Atividades
de mobilização e paralisação deverão marcar o mês de abril nas Instituições
Federais de Ensino Superior (Ifes). Esta é uma das deliberações tiradas na
reunião do Setor das Ifes, realizada nos últimos dias 29 e 30.
Os 67 presentes (sendo sete diretores e 60 representantes de 36 seções
sindicais das Ifes) decidiram por realizar ações nos dias 13, 19 e 25, quando
acontecem as reuniões do Grupo de Trabalho constituído no ano passado, fruto do
acordo emergencial firmado entre o ANDES-SN e o governo, para tratar da
reestruturação da carreira do professor federal.
Além disso, foi chamada nova rodada de assembleias gerais entre os dias 9 e 20
de abril, para preparar as ações e pautar a discussão sobre indicativo de greve
nacional dos docentes das Ifes, tendo como referência a pauta de reivindicações
aprovada 31º Congresso do ANDES-SN - já protocolada junto ao governo -
centrando na reestruturação da carreira.
Na avaliação dos coordenadores do Setor das Ifes, a dureza do governo voltou a
se expressar até com mais vigor na conjuntura de 2012, sendo necessário
fortalecer a unidade na defesa do projeto de carreira docente apresentado
ANDES-SN.
A proposta do setor é que os professores realizem no dia 13, atividades nas
universidades e dialoguem com a comunidade interna e externa, explicando a luta
dos docentes. Já nos dias 19 e 25, devem ocorrer paralisações em todas as Ifes
– a primeira em defesa da pauta específica dos docentes e a segunda,
previamente convocada pelo Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos
Federais, em defesa da pauta unificada dos SPF. Neste dia, as demais categorias
dos servidores também deverão suspender as atividades em todo o país.
Uma nova reunião do setor foi agendada para os dias 21 e 22 de abril para
avaliar a mobilização da categoria e as deliberações das assembléias de base.
Mudança no padrão
A reunião entre o ANDES-SN, Ministério do Planejamento (MP) e demais entidades
do setor da educação realizada na quinta-feira (28) foi marcada pela tentativa
de inversão de padrão, por parte do governo, na forma de tratar a
reestruturação da carreira do professor federal.
Causando indignação aos representantes das entidades, a equipe da Secretaria de
Relações de Trabalho do MP iniciou a reunião sem ter o que dizer e não
apresentou uma proposta de retomada das negociações em torno da carreira, iniciadas
no ano passado e interrompidas pela incapacidade do governo em solucionar com
agilidade a vacância decorrente da morte de do então chefe da SRT/MP, Duvanier
Paiva.
“Esperávamos que o secretário assumisse a responsabilidade em dizer se a
negociação seria retomada, uma vez que foi o governo que interrompeu o
processo”, disse Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN, durante a reunião.
FONTE: ANDES SN
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