O setor de saúde suplementar experimentou, em grande parte de 2009, um período de retração em função da crise internacional. Mas o efeito negativo começou a ser revertido a partir de setembro e hoje está em pleno crescimento, disse à Agência Brasil o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Fausto Pereira dos Santos.
“Foi um ano em que tivemos dificuldades, principalmente na questão da utilização. Eu diria que a curva foi ao fundo e já começa a subir. A crise que aconteceu com o setor teve uma repercussão do ponto de vista do crescimento. Ele não cresceu tanto quanto em 2008. Mas os números mostram que ainda assim nós vamos ter um crescimento bastante significativo”, disse.
O presidente da ANS estimou que o setor deverá encerrar 2009 com a incorporação de 1,5 milhão de planos. “Essa é a nossa expectativa”. Isso representa um crescimento em torno de 3% em comparação ao ano passado. Para 2010, ele confia em retomada para o setor. “A expectativa é que 2010 seja bastante melhor”. O setor deverá crescer entre 5% a 6%, manifestou. “Acho que é um número bastante razoável”.
Do ponto de vista da regulação, o ano de 2009 teve um saldo positivo, com a entrada em vigor de medidas como a da portabilidade e das novas regras para os planos coletivos. Estudo efetuado pela ANS em setembro deste ano registrou a existência de 41,9 milhões de beneficiários, 1.101 operadoras médico-hospitalares e 24.843 planos de assistência médica, com beneficiários no Sistema de Informação de Beneficiários (SIB/ANS).
No próximo ano, Fausto Pereira dos Santos disse que resolver o problema do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos principais desafios que a ANS terá pela frente, além do “desafio de continuar trazendo regras que permitam uma maior segurança tanto para os consumidores como para os prestadores de serviços. Esse caminho de uma maior segurança para o setor ainda vai ser percorrido durante 2010”.
Santos afirmou que a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) tem sido uma parceira importante da ANS, contribuindo para o aprofundamento do marco regulatório.
FONTE: AGÊNCIA BRASIL
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