Professores e funcionários de diversas regiões do país estão em greve por melhores condições de trabalho e salários. Em São Paulo, os educadores da rede estadual estão de braços cruzados desde o dia 8, em Belo Horizonte a rede municipal está parada desde o dia 16, na Paraíba a categoria está em greve desde o dia (26/02), no Rio Grande do Norte os educadores também aderiram à paralisação.
Isto demonstra que há uma insatisfação generalizada da categoria e o total descaso do governo federal, estaduais e municipais com a Educação.
Em diversas regiões o movimento cresce e assembleias ocorrerão nas próximas semanas para definir o rumo da paralisação, da qual quatro estados participam.
Acompanhe os informes dos estados que aderiram à greve:
São Paulo repete a dose - Os professores e funcionários realizaram assembleia nesta sexta feira (19) e provaram mais uma vez nas ruas a força do movimento grevista. A categoria repetiu a dose da última assembleia que ocorreu dia (12) e, segundo dados da Apeoesp, mais de 40 mil profissionais de ensino tomaram as ruas de São Paulo, e votaram pela continuidade da greve. O governador José Serra alega que a greve tem fins eleitoreiros. Segundo o movimento, a paralisação não é eleitoral, mas sim contra a atual política que visa retirar os diretos da categoria.
Os educadores da rede estadual de São Paulo estão em greve desde o último dia 8 e reivindicam aumento salarial de 34,3%, além de serem contra as provas de desempenho do governo impostas pelo governo estadual de José Serra. Os professores entendem que a política de Serra segue o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do governo Lula.
Os professores enfrentam os ataques do ao governador de São Paulo José Serra (PSDB) e do secretário da Educação Paulo Renato de Souza (PSDB), com mentiras propagadas pela mídia. O movimento provou nas ruas que a adesão à greve de 80% enquanto o governo insiste em 1%.
Belo Horizonte (MG) - Educadores da rede municipal de Belo Horizonte (MG) também aderiram à paralisação e desde o último dia 16 estão de braços cruzados. Neste mesmo dia cerca de 4 mil trabalhadores em educação, saúde, policia civil e demais servidores das secretarias de estado realizaram um grande ato unificado na Cidade Administrativa de Aécio Neves (MG), construída às custas do sucateamento da educação e saúde e ataques aos direitos dos servidores públicos.
A reivindicação central da categoria se refere à proposta de 22,41% de reajuste salarial, isonomia salarial e funcional das professoras da educação infantil e demais auxiliares. Propostas de melhoria nas condições de trabalho constam da pauta dos grevistas.
A exemplo de São Paulo, também são contra a política de premiação por mérito em substituição à política de recuperação de perdas salariais. Esta semana será de intensa mobilização da educação na cidade, a fim de colocar a greve na rua e exigir do prefeito Márcio Lacerda (PSB/PT/PSDB) que abra negociações imediatamente. No próximo dia 23 de março, será realizada outra assembleia geral para se definir os rumos do movimento. Tudo indica que a greve se fortalecerá.
Rio Grande do Norte - Outro exemplo de luta é dos educadores de São Gonçalo do Amarante (RN). Professores e funcionários estão em greve desde o dia 16. Os trabalhadores protestam contra as péssimas condições de trabalho e os baixos salários na rede municipal de ensino. A prefeitura ofereceu apenas 4,5% de reajuste à categoria e prometeu, em dez dias úteis, apresentar um roteiro das escolas a serem reformadas.
Para a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte/RN) - Núcleo de São Gonçalo, a proposta da prefeitura é um desrespeito aos pais, alunos e profissionais da educação do município.
Paraíba - Na Paraíba, a greve já dura três semanas. A luta tem uma pauta de dez pontos que passa pela integralização do piso nacional, convocação imediata dos aprovados nos últimos concursos, eleição para diretor em todas as escolas, PCCR para servidores dentre outras questões.
O governador Maranhão (PMDB) se reuniu com representantes do comando de greve e apresentou uma proposta de reajuste nos vencimentos de 5%. No dia 3 de março aconteceram as assembléias regionais e nas doze regionais todas rechaçaram a proposta do governador já que ela não garante a integralidade do piso nacional. Além disso, o governo não está atendendo nenhum outro ponto da pauta de reivindicações.
A greve continua com o maior índice de paralisação da história. Cerca de 80% das escolas estão fechadas e em algumas regionais do interior chegam a 90%, mais de 40 mil alunos estão sem aulas graças à intransigência do governador.
No dia 16 de março, dia da paralisação nacional, aconteceu à assembléia estadual que votou pela continuidade da greve. Os trabalhadores e trabalhadoras fizeram uma grande passeata pelas ruas do centro de João Pessoa, até o palácio do governo. Na próxima segunda-feira dia 22 irão acontecer assembléias em todas as regionais e após as assembléias serão feitas visitas as sedes das regiões de ensino estadual, e na quarta-feira dia 24 haverá mais uma assembléia estadual para definirmos os rumos da greve.
Mobilização é a resposta – Assembleias ocorrerão por todo país e novamente a Conlutas reitera seu apoio e chama todas as entidades e movimento a apoiarem esta luta.
A Conlutas se faz presente na construção e crescimento da greve e na mobilização da categoria em todo país. E chama a todos a unificarem as lutas em defesa da educação.
Está mais do que confirmado a revolta generalizada dos profissionais de educação em todos as instancias. Só se conseguirá a vitória com protestos nas ruas, para mostrar aos governos, federal, estadual e municipal a força da categoria contra os projetos que retiram direitos e rebaixam salários.
FONTE: Redação Conlutas
Nenhum comentário:
Postar um comentário