As famílias que integram a Associação Comunitária Remanescentes de Quilombo do Moçambique, interior de Canguçu, contarão com um reforço na busca por aumentar sua renda. Uma máquina de costura industrial, uma overloque e outra de cortar tecido serão repassados à Associação por meio do projeto Construindo Alternativas de Segurança Alimentar e Geração de Renda para as Comunidades Remanescentes de Quilombolas do Rio Grande do Sul. A entrega do material e o lançamento de placa comemorativa serão realizados no Quilombo pela diretora técnica da Emater/RS, Águeda Marcéi Mezomo, às 8h30min de quarta-feira (9).
O projeto é fruto de uma parceria entre Emater/RS-Ascar, Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social e Sulgás, e prevê o investimento de R$ 129 mil em ações de geração de renda e segurança alimentar, que irão beneficiar 767 famílias de 18 comunidades remanescentes de quilombos do Estado. Ações de resgate e valorização dos hábitos alimentares e do artesanato das comunidades quilombolas já começaram a ser implementadas.
A diretora técnica da Emater/RS ressalta que esta ação é parte de um trabalho permanente de construção de projetos que atendam as principais necessidades de cada grupo quilombola. "O que propomos é, acima de tudo, resgatar a cultura, os valores e hábitos dessas comunidades para que encontrem a emancipação, possam superar a pobreza e elevar sua qualidade de vida", frisa Águeda, ao ressaltar que o trabalho está inserido na Frente Programática Inclusão Social e Cidadania, desenvolvida em consonância com os Programas Estruturantes do Governo do Estado.
Em Canguçu os integrantes da Associação Comunitária Remanescentes de Quilombo do Moçambique, além de receberem as máquinas, participarão de um curso de capacitação. Os recursos abrangem o instrutor, material didático, alimentação e viagem técnica a uma microindústria, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Políticas de Desenvolvimento e Juventude de Canguçu.
A comunidade Moçambique está localizada no Rincão do Progresso, no 3° Distrito de Canguçu, e tem como principal atividade econômica a produção de grãos, como milho e feijão. Ao todo 165 pessoas remanescestes de quilombos fazem parte da Associação Comunitária. "São pessoas lutadoras, que sonham com uma melhoria de vida, já possuem o espírito de união de esforços e contam com ações como esta no apoio destes desejos", frisa a extensionista de bem-estar social, Ada dos Santos.
Na Zona Sul do Estado, além de Canguçu, o projeto beneficiará ainda quilombos de São Lourenço do Sul e Pelotas. Em Pelotas está previsto o repasse de máquinas de costura para a Associação Quilombola do Algodão, que contempla comunidades das localidades de Triunfo, Arroio Bonito e Colônia Aliança. Já em São Lourenço, são quatro as comunidades beneficiadas: Picada, Rincão dos Negros, Serrinha e Torrão, que receberão equipamentos para qualificar o artesanato e gerar renda, como máquinas de costura e tear, além de sementes, implementos agrícolas e máquina de sucos, que promoverão a segurança alimentar das famílias quilombolas.
FONTE: PORTAL DO GOVERNO RS
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