Incentivado pela simpatia de aposentados e integrantes de entidades de negros, o senador Paulo Paim (PT) deu impulso a um movimento nacional para tentar viabilizar a sua candidatura à sucessão presidencial em 2010. Conforme apoiadores, o petista comprou a ideia de uma campanha em favor de seu nome. Segundo interlocutores, Paim teria dito que está "à disposição" e que ser lembrado para suceder ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva "é uma honra":Desde o final de dezembro, ganhou força a estratégia. O objetivo é formar uma rede de simpatizantes em todos os Estados e na internet para que o nome de Paim seja escolhido sem necessidade de prévia no PT. Nesse caso, o senador gaúcho teria de enfrentar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem afirmado que ela é sua preferida para a disputa e já prepara a campanha eleitoral. Dirigentes do PT, que resistiram em um primeiro momento, já aceitam pacificamente a ministra como candidata.– Paim quer que a gente faça sua campanha e se colocou à disposição. Combinamos com o senador que o movimento será de fora para dentro (do partido) para que isso seja um elemento definidor (da candidatura) – afirmou Gilberto da Silveira, responsável pela articulação política do Movimento de Consciência Negra Palmares.Na quarta-feira, militantes começaram a recolher 2,5 milhões de assinaturas para um manifesto favorável à candidatura de Paim. O documento será apresentado à cupula do PT. No Orkut, há pelo menos quatro comunidades, uma se dizendo oficial, lançando o nome do senador à Presidência. Há vídeos no site Youtube defendendo a viabilidade do petista. Apoiadores admitem que se inspiraram na campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.Nos planos, constam também a criação de um site oficial e de um comitê que buscará apoios na próxima semana. Em evento em São Paulo, Paim foi lançado por aposentados em Santos.
Carros já circulam com adesivos de campanha
Pelas ruas da Capital, é possível visualizar adesivos em carros com os dizeres "Com Obama, a mudança. Com Paim, a esperança".– A posição do Paim é muito nítida. É um político e está disponível. Temos o consentimento dele para articular sem confrontos – relatou Ivan Braz, um dos coordenadores da entidade do movimento negro Angola Janga.A iniciativa também foi disseminada no Fórum Social Mundial. Integrantes de sindicatos, do movimento negro e de aposentados devem formalizar um documento a ser levado para Paim assinar, em Brasília. No texto, haverá um pedido para que o senador coloque o seu nome à disposição. A orientação é para não haver constrangimento porque o petista tem defendido a candidatura de Dilma em entrevistas.
ZH
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