa nova perspectiva?

R – No geral, entendo que foi o desgaste que o tempo gerou no modo de gestão do grupo atual. Outro elemento foi a identificação das melhores possibilidades dos componentes da Chapa 2 e, por fim, o reconhecimento da minha luta em proporcionar ao Pelotense uma outra perspectiva de gestão. Neste caso, a minha trajetória como professor e colega contou muito, especialmente por uma reconhecida coerência entre o discurso e a prática.

DM -  A comunidade escolar será convidada a participar e construir nova perspectiva de escola, o que poderias revelar, quais instâncias e espaços já são pensados pela nova direção?

R – Só é admissível pensar uma escola coletivamente. A formação dos professores, a experiência dos funcionários e os desejos de pais e alunos proporcionam um ambiente formidável para a produção de ideias e decisões. Agora, é preciso organizar a escola para que estes três grupos participem. Tratando-se do imediato, é preciso retomar os encontros que possibilitem as decisões coletivas sobre os assuntos que afetam a escola, seja no administrativo ou no pedagógico, o que faremos numa relação direta da equipe diretiva como a comunidade.

DM – Para a comunidade escolar, o debate, campanha, diferentes propostas, enfim, qual aprendizado fica com a eleição para a equipe diretiva?

R – Que a convivência próxima a esta comunidade é a grande fonte de informações do que está acontecendo na escola e dos anseios da comunidade.

DM  - Teu agradecimento aos eleitores.

R - É sempre difícil assumir que se quer ‘renovação’, ou por insegurança com o novo ou mesmo comodidade. É sempre mais fácil deixar as coisas como estão. A nossa gratidão é com as pessoas que se dispuseram a sair da zona de conforto e deram uma chance ao Pelotense de repensar sua caminhada até aqui.

DM – Além do material divulgado na campanha, quais eixos e compromissos gostarias de ressaltar?

R - A reorganização administrativa e a retomada da discussão pedagógica como forma de qualificar o trabalho dos professores.

DM – Para a comunidade, o potencial do Pelotense, com história formidável, poderá ser reinventado a partir de 2015, proporcionando ambiente de aprendizado, pautado por mudanças, alegria de ensinar e estudar?

R – É para isto que nos candidatamos.

DM - Numa frase ou slogan, reflexão, como gostarias que fosse identificada a futura gestão?

R – Vem mostrar teu valor!





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