O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) protocolou hoje (16) carta no Palácio do Planalto pedindo a Dilma Rousseff a reabertura das negociações com os professores em greve há quase três meses. No documento, o Andes afirma que a presidenta encerrou de maneira unilateral o diálogo e recorda que durante a campanha de 2010 ela havia enfatizado que a postura com os educadores deve ser de abertura à conversa.
A presidenta da entidade, Marinalva Silva Oliveira, que assina a carta, enfatiza que a greve está centrada sobre duas questões básicas: a reestruturação da carreira docente e a garantia de boas condições de trabalho nas instituições federais de ensino superior, ambas, na visão da categoria, não abordadas nas conversas com os representantes dos ministérios do Planejamento e da Educação. A queixa é de que deve haver uma melhoria nas condições técnicas para o trabalho e um avanço na contratação de quadros, hoje insuficientes.
O governo, por sua vez, argumenta que todas as propostas devem estar aprovadas até 31 de agosto, prazo para votação do Orçamento de 2013 no Congresso. O reajuste salarial encaminhado ao Legislativo varia de 25% a 40%, de acordo com a categoria docente, até 2015. No dia 3, o Ministério do Planejamento assinou termo de acordo com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), sindicato que representa uma minoria dos professores. Dentro da base do Proifes algumas instituições decidiram pela manutenção da greve.
As outras três entidades representativas rejeitaram o acordo. “É importante dizer que a categoria docente se posicionou de maneira contrária a ambas as propostas do MEC, uma vez que elas mantêm e aprofundam as distorções da carreira, não corrigem a inflação e retiram direitos”, lembra o Andes no documento encaminhado a Dilma.
FONTE: REDE BRASIL ATUAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário