Cerca de 400 servidores federais da educação, em greve há 64 dias, estão neste momento bloqueando o acesso ao Eixo Monumental, principal via de acesso aos ministérios. Eles se sentaram no asfalto em frente ao Palácio do Planalto e querem ser recebidos por alguma autoridade. Representados pelo Sindicato do Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica (Sinasefe), os servidores da educação reivindicam 14,67% de reajuste salarial.
Há pouco mais de meia hora, um mensageiro do Palácio do Planalto conversou com os líderes do movimento iniciando a negociação para que eles sejam recebidos. No entanto, ainda não há definição de quem irá recebê-los.
Ao chegarem em frente ao palácio, os manifestantes gritavam palavras de ordem, direcionadas à presidenta Dilma Rousseff, que está em viagem oficial a Bélgica: “Dilma, a culpa é sua. A educação está na rua”.
Outra reivindicação do movimento é por melhores condições de trabalho, principalmente nas instituições federais que fazem parte da expansão educacional iniciada no governo passado. De acordo com uma das coordenadoras da greve, a professora Marta Jane, as condições das instituições federais de ensino não atendem às necessidades dos alunos.
“Eu trabalho em um campus em que os alunos vão se formar sem nunca ter entrado em um laboratório. Não há biblioteca e faltam salas de aula”.
Diante da negativa dos servidores para desobstruir a pista, a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) chegou a pedir reforço. Segundo o tenente coronel Jorge Cronenberg, comandante do Batalhão de Trânsito da PM-DF, o trânsito do Eixo Monumental Sul foi interditado na altura do Palácio Itamaraty e os carros precisam retornar pela Avenida das Bandeiras, que fica em frente ao Congresso Nacional. Já os motoristas que precisam pegar o Eixo Monumental Norte, no sentido Rodoviária, devem acessar a via N2.
Isso porque o Eixo Monumental termina justamente em frente ao palácio de onde a presidenta despacha e o fluxo de carros que descem a Esplanada dos Ministérios passa por ali, bem como daqueles que vão subir em direção à região central de Brasília.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
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