Em novo protesto para pedir a renúncia da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), a quem acusam de corrupção, estudantes percorreram na quinta-feira (26) ruas do centro de Porto Alegre e fizeram um comício em frente ao Palácio Piratini (sede do governo), onde queimaram um boneco que representava a tucana.
O protesto faz parte da campanha "A volta dos Caras-Pintadas - Ella não pode continuar", deflagrada por diretórios de estudantes das universidades e por grêmios estudantis, e reuniu entre mil e 1.500 manifestantes, conforme os organizadores e a Brigada Militar. Na quarta-feira (25), manifestações anti-Yeda ocorreram em Pelotas e Santa Maria.
No meio do protesto, havia bandeiras e cartazes do PSOL, PDT e PT, legendas oposicionistas. A deputada federal Luciana Genro (PSOL-RS) também esteve no protesto. Os organizadores, entretanto, negaram o caráter partidário da ação.
"Há estudantes que são militantes de partidos, mas o movimento estudantil é autônomo", disse o estudante de jornalismo Rodolfo Mohr, coordenador do DCE da UFRGS (Universidade Federal do RS) e filiado ao PSOL. "Aqui os escândalos de corrupção estão brotando como água nos Lençóis Maranhenses. É só cavar um pouco na superfície que aparece", ironizou.
Na avenida Salgado Filho, uma das principais do centro, os estudantes com a cara pintada de amarelo, verde e vermelho (cores da bandeira do Rio Grande do Sul) cantaram "Parabéns" para Porto Alegre, que ontem completou 237 anos. Algumas pessoas que passavam pelo local aplaudiram.
No encerramento do ato público, o boneco que representava Yeda foi queimado no asfalto, próximo à entrada principal do Piratini. Policiais apagaram o fogo com um extintor trazido às pressas do interior do palácio. Os estudantes terminaram o protesto cantando o hino gaúcho por volta das 11h30.
Procurado o governo preferiu não comentar "os atos de hostilidade".
Procurado o governo preferiu não comentar "os atos de hostilidade".
AGÊNCIA FOLHA
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