Houve também um aumento na diferença em relação ao salário médio de admissão, segundo o Caged. Em 2003, os homens ganhavam cerca de R$ 700 ao ingressar num emprego novo. Já as mulheres recebiam, em média, R$ 645. Em setembro deste ano, os salários iniciais de homens e mulheres tinham atingido, em média, R$ 992 e R$ 846, respectivamente. Enquanto os homens tiveram seu salário inicial médio aumentado em 41,7%, as mulheres ganharam 31,2% a mais nesses oito anos.
"Não é uma cultura machista, mas masculina. Essa cultura faz com que algumas organizações deem maior prioridade ao homem do que pra mulher. Historicamente, a mulher é preparada para os afazeres domésticos e o homem é o provedor. Isso ainda prevalece, embora pesquisas demonstrem que elas estão reduzindo o número de horas semanais em tarefas domésticas e os homens, aumentando", afirmou.
Para a professora, isso explica o fato de que quanto maior o nível de escolaridade, maior é a distância entre os salários de homens e mulheres. Quando ambos têm o ensino superior completo, o salário médio inicial de um homem é de R$ 3.261,13, enquanto a mulher ganha R$ 1.956,74, valor 40% menor.
"O fato de estudar mais não tem levado as mulheres a cargos de maior remuneração. Os homens vão ocupar mais facilmente cargos de direção, mesmo com menor qualificação. Em geral, os homens ocupam cargos altos, portanto têm uma remuneração maior. Sempre haverá uma diferença salarial. Essa diferença é uma cultura masculinizada onde só o homem, em princípio, teria condições de ocupar cargos de maior valia, embora elas estudem mais", destacou.
FONTE: JORNAL DO BRASIL
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