“Os projetos quilombolas estão indo para frente, avançando, se organizando. Temos uma equipe forte e esperamos implementar com êxito as atividades na Bahia. Esse encontro é importante para os três estados – Bahia, Pernambuco e Ceará –, porque, sobretudo, é uma oportunidade de trocar experiências e cumprimos nossa missão de supervisão”, afirmou na quarta-feira (17), durante a abertura do II Encontro Interestadual de Projetos Quilombolas, no Forte Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador , a representante do Banco Mundial (Bird), Judith Lisansky.
O evento, organizado pela Coordenação de Apoio aos Povos e Comunidades Tradicionais da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Integração Regional (Sedir), foi aberto pela superintendente técnica da empresa , Maria Lúcia Carvalho, que deu as boas-vindas aos participantes e acompanhou a exposição das atividades e ações desenvolvidas em prol das comunidades quilombolas.
Em seguida, a representante do Estado de Pernambuco, Maria José Monteiro Filha, detalhou o trabalho desenvolvido pelo Programa Estadual de Apoio ao Pequeno Produtor Rural (ProRural Pernambuco), desde a escolha e visita às comunidades até a elaboração de orçamentos dos projetos, construção do manual de operação e articulação com projetos de inclusão digital, entre outros aspectos.
O coordenador do Projeto Quilombolas na Bahia, Antônio Fernando Silva, também destacou as ações empreendidas no estado por meio da CAR, com a atuação em comunidades quilombolas dos territórios de identidade de Irecê, do Piemonte Norte do Itapicuru e do Baixo Sul e Extremo Sul.
“Temos trabalhado com essas comunidades e chamam a atenção os problemas relacionados às questões de saúde, habitação, abastecimento de água e de infra-estrutura. Temos um universo de 100 comunidades a serem atendidas e a CAR vem trabalhando para fortalecer essa população”, disse Silva.
A programação acontece até esta quinta-feira (18), quando serão vistas as proposições de atividades para este ano e as estratégias e pendências para a execução do Projeto Quilombolas. Estiveram presentes também ao encontro técnicos da CAR, representantes do Bird, dos estados do Ceará e de Pernambuco e das secretarias baianas de Promoção da Igualdade (Sepromi), de Desenvolvimento Urbano (Sedur), de Cultura (Secult)e da Agricultura (Seagri).
Inclusão
O projeto tem como meta a inclusão das comunidades quilombolas e integra uma proposta mais ampla de combate à pobreza rural implementada pelo Bird, pelo governo japonês e pelos governos estaduais do Nordeste do Brasil.
Os recursos são de US$ 877.600 e vão priorizar comunidades localizadas nos territórios de cidadania como o Baixo Sul, Litoral Sul, Chapada e Velho Chico. Estão também previstas ações nos territórios de identidade do Recôncavo e Bacia do Rio Corrente.
Fonte: BAHIA EM FOCO
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