No ano passado, houve 554 paralisações, contra 446 em 2010
Em 2011, houve 554 greves no país contra 446 em 2010, aumentando em 24% o número de paralisações, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). É o maior número de greves verificado desde 1997, ano em que foram registradas 631 mobilizações.
De acordo com a instituição, os resultados dos dois últimos anos confirmam a tendência de aumento do número de greves a partir de 2002 – ano que estabeleceu, com os 298 movimentos registrados, a marca mais baixa da primeira década dos anos 2000.Os dados foram extraídos do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAG) e obtidas por meio de notícias veiculadas em jornais impressos ou eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical. O sistema reúne informações das greves de trabalhadores realizadas no Brasil desde 1978 e conta, atualmente, com mais de 27 mil registros.
As informações dos dois anos analisados mostram a predominância de mobilizações na esfera pública, frente à privada, uma vez que em 2010 foram encontrados registros de 269 greves no setor público e 176 no privado e em 2011 os números para cada uma dessas esferas corresponderam a 325 e 227. As paralisações dos trabalhadores da esfera pública, mesmo com pequena queda na participação, continuam prevalecendo e representam cerca de 60% do total anual de greves.
Nesse período, a maior parte das greves na esfera privada ocorreu entre os trabalhadores da indústria. Em 2010, 97 mobilizações foram realizadas por empregados da indústria, e em 2011, o número cresceu para 131. Nos Serviços também foi registrado um número significativo de greves — 77 em 2010 e 91 em 2011.
FONTE: GLOBO.COM
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