O Governo Federal vai gastar R$ 31,6 milhões para ajudar a Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) e suas emissoras de TV parceiras nas transmissões das partidas de futebol durante a Copa das Confederações, que começa no dia 15 de junho. O Ministério das Comunicações contratou a Telebrás no início do mês pelo valor com a missão de ajudar com toda a rede de telecomunicações sem fio e fixa que serão utilizadas.
Estão incluídos os "links" de satélite, todos os equipamentos de rede (incluindo equipamentos terminais), todos os codecs e todas as comunicações de telefone, dados, áudio e vídeo, nacionais e internacionais, necessários para as competições e para os seus eventos auxiliares. O governo assumiu o custo de montar a estrutura de telecomunicações e pagar a conta de sua operação em 2007, quando se comprometeu com a Fifa a arcar com a infraestrutura necessária para o Mundial deste ano e o de 2014 em diversas áreas.
Apesar disso, a pasta das Comunicações afirma não ter ficado claro na "Garantia nº 11 – Telecomunicações e Tecnologia da Informação", que assinou na ocasião no Caderno de Encargos (documento com as garantias do governo brasileiro em atender diversas exigências da Fifa para realizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil), que o custo das operações nas transmissões de TV estava deste pacote, e aceitou arcar com parte do custo.
A responsável pela transmissão de TV é a HBS, produtora parceira da Fifa que fará a captação das imagens oficiais e geração do sinal de TV. É este sinal que será utilizado pelas emissoras de TV que compraram os direitos de transmissão dos jogos da competição para a Fifa. No Brasil, a TV Globo é a parceira oficial da entidade máxima do futebol. Além da transmissão oficial da HBS, a emissora deve ter câmeras exclusivas próprias dentro dos estádios durante as partidas.
Durante a Copa de 2014, a Globo também será responsável junto com a Fifa pelas "Fan Fests", eventos públicos durante a Copa onde os torcedores encontraram telões com a transmissão dos jogos, shows, praça de alimentação e bebida entre outras atrações. Assim, o governo brasileiro ajuda a custear as transmissões de TV, um negócio milionário do qual o lucro proveniente ficará inteiro com a Fifa, a HBS e as emissoras de TV que vão retransmitir o sinal mundo afora.
Acordo
"A necessidade de estruturação desses detalhes levou o Governo e a FIFA a iniciarem discussões sobre os pontos de divergências de entendimento acerca do escopo da Garantia nº 11", dia a nota enviada pelo governo do UOL Esporte.
"Finalmente, após longo período de debates e negociações, os pontos de controvérsia sobre a Garantia nº 11 entre o Ministério das Comunicações e a FIFA foram pacificados. Os resultados foram contemplados em Memorando de Entendimento (MoU) firmado entre o Ministério e a FIFA, em 9 de janeiro de 2013, que estabelece as responsabilidades e encargos operacionais para ambas as partes", diz o Ministério das Comunicações.
De acordo com o governo, o contrato do ministério com a Telebrás (empresa de capita msito vinculada à pasta das Comunicações) inclui a transmissão dos dados dos estádios e locais relacionados para o centro de transmissão, em Belo Horizonte, e garantir o link com os satélites. Todo o tratamento técnico das imagens, como agregação, codificação, decodificação e distribuição posterior seria responsabilidade da Fifa.
Apesar de ter sido fixado em R$ 31 milhões, o governo afirma que o custo desta operação deve diminuir já que a Telebrás abriu uma subsidiária, a Telebrás Copa, que conta com as isenções fiscais concedidas pelo próprio governo federal à Fifa e suas parceiras na realização dos mundiais de futebol.
Mais ajuda
Em fevereiro, o UOL Esporte noticiou que o Ministério do Esporte anunciou investimento previsto de R$ 10,2 milhões para contratar uma empresa ou consórcio que forneça geradores de energia para a transmissão do sinal de TV dos estádios durante o evento.
Após as cidades-sede da Copa de 2014 reclamarem dos custos excessivos das estruturas temporárias exigidas pela Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado), o governo federal resolveu assumir mais esta parte da despesa. Pouco tempo depois, porém, cancelou a verba para os geradores e afirmou que este dinheiro seria anunciado posteriormente, vindo de outra fonte.
(Colaborou Ricardo Perrone, do UOL em São Paulo)
FONTE: UOL
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