O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, pediu à ONU que monte acampamentos para ajudar a população dentro da Somália, durante reunião dedicada à grave situação no Chifre da África, à margem da Assembleia da ONU, que a princípio descartou esta possibilidade.
"Para ajudar a evitar que este tipo de catástrofes continue afetando a região, apoiamos a decisão dos membros da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) de mobilizar cerca de 1,9 bilhão de dólares em recursos", disse Geithner nas reuniões do FMI e do Bird na capital americana.
O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, em cujo país há um acampamento com mais de meio milhão de refugiados da fome, afirmou que tem sofrido "muita pressão" para fechar a fronteira com a Somália. "Mas, como governo, não podemos fechar a fronteira porque isto significaria condenar à morte pessoas inocentes", explicou.
Muitas pessoas estão fugindo de áreas na Somália sob controle dos rebeldes islamitas shebab, que impedem que chegue ajuda da ONU e de outras organizações. "Pedimos uma colaboração muito mais forte da comunidade internacional para fazer frente a isto, para que possamos criar outra área dentro da Somália onde possamos criar acampamentos", disse Odinga. Isto permitiria "que as pessoas fossem alimentadas na Somália e não tivessem que cruzar a fronteira para o Quênia", afirmou.
A coordenadora humanitária da ONU, Valerie Amos, se opôs à possibilidade de montar acampamentos dentro da Somália por medo da violência. "O Quênia tem sido muito generoso abrigando refugiados da Somália desde 1991", disse.
O primeiro-ministro da Somália, Abdiweli Mohamed Ali, disse em reunião que outras 500 mil pessoas deixaram a capital, Mogadíscio, onde o governo e as tropas da União Africana retomaram o controle sobre os insurgentes shebab.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que "a crise aumenta todos os dias" no Chifre da África, ao pedir maior colaboração internacional. Ban disse que são precisos US$ 750 milhões para entregar comida e remédios à região.
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