Esse foi o alerta
dado pela auditora fiscal do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucieni
Pereira, no Seminário sobre a Fundação de Previdência Complementar do Servidor
Público Federal (Funpresp), dia 8, no auditório do Quinhentão, Centro de
Ciências da Saúde da Cidade Universitária da Ilha do Fundão, UFRJ. “A
Previdência Complementar afetará diretamente nosso bolso. Aqueles que são
servidores, aqueles que vierem a ser, e os aposentados. Todos serão afetados”,
afirmou.
Luciene, que é
presidente da ANTC (Associação Nacional de Técnicos de Controle Externo do
TCU), foi a palestrante convidada para esse evento que integra a programação da
Plenária Nacional da Fasubra. A especialista fez uma apresentação minuciosa
sobre a Funpresp e suas implicações para os servidores para mostrar os riscos
que a categoria corre, inclusive comparando o novo modelo brasileiro que é
inexistente em outros países. Com esse novo modelo de Previdência os servidores
que ganharem acima do teto da Previdência (R$4.159) estarão submetidos ao
regime do Funpresp.
A auditora explicou
aos participantes, a maioria vinda de outros estados para a plenária, que a
Previdência Complementar faz parte do pacote de reforma administrativa para a
administração pública desenhado em 2007 no Ministério do Planejamento. Na
avaliação de Luciene, as consequências da Previdência Complementar num futuro
próximo serão motivo para o governo legitimar mudanças que cortarão de vez os
direitos dos servidores públicos.
Luciene também
milita junto com as entidades de servidores, entre elas Fasubra e Andes, contra
as investidas do governo ao serviço público e aos direitos dos servidores e tem
tido importante papel na luta pela preservação da autonomia das universidades
ameaçada pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Para Luciene, o
modelo da Ebserh nada mais é do que o da Fundação Estatal de Direito Privado.
Segundo ela, como a resistência à Ebserh é grande o governo está investindo na
Fundação Estatal. “Eu diria que esse modelo de Ebserh é Fundação Estatal. É a
mesma coisa. Não é por acaso que o governo está dando “Red Bull” à Fundação
Estatal. O governo está vendo que vai perder essa parada”.
Luciene também
passou um vídeo realizado pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo
Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) para mostrar diversas
ações, avaliações e manifestações realizadas contra a Ebserh e a favor da
autonomia. Inclusive, para destacar a atuação da Fasubra e do Andes. “É uma
homenagem aos colegas da Fasubra e do Andes. Sem vocês não teríamos feito esse
debate como tem sido feito e temos chances de sucesso”, declarou. A auditora
desejou sorte à categoria na votação da Ebserh esta semana na UFRJ e mostrou
confiança numa possível vitória nesse embate.
FONTE: Departamento de Comunicação Sintufrj / Revisão: Carla
Jurumenha - ASCOM FASUBRA Sindical
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