Especializada em público juvenil, a agência de marketing Namosca realizou levantamento para tentar descobrir o que pensa, sente, deseja o universitário --e aqui estamos falando de USP, PUC, Mackenzie, FGV, Anhembi Morumbi, Unifesp e Ibmec, entre outras.
Uma das possibilidades para a sinceridade da resposta é que o levantamento envolve entrevistadores que são universitários. A íntegra da pesquisa abrange do uso da internet até a moda.
A maconha é apenas um detalhe de uma tendência que merece atenção: o imediatismo. Os responsáveis pela pesquisa mostraram que existe um culto exacerbado do prazer imediato, em meio à pressa do tempo real.
Isso significa uma dificuldade não só de criar mas até mesmo de pensar em projetos de futuro, o que torna mais difícil postergar o prazer.
Daí que, para a maioria dos entrevistados, o que motiva mesmo no ambiente universitário não são as aulas, mas as baladas.
Será que se está criando uma geração de adultos com dificuldades de lidar com a frustração e terão dificuldade de executar um projeto profissional consistente? Esse é hoje um dos grandes temores dos educadores. Ou será que apenas mudou a definição de adolescência, que, agora, passou a ir além dos 30 anos de idade?
Basta ver o número de jovens dessa idade que ainda moram com os pais para suspeitar de que essa é mais uma mudança na paisagem humana.
Folha Online
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