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quinta-feira, junho 28, 2012

Milhares de estudantes tomam as ruas de Santiago contra lucro ilegal de universidades

Movimentos estudantis estimam que cerca de 150 mil pessoas compareceram ao protesto na capital chilena

Milhares de estudantes secundaristas e universitários saíram às ruas de Santiago, capital do Chile, nesta quinta-feira (28/06) em uma das maiores manifestações deste ano no país. O objetivo era protestar contra instituições de ensino que obtém ilegalmente lucro com a educação.
Agência Efe
A manifestação foi motivada pela denúncia de uma comissão de educação superior da Câmara dos Deputados, que acusou sete centros privados de descumprirem uma lei que os obriga a serem instituições sem fins lucrativos.

"Viemos dizer mais uma vez que a educação não é um bem de consumo, a educação é um direito. E para que isto seja assim necessitamos de um Estado que assegure uma regulação adequada do setor privado e que permita o fortalecimento do setor público", disse Noam Titelman, presidente da Feuc (Federação de Estudantes da Universidade Católica).
Os jovens partiram da praça Itália, ponto central da capital, e percorreram dois quilômetros pela Alameda, a principal avenida da cidade, passando em frente ao Palácio de la Moneda, sede do governo. Foi a primeira passeata do ano na qual os estudantes foram autorizados a transitar pela Alameda, uma avenida ocupada por diversas vezes em 2011, quando eclodiu o movimento estudantil.
As lideranças estudantis estimaram um total de 150 mil manifestantes no protesto desta terça-feira. A mobilização faz parte da greve nacional convocada pelos estudantes, que pode se tornar na maior paralisação deste ano.
A manifestação foi convocada pela Confech (Confederação de Estudantes do Chile). O presidente do movimento estudantil, Gabriel Boric, afirmou que "o governo tem motivos para estar preocupado, pois o Chile tem um ministro que se curva aos empresários, queremos dizer-lhes que, enquanto isto continuar, não os deixaremos tranquilos. Passamos de uma ditadura militar para uma ditadura de mercado”.
Os jovens desafiaram o frio e chuva fina que caía sobre o centro da capital para marchar com cartazes e palavras de ordem, num ambiente festivo que só foi alterado quando um grupo minoritário provocou desordens durante o percurso. Titelman comemorou a presença massiva de manifestantes e lamentou os incidentes que marcaram a passagem dos estudantes: "Estamos muito contentes com o nível de comparecimento, ainda que lamentamos muito os incidentes que ocorreram”.
*Com informações de agências internacionais
FONTE: OPERA MUNDI

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