O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que não apelará a sua relação com seu colega do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para tentar impedir que a pena de apedrejamento ditada contra uma mulher iraniana acusada de adultério seja cumprida.
Questionado sobre uma campanha que começou na rede social Twitter, que pede que o governante interceda pela mulher, Lula respondeu que "um presidente não pode estar na internet atendendo todos os pedidos que chegam de outro país".
Também ressaltou que é preciso "ter cuidado, porque as pessoas têm leis, têm regras" e um líder não pode interferir nelas, sobretudo quando são de outro país.
"Pessoalmente, não acho que uma mulher tenha que ser apedrejada por adultério", disse Lula, embora tenha deixado claro que não pretende usar sua relação com Ahmadinejad para mediar pela iraniana Sakine Mohammadi Ashtiani.
A mulher foi considerada culpada de ter "relações ilícitas" com dois homens em 2006 e desde então permaneceu na prisão, o que deu lugar a várias campanhas internacionais em favor de sua libertação e da anulação da condenação de apedrejamento.
Lula lembrou que, em maio, interveio perante Ahmadinejad para pedir a libertação de uma cidadã francesa detida no Irã por participar de manifestações contra o Governo, mas esclareceu que fez isso a pedido do presidente francês, Nicolas Sarkozy.
FONTE: EFE
Um comentário:
não entendo como um presidente que pactua com irã pela paz ,não tem interesse de defender uma simples mulher , isso é inaceitavél vindo de um presidente que diz querer paz no oriente.
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