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domingo, fevereiro 28, 2010

Mais sexo, mais saúde

Pesquisadores americanos recomendam a prática sexual para prevenir males como depressão, problemas cardiovasculares e até câncer de próstata



Você quer ter boa saúde? Então, cuide da alimentação, do sono, do nível de estresse e... transe muito. Sexo faz bem para corpo, mente e espírito. São tantos os benefícios que, além dos psicólogos, os médicos também o recomendam. É um remédio sem efeitos colaterais nem contraindicação, que pode ser usado sem moderação.

Uma pesquisa realizada por médicos do New England Research Institutes e publicada na revista American Journal of Cardiology comprova: homens com uma vida sexual menos ativa têm maior incidência de distúrbios como disfunção erétil, colesterol alto e hipertensão. Segundo a cientista Susan Hall, coordenadora do estudo, sexo de duas a três vezes por semana pode ter um efeito protetor para o coração. Além de ser um bom exercício físico, os hormônios liberados após a ejaculação ajudam a equilibrar uma série de funções metabólicas.

Os pesquisadores acompanharam, durante 16 anos, 1.165 homens, com idade média de 50 anos, sem histórico de doenças cardíacas. Os resultados comprovaram que os indivíduos com mais disposição para o sexo costumam ser menos sedentários e cuidam melhor da saúde.

– Uma vida sexual pouco ativa pode sinalizar a fase inicial de problemas físicos, em especial os ligados ao sistema cardiovascular, como infartos, derrames e pressão alta – alerta Susan Hall.

Entre as diversas substâncias liberadas durante o ato sexual estão a endorfina e a serotonina, que são potentes antidepressivos, segundo explica o doutor em Medicina do Esporte Glaycon Michels:

– Uma relação sexual alia exercício físico e prazer. Por isso, sempre que possível, sugiro aos meus pacientes que façam sexo quando estão deprimidos – diz Glaycon.

O médico, que também é nutrólogo e especialista em medicina antienvelhecimento, sugere sexo cinco vezes por semana. Para as mulheres, funciona como antidepressivo. No caso dos homens, há mais um fator importante: durante a ejaculação é liberada a testosterona, outro potente antidepressivo, responsável pelo aumento da massa muscular.

– Quanto mais sexo, mais massa muscular, força física e testosterona. E, quanto menos sexo, menor a libido, menor o gasto calórico e maior a gordura na cintura – diz.

Outra vantagem de apostar numa vida sexual bem ativa: quanto mais ejaculações, menor o risco de desenvolver câncer de próstata.

Michels alerta que manter relações sexuais serve como prevenção, mas não como cura de doenças. Portadores de problemas cardíacos graves, por exemplo, só devem fazer sexo com a liberação do médico.

A psiquiatra Carmita Abdo está entre as maiores autoridades brasileiras quando o assunto é sexo, e ela também defende que o ato sexual é um termômetro da saúde física e emocional do ser humano.

– Quem transa com regularidade consegue equilibrar os hormônios e estimular suas potencialidades. São pessoas mais satisfeitas consigo próprias – diz a médica, enfatizando que fazer sexo aumenta a autoestima e o ânimo para enfrentar os problemas.

– Quem reprime o desejo sexual corre o risco de sofrer de doenças psicossomáticas, como úlcera, infarto, asma brônquica e estresse – alerta o psiquiatra e sexólogo Ronaldo Pamplona da Costa.
FONTE: ZERO HORA

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