Os docentes reunidos em assembleia geral que aconteceu na manhã de hoje, 15, votaram pelo indicativo de greve na UFS, sem data de início. O indicativo de greve é o último recurso dos docentes diante das tentativas frustradas de negociação com o governo, que ao longo dos últimos dois anos vem ignorando os apelos dos professores.
Em 2012, uma greve dos professores histórica tomou o país, com duração de mais de 100 dias e adesão de quase todas as universidades federais. Na época, o governo encerrou as negociações apresentando um Projeto de Lei problemático, que intensificou as distorções na carreira. A greve foi suspensa por tempo indeterminado, mas poderá voltar mais forte em 2014.
“O indicativo de greve é uma forma de mostrar ao governo que estamos mobilizados, estamos discutindo a universidade e que podemos começar uma greve”, afirmou o diretor da ADUFS, professor Elyson Carvalho. Os professores reivindicam reestruturação da carreira e melhores condições de trabalho.
O cenário nacional aponta para intensificação das mobilizações nos próximos meses, como ressaltou o representante da CSP-Conlutas, Deyvis Barros. “Na educação, já tem uma greve em curso da Fasubra, o Sinasefe indicou o início de greve para o dia 21, algumas universidades já votaram a realização da greve, então pelo que parece nós estamos caminhando para uma greve da educação de nível federal. Eu penso que é uma necessidade de todo funcionalismo público federal e que existe uma conjuntura propícia para alcançar conquistas nesse ano”.
Para o estudante de Direito da UFS, Victor Fernando, o apoio dos estudantes na luta dos professores é essencial. “A gente deve olhar positivamente para a mobilização dos professores porque as pautas deles também são nossas. Nós também somos atingidos pelas péssimas condições de trabalho e podemos possivelmente vir a ser professores no futuro, e quando isso acontecer vamos querer encontrar condições de trabalho aceitáveis”, acrescentou.
Nos dias 26 e 27 acontecerá uma reunião do setor das Instituições Federais de Ensino Superior em Brasília, ocasião em que as seções sindicais do país levarão o resultado de suas assembleias para debater a deliberação da greve nacional dos docentes, com indicação de período e da relação com a greve das demais categorias. No dia 30, haverá Assembléia Geral dos docentes da UFS para discutir os encaminhamentos do sindicato nacional.
FONTE: ADUFS-SEÇÃO SINDICAL
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