EDITORIAL
Após
a realização, em 2012, da maior greve no serviço público federal do período
Lula/Dilma estamos presenciando um processo de articulação do governo federal
para regulamentar o direito de greve dos servidores públicos com a clara
intenção de restringir a autonomia sindical e o próprio direito de greve.
Outro
movimento que vem se efetivando na atual conjuntura é a aprovação de uma lei
que estabelece o Acordo Coletivo Especial (ACE) e que representa na prática um
ataque à legislação trabalhista na medida que este projeto recupera um antigo
desejo do empresariado brasileiro para que prevaleça o negociado sobre o
legislado. Uma vez aprovada esta proposta as negociações individuais, empresa
por empresa, passam a valer mais que o previsto em lei, ou seja, os acordos coletivos
poderão desrespeitar as leis trabalhistas. Pense o que representa esta proposta
num contexto de um sindicalismo corrupto e pelego, que infelizmente ainda é
uma realidade majoritária no Brasil.
Não
bastasse estes dois movimentos, fica comprovado, através do processo de
julgamento da Ação Penal 470 (mensalão) que no período da reforma da
previdência do servidor público em 2003, tivemos uma votação marcada pela
compra comprovada de votos da base aliada do governo Lula. Dentre os itens
aprovados nesta reforma consta a contribuição dos inativos que criou “uma nova
contribuição sem nenhuma contrapartida, já que os aposentados e pensionistas já
haviam contribuído para fazer jus ao beneficio de aposentadoria ou pensão”.
Frente
a estes fatos o Fórum das entidades nacionais dos servidores públicos federais
reuniu-se no dia 7 de novembro, quando da realização do Seminário sobre
negociação coletiva e direito de greve em Brasilia, e aprovou incorporar-se ao
ATO POLÍTICO NACIONAL no dia 28/11, em frente ao Senado Federal, contra o
projeto de lei que estabelece o Acordo Coletivo Especial (ACE) e pela campanha
nacional em favor da revogação da reforma da previdência de 2003.
Convocamos
todas as Seções Sindicais a desenvolverem nos seus estados e municípios
atividades conjuntas com outras entidades sindicais atos/debates sobre estes
temas.
DIREITOS
NÃO SE NEGOCIAM
Não
ao Acordo Coletivo Especial e pela Revogação da Reforma da Previdência do Lula.
FONTE: Boletim Sinasefe de novembro 2012
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