POSSE SERÁ A 1º DE MARÇO MAS A NOVA
EQUIPE COMEÇA A ESTRUTURAR A GESTÃO. O DIRETOR ARTHUR KATREIN AVALIA A MUDANÇA
A apuração foi até quase uma da
madrugada de sexta-feira. No saguão do colégio, todos apreensivos. Na sala dos
professores, onde ocorreu o escrutínio, apenas a comissão eleitoral e dois
representantes de cada chapa. Pela chapa 2, Arthur e Marta. Fomos para a rua e
aguardávamos por algum sinal na janela. Depois de bom tempo, o Arthur olhou pra
nós, abriu o sorriso e fez sinal de positivo. Daí foi só aguardar que
descessem, e comemoramos muito. Cantamos o hino do Pelotense e abrimos as
champanhes, digo… as sidras. Relato do professor Anderson Ávila, eleito diretor
do noturno, acerca da confirmação da vitória da chapa “Renovação” na eleição a
11 deste mês. Nos três turnos, votaram professores, funcionários, alunos e
pais. Com a vitória da oposição, a partir de março uma nova equipe diretiva no
“Gato Pelado”. Mas o trabalho já começou, e está em curso a transição. Nesta
semana, reunião geral dos professores com a direção que estará à frente da
escola nos próximos três anos. Ao DM, professor de história Arthur Katrein,
eleito diretor geral, respondeu questões sobre a mudança sinalizada pela
comunidade escolar.
DM – Quantas vezes concorreste à direção?
R - A diretor geral foram três, mas
antes havia concorrido a diretor do turno da noite.
DM -
Qual o significado da vitória?
R – O significado não é pessoal, mas
é uma possibilidade do Colégio Pelotense retomar uma caminhada que o levou a
ter a história que tem, marcada pela organização administrativa, compromisso
pedagógico e consequentemente pelo sucesso dos estudantes gatos pelados.
DM – O processo eleitoral fortaleceu
a convivência democrática?
R - Uma eleição escolar tem que ser
marcada pela experiência democrática, mas nem sempre é assim. No Pelotense,
embora tenha-se o clima da disputa eleitoral, as eleições que participei sempre
foram marcadas pela convivência democrática.
DM – Em relação à chapa 1, como será
a convivência na próxima gestão, o trabalho será coletivo?
R - Quem perdeu três vezes e sempre
conviveu democraticamente com os colegas e, além disso, colocou o interesse da
escola acima de tudo só pode acreditar que agora na situação oposta irá
acontecer o mesmo.
DM
- Havia expectativa em relação ao resultado, como avalias a votação dos
pais, segmento que desequilibrou na urna?
R – Embora tenhamos vencido nos dois
segmentos, a votação dos pais e alunos desequilibrou pela grande diferença que
estabeleceu entre as duas chapas. Na minha análise a opção dos pais pela chapa
2 está relacionada mais aos aspectos administrativos da escola do que aos
pedagógicos. Portanto, me parece que eles têm uma expectativa de mudança na
limpeza da escola, na segurança de seus filhos e, principalmente, na disciplina
dos alunos, mesmo que se saiba que este último está fortemente relacionado ao
pedagógico.
DM – A mudança sinalizou para alguma
insatisfação? O que achas que favoreceu a vitória? Momento foi favorável, houve
aposta numa nova perspectiva?
R – No geral, entendo que foi o
desgaste que o tempo gerou no modo de gestão do grupo atual. Outro elemento foi
a identificação das melhores possibilidades dos componentes da Chapa 2 e, por
fim, o reconhecimento da minha luta em proporcionar ao Pelotense uma outra
perspectiva de gestão. Neste caso, a minha trajetória como professor e colega
contou muito, especialmente por uma reconhecida coerência entre o discurso e a
prática.
DM -
A comunidade escolar será convidada a participar e construir nova
perspectiva de escola, o que poderias revelar, quais instâncias e espaços já
são pensados pela nova direção?
R – Só é admissível pensar uma
escola coletivamente. A formação dos professores, a experiência dos
funcionários e os desejos de pais e alunos proporcionam um ambiente formidável
para a produção de ideias e decisões. Agora, é preciso organizar a escola para
que estes três grupos participem. Tratando-se do imediato, é preciso retomar os
encontros que possibilitem as decisões coletivas sobre os assuntos que afetam a
escola, seja no administrativo ou no pedagógico, o que faremos numa relação
direta da equipe diretiva como a comunidade.
DM – Para a comunidade escolar, o
debate, campanha, diferentes propostas, enfim, qual aprendizado fica com a
eleição para a equipe diretiva?
R – Que a convivência próxima a esta
comunidade é a grande fonte de informações do que está acontecendo na escola e
dos anseios da comunidade.
DM
- Teu agradecimento aos eleitores.
R - É sempre difícil assumir que se
quer ‘renovação’, ou por insegurança com o novo ou mesmo comodidade. É sempre
mais fácil deixar as coisas como estão. A nossa gratidão é com as pessoas que
se dispuseram a sair da zona de conforto e deram uma chance ao Pelotense de
repensar sua caminhada até aqui.
DM – Além do material divulgado na
campanha, quais eixos e compromissos gostarias de ressaltar?
R - A reorganização administrativa e
a retomada da discussão pedagógica como forma de qualificar o trabalho dos
professores.
DM – Para a comunidade, o potencial
do Pelotense, com história formidável, poderá ser reinventado a partir de 2015,
proporcionando ambiente de aprendizado, pautado por mudanças, alegria de
ensinar e estudar?
R – É para isto que nos
candidatamos.
DM - Numa frase ou slogan, reflexão,
como gostarias que fosse identificada a futura gestão?
R – Vem mostrar teu valor!
Fonte:Carlos Cogoy http://diariodamanhapelotas.com.br/site/colegio-pelotense-debate-pedagogico-no-gato-pelado/
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