Nesta segunda-feira, os professores iniciam uma
“Semana de Luto e de Luta” em defesa da
profissão de professor e da Escola Pública.
O protesto é contra os cortes orçamentais,
os docentes em mobilidade especial,
os mega-agrupamentos e outros temas que a
Fenprof exige discutir com o ministro da Educação.
A semana de luta, que é promovida pela Fenprof e terá lugar entre 18 e 22 de fevereiro, envolve a colocação de cartazes e faixas negras, a utilização de um auto-colante, a distribuição de um texto aos pais sobre a situação na Educação, ações nas escolas e a aprovação de posição por escola a enviar ao ministério da Educação (MEC).
Em declarações à Lusa, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, disse que a federação sindical continua a espera de uma reunião com o ministro da Educação, Nuno Crato, para debater os problemas dos professores e da Escola Pública.
Segundo a agência, Mário Nogueira refere várias preocupações que afetam os docentes neste momento, para as quais querem alertar toda a sociedade, dando destaque aos cortes orçamentais – não só aos que se concretizaram ao longo dos últimos anos no Orçamento do Estado, mas também aos já anunciados, no âmbito do corte de quatro mil milhões de euros nas funções sociais do Estado.
O secretário-geral da Fenprof critica: “Ouvimos agora dizer que o Governo estaria a pensar em pedir à 'troika' um adiamento de um ano para o corte de quatro mil milhões de euros, mas também todos percebemos, ao ouvir isso, que o Governo não pretende dizer à 'troika' que não quer fazer esse corte. O problema aqui é mais prolongar a agonia e não tanto evitar a morte de um sistema que já hoje está extremamente fragilizado”.
Mário Nogueira salienta que os problemas estão longe de se esgotar nos cortes orçamentais. Há também o “empobrecimento dos currículos escolares”, os “mega, cada vez maiores, agrupamentos”, as “linhas de privatização”, com a transferência das escolas para a alçada dos municípios, também eles em dificuldade financeira, e a inclusão de docentes no regime de mobilidade especial, “uma antecâmara do desemprego”.
O secretário-geral da Fenprof frisa: “É preciso parar, é preciso dizer que basta. Na sequência da última grande manifestação de professores, finalmente o ministro veio falar, num primeiro momento, para dizer que não ia haver despedimentos e, num segundo momento, para dizer que não ia aumentar o horário de trabalho para as 40 horas. Isso significa que a ação, a luta dos professores pressiona e leva a que o Governo tenha também de repensar algumas das medidas. É o momento oportuno e adequado para que os professores continuem a dar visibilidade ao seu protesto”.
FONTE: ESQUERDA NET
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