A greve dos professores do Ensino Secundário da comunidade de Madrid está a ter uma adesão de cerca de 80%, afirmam os sindicatos do sector. A paralisação, de três dias, é um protesto contra a recente decisão de aumentar a carga horária dos professores efectivos, com o objectivo de reduzir o número de professores “interinos” (o correspondente aos professores contratados em Portugal).
Os sindicatos afirmam que a decisão, além de provocar mais desemprego entre os professores, prejudica a qualidade do ensino, ao provocar o aumento de alunos por turma. Os docentes exigem que o Ensino fique fora dos cortes orçamentais promovidos pelo governo para reduzir o défice.
Na tarde desta terça-feira, está convocada uma manifestação para o centro de Madrid. Também estão convocados protestos de rua nas comunidades de Galiza e de Castilla-La Mancha. Uma greve dos professores da Galiza está convocada para esta quarta-feira.
No resto da Espanha, haverá uma jornada de luta, com a realização de assembleias nas escolas. As entidades de pais apoiam o protesto.
Os professores receberam um inesperado motivo de protesto por parte da presidente da comunidade madrilenha, Esperanza Aguirre, que afirmou que "se a educação é obrigatória e gratuita numa fase, talvez não tenha de ser gratuita e obrigatória em todas as outras fases". Os sindicatos acusaram Aguirre, do Partido Popular (PP), de estar a pôr em causa a gratuitidade do ensino.
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