Valoriza herói, todo sangue derramado afrotupy!

segunda-feira, novembro 12, 2012

14 de Novembro - Greve Geral: unir os trabalhadores europeus



Abaixo os planos de cortes sociais da UE!
Não ao saque dos trabalhadores e do povo!
Fora a troika e seus governos!
Esta dívida não é nossa!

No dia 14 de Novembro os trabalhadores de Portugal, Grécia, Itália e do Estado Espanhol estarão, pela primeira vez na história, a participar de uma greve geral que envolverá vários países europeus. A unidade na luta e nas reivindicações dos trabalhadores europeus é uma necessidade imperiosa.
Quando a União Europeia e cada um dos governos atuam com as mesmas medidas e com um plano internacional ditado pelas necessidades dos bancos, a unidade internacional da luta dos trabalhadores se faz mais que necessária para derrotá-los.
Em todos os países os planos de ajuste deixam um saldo claro: a dívida pública aumenta, o défice não diminui, o desemprego dispara e a crise continua a aprofundar-se. Mas a política dos governos permanece a mesma: fazer com que os trabalhadores paguem a crise com cortes no orçamento e nos salários.
Esta greve ocorrerá quando os parlamentos de Portugal, Espanha e Grécia estarão ou acabam de aprovar orçamentos para o ano de 2013 que aprofundam de forma vergonhosa as exigências da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI, a chamada troika: mais cortes na Segurança Social, na educação, nas prestações sociais, nos investimentos.... Na Grécia, além de um novo e brutal corte de 13 mil milhões de euros no orçamento, a troika exige uma nova reforma laboral que diminua os custos dos despedimentos. Na Itália, os cortes no Orçamento também são acompanhados por reformas que retiram conquistas históricas dos trabalhadores.
Todos os governos anunciam... mais do mesmo! É o aprofundamento da catástrofe social e económica resultado de uma política ao serviço dos banqueiros. E a continuidade da rapina de nossos países para encher os bolsos dos bancos e fundos de investimento da Alemanha, França e Estados Unidos.
O Movimento Alternativa Socialista em Portugal, Corriente Roja no Estado Espanhol e o Partito di Alternativa Comunista, na Itália, secções da Liga Internacional dos Trabalhadores (LIT-QI), estarão na linha de frente na preparação da greve, ombro a ombro com os ativistas do movimento sindical e da juventude.
Ao mesmo tempo que alertamos todos os ativistas que devemos preparar a greve pela base e votar nas assembleias e organismos os objetivos precisos de nossa luta bem como a continuidade da mobilização à escala internacional.
As mobilizações massivas de 15 de setembro em Portugal contra as medidas do governo de Passos Coelho deram-se apesar da CGTP. No Estado Espanhol, as manifestações de milhares em 19 de julho, a greve geral no País Basco em 26 de setembro, o dia 25 de setembro, quando o Congresso foi cercado e as inúmeras mobilizações e greves reclamaram sistematicamente por esta convocação. Só a negativa da burocracia sindical da CES – Central Europeia de Sindicatos - adiou esta necessidade imperiosa e, no caso de Itália, convocam uma greve somente de 4 horas.
A unidade da classe trabalhadora em luta é a arma para derrotar a política da UE e dos governos dos banqueiros, mas para isso a jornada internacional de greves e mobilizações de 14 de novembro não pode parar aí. A votação dos orçamentos da troika na Grécia, em Portugal e no Estado Espanhol exige a continuidade da luta para impedir que os cortes nos salários, na saúde, na educação e nas prestações sociais, previstos nesses orçamentos, sejam aplicados.
Precisamos ter objetivos claros para a Greve Geral e um programa
A greve precisa ser o primeiro passo de um plano de lutas que tenha continuidade até derrotar os planos de austeridade da troika. As manifestações massivas ocorridas durante o mês de setembro disseram em uníssono “Basta!”. E, pela primeira vez no decorrer desta crise, obrigaram um governo, o de Portugal, a recuar na medida que transferia dinheiro da Segurança Social directamente para os banqueiros e grandes empresas (Taxa Social Única): uma importante vitória da mobilização contra um governo ao serviço dos banqueiros.
Por isso, nas assembleias, nas manifestações e coordenações de luta, devemos defender que a greve não seja um mero protesto. Deve ser bem mais que isso, uma arma poderosa nas mãos dos trabalhadores e dos povos. Desde os locais de trabalho, estudo e dos bairros, devemos organizar uma forte greve geral a 14 de novembro. Ao mesmo tempo que exigimos que a unidade dos trabalhadores portugueses, gregos, italianos e do Estado Espanhol seja mantida depois de 14N, defendemos a realização de um encontro internacional que defina os próximos passos da luta para revogar os cortes e todas as medidas que atacam os direitos dos trabalhadores.
Pela base, nas assembleias e mobilizações devemos exigir uma pauta mínima de reivindicações:
- Fim dos cortes e revogação das reformas trabalhistas e da Segurança Social.
- Contra o pagamento da dívida aos banqueiros e auditoria pública da dívida.

Cortar sim, mas com a austeridade! É necessário um plano de resgate dos trabalhadores
Vivendo do sangue e suor de milhões de trabalhadores, os banqueiros alimentam as suas fortunas à custa dos salários e do orçamento público. E se todos os trabalhadores sabem que são governados por verdadeiros criminosos, também devem saber que é criminosa a dívida que alimenta o lucro de bancos falidos enquanto milhões de trabalhadores são lançados ao desemprego.
A luta contra o pagamento desta dívida que não é nossa e a revogação de todas as leis que retiraram conquistas históricas dos trabalhadores são as medidas fundamentais de resgate dos trabalhadores e dos povos.
Por isso, o “Basta!” que se ouve nas ruas contra os cortes deve agora se estender aos governos dos banqueiros e da troika! Fora os governos que resgatam os banqueiros!
Um ínfimo punhado de capitalistas e banqueiros, menos de 1% da população, está a governar contra a maioria, espoliando os trabalhadores e o povo, provocando um empobrecimento catastrófico em benefício dos seus lucros astronómicos.Para aplicar um plano de resgate dos trabalhadores precisamos da unidade dos trabalhadores e dos povos da Europa dizendo “Não” à União europeia do capital, em defesa de uma Europa socialista dos trabalhadores e dos povos.
É hora de construir organizações que defendam sem vacilar que a crise deve ser paga pelos capitalistas e que os trabalhadores europeus devem unir-se numa luta contra a Europa do capital.
As secções da LIT-QI estão empenhadas neste projeto.
Viva a luta internacional dos trabalhadores!
 Movimento Alternativa Socialista (MAS, Portugal)

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