Os professores do ensino público primário e secundário de França, tanto do sector público quanto do privado, fizeram esta terça-feira uma greve contra a supressão de 14 mil postos de trabalho anunciada no Orçamento de 2012. Segundo os sindicatos, a greve foi cumprida por 54% do pessoal do primário (29% segundo o governo) e por 46% dos professores do secundário (22,3% segundo o governo). No ensino privado a greve era forte, pelos menos em Nantes e Rennes. Trata-se de uma greve muito rara no ensino particular.
Contra a degradação do ensino
A mobilização foi apoiada por sindicatos considerados de esquerda e outros de direita, e pelas associações de pais. Esta frente única apelou à mobilização contra a degradação do ensino. Os sindicatos alegam que, segundo dados da OCDE, a França é um dos países com mais alunos por turma (média de 24,5 no ensino secundário, superior aos 23,7 de média da OCDE).
Segundo Jean-Jacques Hazan, responsável por uma das principais associações de pais, “começam a ver-se as consequências dos 52 mil professores a menos” desde o início do mandato do presidente Nicolas Sarkozy.
Greve também na Galiza
A segunda jornada de protesto dos professores da Galiza teve uma adesão que rondou os 50%. Milhares de docente manifestaram-se em Santiago de Compostela contra as políticas educativas da Xunta (governo da Galiza) de cortes orçamentais na educação e em defesa da qualidade do ensino público.
FONTE: ESQUERDA NET
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