Em
conjunto com a Fasubra e o Andes, o SINASEFE divulga nesta terça-feira (13) uma
carta aberta das entidades classistas aos parlamentares chamando atenção para
as reivindicações dos trabalhadores da Educação Federal, e, principalmente,
para a necessidade de negociação de verdade por parte do governo. Exigências de
aprimoramento, restruturação e correção das distorções das carreiras de
técnicos e docentes, além da denúncia da precarização e falta de autonomia nas
instituições são alguns dos destaques do texto.
"É
inaceitável que o governo perdoe dívidas e multas dos grandes planos de saúde
privados, repactue contratos com os empreiteiros da Copa e facilite os negócios
das grandes multinacionais com isenções de impostos ao mesmo tempo em que é
incapaz de garantir negociação de verdade com impacto financeiro positivo nos
investimentos na educação pública desse país."
Audiência
pública no Senado
Nesta
quarta-feira (14), o SINASEFE participa de uma audiência pública no Senado,
para debater gestão democrática na rede federal e, reiterar a cobrança de
negociação ao MEC, que também participará do espaço representado pelo
secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Aléssio Trindade.
Confira o documento completo:
SENHOR(A)
PARLAMENTAR,
As
entidades classistas representativas dos trabalhadores da Rede Federal de
Educação,ANDES-SN,
FASUBRA e SINASEFE, das quais as duas últimas encontram-se em GREVE, respondendo
a ampla mobilização de suas bases, solicitam a interveniência dos senhores Senadores
e Deputados federais no sentido de que o governo federal negocie de verdade com
os Docentes e os Técnico-administrativos em Educação (TAE) das Instituições Federais
de Ensino (IFE).
O
povo brasileiro que foi às ruas aos milhões em junho de 2013 trouxe nos
cartazes e palavras de ordem o recado que expressa à insatisfação da população
com as politicas para saúde e educação. E isso somente será possível com a valorização
e melhoria das condições de trabalho nestas áreas!
Faltam
condições necessárias para o funcionamento das IFE, o que resulta no comprometimento
da qualidade das atividades acadêmicas, na precarização do trabalho e na
retirada de direitos. Há necessidade de vagas e concursos públicos para
Docentes e Técnico-administrativos, principalmente por conta do grave processo
de terceirização da força de trabalho que é política oficial anunciada pelos
representantes do Ministério do Planejamento.
É
preciso reverter os ataques contra a autonomia e a democracia nas IFE. A
perseguição de ativistas e dirigentes sindicais, bem como a implementação
autoritária da Ebserh (que privatiza os Hospitais Universitários), são exemplos
de como, lamentavelmente, estamos retrocedendo em consolidar e ampliar a
liberdade de atuação sindical, e também de fazer valer o artigo 207 da
Constituição Federal.
Exigimos
o aprimoramento, restruturação e correção das distorções das carreiras dos Técnicos
e Docentes. É inaceitável que o governo perdoe dívidas e multas dos grandes planos
de saúde privados, repactue contratos com os empreiteiros da Copa e facilite os
negócios das grandes multinacionais com isenções de impostos ao mesmo tempo em
que é incapaz de garantir negociação de verdade com impacto financeiro positivo
nos investimentos na educação pública desse país.
A
Educação Federal está disposta a lutar. Por isso, ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE convocam
os trabalhadores e estudantes de todas as IFE e conclamam o engajamento dos parlamentares
num esforço coletivo em defesa da valorização profissional, das condições de
trabalho e do acesso e permanência estudantil, que favoreçam a qualidade do ensino,
pesquisa e extensão em nossa Rede.
Brasília-DF,
14 de maio de 2014
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