Até outubro de 2010, a repressão continua na ilha com a prorrogação da permanência da Minustah
A Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) ocupará a ilha por mais um ano. Comandada pelo Brasil, as tropas estão instaladas no país desde 2004 com a desculpa de que aquela são uma missão de paz, porém a realidade é outra.
Apesar de toda a violência cometida, a Organização das Nações Unidas (ONU) alega que o país ainda encontra-se fragilizado e a continuidade das tropas é fundamental para a sua estabilidade. O argumento é de que apesar dos “progressos” o país ainda representa uma ameaça “à paz e à seguridade internacionais”.
Um dos países mais pobres do mundo tem em sua paisagem tanques de guerra, soldados armados, no qual a fome e a pobreza predominam. Será que o povo haitiano precisa de soldados ou comida?
O Brasil gasta com soldados cerca de R$ 577 milhões para ameaçar, reprimir e molestar o povo do Haiti, e a estimativa para este ano é que sejam gastos mais R$ 128,4 milhões. Esse dinheiro poderia, ou melhor, deveria ser revertido para alimentação, moradia, saneamento básico e educação. É disso que o povo haitiano precisa.
Além da renovação da permanência das tropas em 2010, se mostra nítida nas intenções da ONU uma nova renovação no dia 15 de outubro de 2010 - para 2011.
Para a Conlutas, essa ocupação é encabeçada pelo imperialismo americano e tem o intuito de explorar e escravizar a mão–de-obra barata local.
A Conlutas repudia a continuidade das tropas no Haiti, e continuará com a campanha por "Fora as tropas do Haiti". É necessário defender a soberania do povo haitiano e de seu país, cuja história é marcada por vitórias e lutas pela liberdade. O Haiti tem o direito de caminhar com suas próprias pernas, e quem deve decidir o destino de seu povo não é a ONU.
Conlutas
Conlutas
Nenhum comentário:
Postar um comentário