Após romperem com o governo, estudantes chilenos voltaram às ruas de Santiago nesta quinta-feira para exigir melhorias no sistema de educação pública. A polícia usou jatos d'água e gás lacrimogêneo para dispersar a marcha que começou na Praça Itália, no centro da capital.
Autoridades chilenas tinham permitido a manifestação desde que ela seguisse outro trajeto. Os estudantes ignoraram a proibição, seguiram o percurso planejado inicialmente e estão espalhados por quatro pontos diferentes de Santiago, de acordo com o jornal La Tercera. Manifestações também estão acontecendo em cidades como Valparaíso, de acordo com a publicação.
A manifestação foi convocada após lideranças estudantis interromperem o diálogo com o governo do presidente Sebastián Piñera que tentava solucionar um impasse que dura cinco meses.
"O governo não está garantindo a educação como direito universal", enfatizou a líder dos estudantes, Camila Vallejo, após o término de uma reunião de mais de três horas, a segunda com o ministro da Educação, Felipe Bulnes.
Educação pública gratuita e de qualidade é a reivindicação central das mobilizações estudantis que desde maio movimentam o Chile, onde o Estado subvenciona parte da educação privada.
Camila, presidente da Federação de Estudantes do Chile (FECh), que reúne os alunos da Universidad de Chile, assegurou que "infelizmente no governo não há disposição real para construir um sistema nacional de educação pública, gratuita e de qualidade para todos".
No último sábado, Piñera, afirmou que o país não pode oferecer um sistema educacional totalmente gratuito, além de não ser justo o financiamento dos estudos de pessoas que podem pagar por eles.
Os estudantes universitários e do ensino médio já promoveram desde maio cerca de 40 interrupções e manifestações públicas, muitas das quais derivaram em distúrbios.
FONTE: ULTIMO SEGUNDO IG / Com EFE e AFP
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